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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Campanha de Lula diz que pesquisa Datafolha reflete resultado das urnas, e Bolsonaro ataca institutos

Lula aparece com 49% da inten��o de votos no Datafolha, contra 44% que dizem votar em Bolsonaro. Os indecisos s�o 2% e brancos e nulos somam, 6%


08/10/2022 09:14 - atualizado 08/10/2022 09:19

Lula e Bolsonaro lado a lado
Lula e Bolsonaro se enfrentam no 2� turno das elei��es, que ser� realizado em 30 de outubro (foto: AFP)
 BRAS�LIA, DF, E RIO DE JANEIRO, RJ  - A primeira pesquisa Datafolha do segundo turno das elei��es, divulgada nesta sexta (7), foi lida dentro da campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) como reflexo do resultado das urnas, com um congelamento do cen�rio apurado no domingo (2). Mas aliados apostam na lideran�a do petista e na manuten��o de apoios para vencer no segundo turno.

Do outro lado, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) seguiram na estrat�gia de questionar o levantamento e atacar os institutos de pesquisa.

Lula aparece com 49% da inten��o de votos no Datafolha, contra 44% que dizem votar em Bolsonaro. Os indecisos s�o 2% e brancos e nulos somam, 6%. A pesquisa � um retrato do momento e n�o necessariamente reflete a vota��o que os candidatos ter�o.

Em rela��o aos votos v�lidos, m�trica aplicada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Lula tem 53% e Bolsonaro 47%. No primeiro turno, o ex-presidente somou 48,4% dos votos v�lidos e o atual, 43,2%.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que a sondagem reflete "o resultado das urnas".

Reservadamente, integrantes da campanha de Lula admitem que o cen�rio � de uma margem apertada e que n�o se pode subestimar a capacidade de Bolsonaro de virar o quadro.

A avalia��o � que os apoios que o petista recebeu nesta semana ainda n�o foram sentidos pela popula��o e n�o se reverteram em votos.

Lula recebeu o apoio da ex-presidenci�vel Simone Tebet (MDB), que recebeu 4,16% votos e ficou em terceiro lugar no domingo. O petista s� protagonizou um evento e tirou foto com a senadora nesta sexta.

O ex-presidenci�vel Ciro Gomes (PDT), que acabou a corrida com 3,05%, deu por sua vez um endosso t�mido a Lula. Ele afirmou acompanhar a posi��o do seu partido, mas nem sequer citou o nome do candidato.

Lula ainda teve o respaldo de economistas que ajudaram a criar o Plano Real a j� foram cr�ticos do PT.

Ainda nesta sexta, ele se encontrou e tirou foto com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que tamb�m o apoia.

A avalia��o no comit� petista � que a disputa ser� campal e que � preciso que o ex-presidente aumente sua margem de votos sobretudo no Sudeste.

Os aliados avaliam ainda que � preciso manter o otimismo, j� que Lula est� na frente nas pesquisas. O objetivo � atuar com a milit�ncia para romper o clima de "virada" do advers�rio e evitar absten��es.

"A elei��o foi 48% a 43%, se fosse este o resultado ter�amos vencido as elei��es com 6 milh�es de maioria! O Datafolha [mostra] 49% a 44% [das inten��es de voto] e dos v�lidos, 53% a 47% --mant�m cerca de 7 milh�es de maioria para Lula na diferen�a menor", diz o ex-governador Wellington Dias (PI), um dos coordenadores da campanha petista.

"Outra coisa boa, o n�mero de eleitor que diz que n�o muda mais j� garante maioria firme para Lula! E o mais importante � que na pesquisa Datafolha h� cerceamento para Lula em todas as regi�es do pa�s, incluindo o Nordeste onde colhemos a maior maioria da hist�ria."

J� a campanha de Bolsonaro e a maior parte de seus aliados silenciaram sobre o resultado da pesquisa Datafolha.

O sil�ncio acontece em meio � ofensiva do governo e da bancada governista contra os institutos de pesquisa, que envolvem investiga��o da Pol�cia Federal e a press�o para instalar uma CPI (Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito) no Senado.

Nesta sexta, o pr�prio Bolsonaro disse que os institutos est�o "totalmente sem responsabilidade" e que fizeram um "redirecionamento de votos" no primeiro turno das elei��es.

"As pesquisas que eles fizeram foi algum redirecionamento do voto de muitas pessoas. � totalmente sem responsabilidade. E pesquisa n�o � de hoje, em 2018 eles erraram tudo tamb�m. Falaram que [eu] n�o ia ao segundo turno, e se fosse, perderia para todo mundo", afirmou o presidente, em almo�o com jornalistas.

Depois, Bolsonaro foi questionado sobre a proposta que busca responsabilizar os institutos cujos levantamentos n�o baterem com o resultado dos pleitos. Disse n�o saber qual a puni��o prevista na proposta, mas acrescentou que precisa haver "responsabilidade".

Durante o primeiro turno, a campanha de Bolsonaro buscou tirar a credibilidade dos institutos de pesquisa, acrescentando que preferia se basear no "Datapovo"--sua percep��o a partir de grandes movimentos de rua pr�-Bolsonaro no pa�s.

No �ltimo dia 4, o ministro Anderson Torres (Justi�a) disse ter encaminhado � PF um pedido para abrir inqu�rito para investigar os institutos de pesquisa. Em paralelo, a base do governo no Senado passou a colher assinaturas para abrir uma CPI para investigar institutos de pesquisa.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve ler o requerimento, mas n�o instalar a comiss�o. H� outras tr�s CPIs j� com requerimentos lidos, mas na fila para iniciarem os trabalhos ap�s o segundo turno das elei��es. Ao final da atual legislatura, os requerimentos perdem validade.

Um dos poucos aliados a comentarem o resultado do Datafolha, o deputado Marcos Feliciano (PL-SP) disse acreditar em uma mudan�a de cen�rio no segundo turno das elei��es.

"A tend�ncia � haver mudan�a nas inten��es de votos dos eleitores. A grande mobiliza��o de governadores e seus respectivos prefeitos est� criando uma avalanche de apoio. Some-se a isso a espiritualiza��o da campanha do presidente Bolsonaro, tornando inevit�vel uma vit�ria, dia 30, do conservadorismo", afirma.

Entre os principais apoios recebidos por Bolsonaro est�o os dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Rio de Janeiro, Cl�udio Castro (PL), e de S�o Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Zema e Castro foram reeleitos ainda no primeiro turno, enquanto Garcia ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo de S�o Paulo e n�o passou para o segundo turno.

 


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