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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Bancada bolsonarista de 2018 perdeu 2,8 mi de votos e teve 60% de derrotados

No total, 47 dos 52 deputados tentaram se reeleger, mas s� 21 conseguiram. Outros 4 tentaram o Senado e 1, Alexandre Frota (PSDB-SP), a ALSP, sem sucesso


17/10/2022 07:30 - atualizado 17/10/2022 09:34

Plenário da Câmara dos Deputados
Plen�rio da C�mara dos Deputados (foto: Roque de S�/Ag�ncia Senado)
A onda bolsonarista que marcou as elei��es de 2018 transformou o nanico PSL na segunda maior bancada da C�mara, com 52 deputados federais eleitos e a promessa de mudan�a radical na forma de fazer pol�tica no Brasil. Quatro anos depois, esses 52 pol�ticos tentaram um novo mandato, mas s� 21 obtiveram sucesso.

De 2018 a 2022, o PSL perdeu Jair Bolsonaro --hoje no PL-- e desapareceu como partido ao se fundir com o DEM e virar a Uni�o Brasil. A bancada bolsonarista migrou em sua maioria para o PL de Valdemar Costa Neto, abandonando de vez qualquer promessa de mudan�a na pol�tica.

No total, 47 dos 52 deputados tentaram se reeleger, mas s� 21 conseguiram. Outros 4 tentaram o Senado e 1, Alexandre Frota (PSDB-SP), a Assembleia Legislativa de S�o Paulo. Nenhum obteve sucesso.

A an�lise do desempenho atual dos 52 bolsonaristas do PSL de 2018 mostra que houve um derretimento de 2,8 milh�es de votos no grupo dos que tentaram a reelei��o --de 7,8 milh�es para 4,3 milh�es.

Quase todos foram menos votados do que h� quatro anos, com exce��o de sete.

A lista dos candidatos que encolheram come�a por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, que foi o campe�o de votos para a C�mara em 2018, com 1,8 milh�o.

Esse n�mero caiu para 735 mil neste ano, mesmo assim uma expressiva vota��o.

A campe� de derretimento foi a deputada Joice Hasselmann (SP), que se elegeu em 2018 com 1.078.666 votos. Ela rompeu com o presidente e seu grupo durante o mandato, virou um dos principais alvos da ala ideol�gica do bolsonarismo e ficou de fora da C�mara ao obter, neste ano, 13.679 votos pelo PSDB --uma queda de 99%.

Deputados que mantiveram fidelidade a Bolsonaro tamb�m viram um esvaziamento expressivo dos seus votos.

Foram os casos, entre outros, do ex-ministro do Turismo Marcelo �lvaro Ant�nio (MG), que tombou de 230 mil para 30 mil votos; Helio Bolsonaro (RJ), que caiu de 345 mil para 130 mil; e Major Fabiana (RJ), de 58 mil para 30 mil. Os dois primeiros conseguiram se reeleger gra�as � vota��o de outros candidatos do PL.

No caso de Marcelo �lvaro, ele conseguiu novo mandato de carona na expressiva vota��o do vereador de Belo Horizonte (MG) Nikolas Ferreira (PL), que teve quase 1,5 milh�o de sufr�gios e foi o parlamentar mais votado no pa�s.

Marcelo �lvaro Ant�nio foi o primeiro ministro do Turismo de Bolsonaro e deixou o cargo ap�s ser investigado por suspeita de comandar um esquema de candidaturas laranjas no PSL mineiro. A manobra servia para burlar a legisla��o eleitoral que define um percentual m�nimo de recursos do fundo eleitoral para candidaturas femininas.

O deputado chegou a considerar uma candidatura ao Senado, mas foi preterido no campo bolsonarista pelo deputado estadual Cleitinho Azevedo (PSC), que foi eleito.

H� casos de parlamentares que, mesmo sem perder tantos votos, fracassaram na tentativa de se reeleger. Bibo Nunes (RS) registrou 91.664 votos em 2018 concorrendo pelo PSL, mas n�o conseguiu se reeleger agora pelo PL, mesmo com apoio de 76.521 eleitores.

"Eu n�o me elegi pelo excesso de otimismo. Estava de salto alto, me considerando eleito", afirma ele. "As pessoas, certas de que eu estava eleito, n�o votaram para dar apoio a outro candidato. Muitas pessoas me pediram desculpas por isso", afirma.

Para ele, o insucesso dos ex-membros do PSL se d� em raz�o de falta de foco na campanha. "A maioria dos n�o eleitos olhava sua pr�pria �rvore, sem se preocupar pela floresta. Os que estavam pela causa, na maioria, se elegeram."

A queda de votos do PSL bolsonarista de 2018 s� n�o foi maior gra�as a Carla Zambelli (SP) e Filipe Barros (PR) que, juntos, tiveram uma alta de mais de 1 milh�o de votos na compara��o a 2018.

"A direita amadureceu nos �ltimos quatro anos e houve maior uni�o e compreens�o do eleitor em diluir votos para conseguir o maior n�mero de deputados. Pelas redes sociais, conseguimos criar uma rela��o de muito respeito com os eleitores nesse tempo, e de muito comprometimento tamb�m e percebemos que n�o bastava ser 'de direita' para ter a confian�a. Tinha que ter um hist�rico de respeito e lealdade �s pautas conservadoras e tamb�m ao Bolsonaro", afirma Zambelli.

Segundo a deputada, que foi a segunda mais votada no estado de S�o Paulo, eleitores afirmaram a ela que votariam em outros candidatos por acreditar que os mais notabilizados j� estavam eleitos.

"Percorri 83 cidades nos �ltimos meses e vez ou outra, ouvia: 'gosto muito de voc�, do deputado 'x', mas vou votar em outro candidato porque sei que voc�s j� est�o eleitos'. Acredito que por isso alguns deputados do PL tiveram menos votos em 2022."

O PL de Bolsonaro teve 16,58% dos votos para a C�mara nas elei��es deste ano, mas parte desses sufr�gios foi para deputados oriundos do centr�o. O PT, segundo partido mais votado, teve 11,3% dos votos para a C�mara.

Entre os cinco parlamentares mais votados em todo o Brasil, quatro s�o do PL e todos t�m a sua carreira pol�tica claramente associada a Bolsonaro: Nikolas Ferreira, Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (SP), que recebeu 640 mil votos.

O �nico nome na lista que n�o � bolsonarista � o de Guilherme Boulos (PSOL-SP), que teve 1 milh�o de votos.

Como mostra a lista dos deputados mais votados do pa�s, a queda de rendimento do PSL de 2018 foi compensada com a elei��o de novos bolsonaristas parlamentares, como Salles, Ferreira e o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello (RJ).


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