
A empresa flagrada vendendo carne impr�pria para consumo pode pagar uma multa que varia entre R$ 754,00 a R$ 13,3 milh�es de reais, de acordo com o Procon Goi�s. O estabelecimento foi notificado e deve prestar esclarecimentos sobre a promo��o em at� 10 dias. Para o �rg�o de fiscaliza��o, a iniciativa tem ind�cios de abuso contra o consumidor.
Al�m da a��o na loja, o Procon Goi�s tamb�m solicitou a rela��o dos produtos ofertados no domingo, os valores reais e promocionais, al�m de informa��es como dura��o da oferta e condi��es impostas para o consumidor participar da promo��o. Os consumidores deveriam chegar vestidos com a camisa da sele��o brasileira para aproveitar a oferta.
O Correio tentou entrar em contato com o Frigor�fico Goi�s na tarde desta sexta-feira (7/10), mas n�o foi atendido. O espa�o segue aberto para poss�veis manifesta��es.
Confus�o por "picanha mito"
Uma loja do Frigor�fico Goi�s, em Goi�nia, anunciou a promo��o da "picanha do mito" que teve o valor diminu�do de R$ 129,99 para R$ 22. Os consumidores deveriam chegar vestidos com a camisa da sele��o brasileira para aproveitar a oferta. Centenas de pessoas formaram uma fila antes mesmo do estabelecimento abrir. Durante a entrada, houve confus�o, clientes quebraram vidros e empurraram funcion�rios.
O valor da pe�a de 400g era uma refer�ncia ao n�mero de vota��o do presidente Jair Bolsonaro que disputou o primeiro turno no �ltimo domingo (2/9). O estabelecimento foi autuado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda no dia da elei��o e a promo��o foi suspensa. Procurados pelo Correio, o Frigor�fico Goi�s preferiu n�o se manifestar sobre a a��o.
Cliente se feriu e morreu
Yeda Batista da Silva teve uma hemorragia ap�s se machucar no tumulto no �ltimo domingo (2/10). A mulher de 46 anos teve a perna prensada contra a porta ao tentar entrar na loja de carnes em Goi�nia. Uma veia da perna esquerda se rompeu durante o empurra-empurra. De acordo com a fam�lia, ela tinha problemas de circula��o, o que agravou o quadro de sa�de depois da les�o.
“Minha m�e tinha problemas nos rins. Ela se machucou durante a muvuca da fila, n�o t�nhamos ideia que o edema ia causar uma hemorragia. E foi essa hemorragia que levou a morte da minha m�e", lamentou Iara Dias, filha de Yeda.
Ap�s se machucar, Yeda voltou para o carro com a perna esquerda bastante inchada, contou Wanderley de Paula, marido de Yeda. Os dois retornaram para casa e o ele saiu para votar, mas retornou quando a mulher ligou reclamando de fortes dores. A mulher foi levada a um hospital para receber os primeiros atendimentos.
Yeda foi transferida para uma unidade especializada em angiologia, j� que se tratava de um problema vascular. Ela n�o resistiu � perda de sangue e morreu devido a hemorragia. A v�tima sofria da Doen�a de Berger, uma enfermidade autoimune que afetava os rins e a circula��o de sangue no corpo.
A morte foi considerada acidental, de acordo com a Pol�cia Civil. “Foi solicitado exame cadav�rico para verificar a causa da morte”, informou a PC-GO ao Correio. A per�cia m�dica ainda n�o foi conclu�da.
*Estagi�rio sob supervis�o de Ronayre Nunes
