
Historicamente, a absten��o � maior entre pessoas de menor renda e escolaridade, pelos custos e pelas dificuldades que elas muitas vezes t�m de ir ao local de vota��o. E � justamente nesses segmentos do eleitorado que Lula tem o seu maior percentual de inten��o de votos.
Em uma elei��o muito apertada, a perda de votos do petista por causa da absten��o, temem os petistas, pode custar a sua derrota, mesmo que ele tenha a prefer�ncia da maioria do eleitorado.
Do encontro com Alexandre de Moraes devem participar o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integram a coordena��o da campanha de Lula.
"N�s achamos que o TSE pode dar uma declara��o enf�tica, por exemplo, sobre a necessidade de o eleitor comparecer �s urnas, e sobre a possibilidade de, no segundo turno, as filas serem menores do que as que vimos na primeira rodada", diz Medeiros.
Segundo ele, a campanha recebeu "muitos relatos de gente que desistiu de votar porque a fila estava gigantesca".
No domingo (2), dia da elei��o, o TSE exigiu que eleitores fornecessem suas digitais na hora de votar.
Foi uma surpresa, j� que nada havia sido avisado anteriormente. O tribunal explicou posteriormente que firmou parcerias com �rg�os que forneceram informa��es biom�tricas dos eleitores –que precisavam colocar as digitais no leitor para confirmar o dado.
A ideia, diz o TSE, era acelerar o cadastro das eleitoras e dos eleitores. O procedimento, no entanto, n�o funcionou direito em muitas se��es. As pessoas tinham que fazer at� quatro tentativas para confirmar as digitais –e as filas se formaram.
O TSE, no entanto, deve manter o sistema no segundo turno. E acredita que as filas v�o diminuir, j� que, desta vez, as pessoas precisam teclar nas urnas apenas o n�mero de seus candidatos a governador, em estados em que o pleito n�o foi encerrado na primeira rodada, e a presidente da Rep�blica.
A campanha de Lula tamb�m vai pedir a Alexandre de Moraes que redobre a aten��o sobre den�ncias de empregadores que est�o pressionando seus funcion�rios para votarem em Jair Bolsonaro (PL).
"H� den�ncias, muitas delas formalizadas, de patr�es coagindo seus empregados. � um neg�cio absurdo, que precisa ser reprimido", afirma ele.