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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Jer�nimo atrai apoio at� de bolsonaristas, que criam voto 'JeroNaro' na Bahia

Prefeitos, deputados, vereadores e l�deres pol�ticos que haviam apoiado o ex-prefeito de Salvador no primeiro turno, agora aderiram ao petista


19/10/2022 09:04 - atualizado 19/10/2022 10:05

Jerônimo lidera as pesquisas de opinião na Bahia
Jer�nimo lidera as pesquisas de opini�o na Bahia (foto: pt.org.br)
O rev�s do candidato a governador ACM Neto (Uni�o Brasil), que come�ou a campanha na lideran�a, mas foi superado em votos por seu advers�rio, fez com que parte de seus aliados iniciasse uma debandada em dire��o ao candidato governista Jer�nimo Rodrigues (PT).

Empurrado pela for�a de Lula e da m�quina governista, Jer�nimo teve 49,45% dos votos v�lidos no primeiro turno contra 40,8% de ACM Neto e 9,08% do bolsonarista Jo�o Roma (PL), resultado que fez com que os ventos mudassem de lado no meio pol�tico neste no segundo turno.

Prefeitos, deputados, vereadores e l�deres pol�ticos que haviam apoiado o ex-prefeito de Salvador no primeiro turno, agora aderiram ao petista em alian�as pouco ortodoxas que incluem at� um movimento "JeroNaro", com voto casado em Jer�nimo e no presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leia: Jer�nimo desafia tradi��o familiar na Bahia

O movimento partiu de setores mais conservadores que n�o tiveram sucesso nas urnas. O primeiro a mudar de lado foi o vereador e deputado federal em exerc�cio Joceval Rodrigues (Cidadania). Ligado � Igreja Cat�lica, ele foi l�der da maioria na C�mara Municipal de Salvador na gest�o ACM Neto.

Tamb�m aderiu a Jer�nimo uma parcela do PSC, legenda ligada � Assembleia de Deus. Derrotado nas urnas, o presidente estadual do partido, Heber Santana, rompeu com ACM Neto, de quem foi secret�rio municipal, e se engajou na campanha do petista.

O apoio a Jer�nimo, contudo, n�o se estende a Luiz In�cio Lula da Silva (PT) na elei��o presidencial, diz Eliel Santana, vice-presidente nacional do PSC.

"Nacionalmente, continuamos com Bolsonaro. Mudamos de posi��o aqui na Bahia por insatisfa��o com o tratamento que foi dado ao nosso partido. Fomos convidados por Jer�nimo e vamos fazer a interlocu��o dele com o segmento evang�lico", afirma Eliel Santana, pai de Heber.

Ele admite que houve cr�ticas � decis�o por parte dos filiados e da milit�ncia do partido. Mas diz acreditar que as resist�ncias podem ser contornadas: "O eleitor vota com sua consci�ncia. N�o queremos induzir ningu�m."

Com a for�a da m�quina governista, Jer�nimo conseguiu trazer para o seu lado mais de uma d�zia de prefeitos de diferentes partidos que no primeiro turno estavam com ACM Neto. O movimento foi apelidado de maneira jocosa de "portabilidade" de prefeitos.

Entre aliados de ACM Neto, a estrat�gia � vista como pouco efetiva. Eles alegam que dificilmente os eleitores v�o mudar a escolha do primeiro para o segundo turno t�o somente por orienta��o de um prefeito ou l�der pol�tico.

Enquanto intensifica as articula��es pol�ticas com o apoio do governador Rui Costa (PT), Jer�nimo come�a o segundo turno jogando parado: evita pol�micas e j� negou o convite para participar de debates em duas emissoras de televis�o.

No caso da TV Band, disse que houve problema de agenda. Na TV Aratu, alegou "aparente parcialidade" da emissora, uma vez que esta pertence � fam�lia de Ana Coelho (Republicanos), candidata a vice-governadora na chapa advers�ria.

A Folha apurou, contudo, que a decis�o de n�o participar dos debates faz parte de uma estrat�gia de n�o expor o candidato. E justificam a decis�o alegando que o advers�rio fez o mesmo no primeiro turno: ACM Neto faltou a 2 dos 3 debates televisivos que aconteceram no primeiro turno.

O petista tamb�m aposta na vincula��o com Lula, que desembarcou em Salvador nesta quarta-feira (12) para participar de um ato de campanha de seu aliado. Juntos, fizeram uma caminhada com trio el�trico e ares entre o bairro de Ondina e o Farol da Barra.

Segundo os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participaram do ato, quando Lula foi mais incisivo no pedido de votos ao aliado: "Eu preciso que voc�s elejam o Jer�nimo governador da Bahia"

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto, por sua vez, tem adotado um discurso mais racional, que procura colocar �gua na fervura da polariza��o nacional. Para convencer o eleitor, aposta em uma compara��o de propostas, curr�culo e de trabalho realizado.

"Essa � a minha grande diferen�a para o candidato do PT aqui na Bahia: ele foi testado e reprovado. Eu fui testado e considerado o melhor prefeito de todo o Brasil", afirma.

Nos atos de campanha, tem priorizado cidades de grande e m�dio porte, al�m dos munic�pios da regi�o metropolitana de Salvador, onde teve mais votos que Jer�nimo, mas n�o o suficiente para neutralizar os resultados das pequenas cidades do interior.

Neste segundo turno, manteve a posi��o de neutralidade em rela��o � elei��o presidencial que j� havia adotado no primeiro. Mas passou a fazer acenos mais claros aos bolsonaristas que votaram em Jo�o Roma. Aposta no antipetismo para conquistar esses votos, mesmo diante de uma rela��o turbulenta com o ex-ministro de Bolsonaro.

Amigos e aliados por mais de duas d�cadas, ACM Neto e Roma est�o rompidos desde fevereiro de 2021 e trocaram duros ataques na campanha. Ainda assim, Roma anunciou apoio a ACM Neto no segundo turno, mas se manteve distante da campanha do ex-aliado.

Ao mesmo tempo, aliados pr�ximos a ACM Neto que estavam neutros no primeiro turno aderiram a Bolsonaro, incluindo o vice-governador da Bahia e deputado federal eleito Jo�o Le�o (PP).

Ao romper com o governador Rui Costa em mar�o deste ano, Le�o reafirmou seu apoio a Lula, mas meses depois passou a defender uma condi��o de neutralidade para atrair votos dos dois lados. Agora, j� eleito deputado federal, subiu no barco bolsonarista e afirmou que "chega de PT".

Outros aliados do ex-prefeito como os deputados federais reeleitos Arthur Maia e Elmar Nascimento, ambos da Uni�o Brasil, tamb�m desceram do muro e apoiam o presidente no segundo turno.

Houve ainda movimentos em dire��o a Lula: o principal foi do deputado federal eleito Leo Prates (PDT), considerado bra�o-direito de ACM Neto, que seguiu a orienta��o de seu partido e agora apoia o petista na elei��o presidencial.

Entre apoiadores e l�deres pol�ticos locais, � comum a ado��o de adesivo com os emblemas "LulaNeto" e "BolsoNeto". Assim como no primeiro turno, o ex-prefeito de Salvador segue com o discurso de que est� preparado para governar com qualquer presidente que for eleito.

Os advers�rios criticam a estrat�gia e apelidaram o ex-prefeito como o candidato do "tanto faz". Diz Jer�nimo: "Se ele quiser continuar assim, a conta � dele. N�s vamos querer debater qual o compromisso que n�s temos do Lula em rela��o � nossa Bahia".

 


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