Ciro Nogueira diz que desinforma��o tem sido eficiente nas elei��es

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), afirmou que a desinforma��o tem sido uma arma eficiente nas elei��es de 2022. “Tem sido (eficiente)”, admitiu, ao ser lembrado de postagem que fez no Twitter: “A elei��o � ‘uma guerra, por outros meios, pac�ficos. Faz parte dela a guerra da desinforma��o”, escreveu, em 21 de setembro, o ministro e um dos articuladores pol�ticos do candidato � reelei��o, Jair Bolsonaro (PL). 

“� uma pena. Voc� n�o tem controle”, complementou Nogueira na �ltima quinta-feira (31/10), ao comentar sobre a desinforma��o como parte da disputa eleitoral. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, ele fez uma ressalva: “A campanha, por si, n�o (usa a desinforma��o), os meios tradicionais. Mas voc� n�o tem controle dos militantes e das pessoas envolvidas.”

Presidente do PP, Ciro Nogueira prev� que Bolsonaro ir� conquistar um novo mandato. “Acredito que o presidente vai ter, no m�nimo, 8 pontos (de vantagem). Acredito que fique, no m�nimo, entre 54% a 46% (para Bolsonaro). N�o sai dessa margem de erro, lhes garanto. Depois voc�s me cobrem”, afirmou.

Nogueira errou as previs�es que fez antes do primeiro turno, quando projetou que Bolsonaro teria mais votos do que Lula e ganharia em “18 ou 19” unidades da federa��o.  As urnas apontaram vit�rias do candidato � reelei��o em 12 estados, mais o Distrito Federal. “O que previ s� n�o se confirmou por conta da tentativa de se fazer o maior estelionato eleitoral de nossa hist�ria”, acredita. 

Ele fez fortes cr�ticas aos institutos de pesquisa que erraram os percentuais obtidos pelo presidente e por candidatos de seu grupo pol�tico, como Tarc�sio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo de S�o Paulo. “Fizeram manipula��o criminosa”, acusa, sem apresentar provas da manipula��o, e defendendo a instala��o de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) “despolitizada e isenta” depois das elei��es.

Sobre o cen�rio do segundo turno, Ciro Nogueira comentou uma de suas preocupa��es ap�s a divulga��o do resultado: 

“Nunca tivemos uma elei��o com extremismo t�o grande. Me preocupa que, no dia seguinte � elei��o, qualquer um estar� com 40% a 50% de rejei��o. A grande diferen�a � que Bolsonaro tem uma base para administrar o pa�s sem fazer concess�es, ao contr�rio de Lula. Previa a esquerda elegendo entre 130 e 150 deputados; eles elegeram 129. Fui at� um pouco otimista para eles. Imagina o que � come�ar um governo com 50% de reprova��o, como Lula iria come�ar. Gra�as a Deus, n�o vai acontecer, mas o que ele teria de fazer com o pa�s para atrair uma base?”, complementou o ministro da Casa Civil.