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Estado de Minas Pol�tica

Institutos querem acesso a pedido de inqu�rito do governo Bolsonaro

O Ministro da Justi�a, Anderson Torres, afirma ter encaminhado � PF um pedido de abertura de inqu�rito para investigar empresas de pesquisa


11/10/2022 23:09 - atualizado 12/10/2022 00:24

Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados vem questionando a idoneidade dos institutos que fazem pesquisa eleitoral (foto: Reprodu��o)
A Abep (Associa��o Brasileira de Empresas de Pesquisa) solicitou acesso ao pedido de inqu�rito feito pelo Minist�rio da Justi�a relacionado �s pesquisas eleitorais.

 

A associa��o que representa as empresas do setor tomou a medida ap�s a pasta do governo Bolsonaro encaminhar � Pol�cia Federal pedido de abertura de inqu�rito sobre a atua��o dos institutos de pesquisas eleitorais no pleito deste ano.

 

O objetivo da solicita��o de acesso, segundo a Abep, � acompanhar as dilig�ncias e colaborar com o esclarecimento de qualquer quest�o acerca das atividades de seus membros e associados.

 

"O documento [requerimento de acesso] destaca que a Abep tem o leg�timo interesse em acompanhar as investiga��es e sustentar o descabimento de eventuais medidas cautelares".

 

Na semana passada, ap�s o termino do primeiro turno das elei��es de 2022, o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Anderson Torres, afirmou que encaminhou � PF (Pol�cia Federal) um pedido para abrir inqu�rito sobre os institutos de pesquisas eleitorais.

 

"Esse pedido atende a representa��o recebida pelo MJSP (Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica), que apontou 'condutas que, em tese, caracterizam a pr�tica de crimes perpetrados' por alguns institutos", disse o ministro nas redes sociais.

 

Ap�s a declara��o do Minist�rio da Justi�a, o advogado da Folha de S.Paulo, Lu�s Francisco de Carvalho Filho, disse que n�o h� fundamento jur�dico para o inqu�rito contra os institutos.

 

"Ainda n�o conhe�o detalhes, mas n�o h� fundamento jur�dico para este inqu�rito. � uma tentativa de intimida��o bisonha. O Datafolha tem uma voca��o hist�rica de bem informar e vai continuar a exercer seu papel."

 

Desde domingo (2), ministros do governo Jair Bolsonaro (PL), aliados no Congresso e apoiadores passaram a criticar os institutos de pesquisa pela disparidade com o resultado da elei��o divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 

Em meio � ofensiva bolsonarista contra os institutos, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou um requerimento para cria��o de uma CPI para investigar as pesquisas eleitorais de inten��o de voto.

 

Segundo o documento, o objetivo � "aferir as causas das expressivas discrep�ncias entre as refer�ncias progn�sticas, principalmente de curt�ssimo prazo, e os resultados apurados".

 

Ap�s ser alvo de cr�ticas de Bolsonaro e aliados, o Datafolha afirmou que as pesquisas eleitorais servem para mostrar tend�ncias, e n�o o resultado final de uma elei��o.

 

"Pesquisa n�o � progn�stico. Cada pesquisa � a fotografia de um determinado momento. O resultado final � s� na urna", disse Luciana Chong, diretora do Datafolha, que refuta a tese de ter acontecido algum tipo de erro metodol�gico.

 

"As pesquisas eleitorais medem a inten��o de voto no momento em que s�o feitas. Quando feitas continuamente ao longo do processo eleitoral, s�o capazes de apontar tend�ncias, mas n�o s�o progn�sticos capazes de prever o n�mero exato de votos que cada candidato ter�", afirmou a dire��o do Ipec em nota.

 

Segundo o Datafolha, Lula tinha 50% dos votos v�lidos, ante 36% de Bolsonaro --a margem de erro era de dois pontos para mais ou menos. De acordo com o Ipec, o petista alcan�ava 51%, ante 37% do atual presidente, com mesma margem. Finalizada a apura��o nacional, o TSE anunciou 48,43% para Lula e 43,20% para Bolsonaro.

 


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