
sua segunda passagem por Minas no segundo turno. Depois de visitar Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, na sexta-feira (21/10), o petista fez uma caminhada entre a Regi�o de Venda Nova, em Belo Horizonte, e Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana. A incurs�o foi a primeira que teve a senadora Simone Tebet (MDB) ao seu lado em atos p�blicos e tamb�m foi marcada por discursos da deputada federal eleita Marina Silva (Rede). Na Grande BH, a campanha direcionou o discurso para a redu��o de absten��es e convencimento de eleitores que anularam o voto ou n�o escolheram nem Lula, nem Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno.
Al�m de Tebet e Marina, na Grande BH, Lula foi acompanhado pelo ex-prefeito da capital e candidato apoiado pelo petista ao governo do estado, Alexandre Kalil (PSD), pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT), pelo senador Alexandre Silveira (PSD) e diversos deputados eleitos neste pleito, como Beatriz Cerqueira (PT), Reginaldo Lopes (PT), Maca� Evaristo (PT), C�lia Xakriab� (Psol) e Andreia de Jesus (PT).
Lula trouxe � tona a estrat�gia de buscar votos de indecisos, nulos e absten��es logo no in�cio do discurso. O petista disse a apoiadores que eles devem fazer eleitores recordarem sua gest�o em compara��o � de Bolsonaro para conseguir mais votos no dia 30 de outubro.
"Eu come�o minhas palavras agradecendo a cada homem e a cada mulher porque se dependesse de Ribeir�o das Neves eu teria vencido no primeiro turno. Mas essa nossa passeata de hoje tem uma raz�o de ser e eu queria explicar pra voc�s. N�s temos milh�es de pessoas que n�o foram votar no dia 2 de outubro. Aqui em Minas Gerais n�s temos 30% dos jovens que tiraram t�tulo de eleitor e n�o foram votar. Temos outros milh�es que n�o votaram por qualquer raz�o. Ou porque n�o queria, ou porque n�o tinha o dinheiro do �nibus ou porque n�o tinha sido convencido por n�s. Ent�o eu queria come�ar dizendo para voc�s que n�s temos de segunda a s�bado para conversar com essa gente e explicar porque essa gente tem que votar e eles tem que derrubar esse fascista que governa nosso pa�s", afirmou.
A fala de Lula foi precedida por Simone Tebet, que fez sua primeira apari��o em atos p�blicos com o ex-presidente nesta jornada por Minas. Ela tamb�m come�ou seu discurso com foco nas absten��es.
"N�s, de hoje at� o dia 30 de outubro, temos um compromisso e um compromisso apenas. Atrav�s das redes sociais, dos c�rculos dos nossos amigos, nas nossas igrejas, nas nossas casas. Levanta a m�o aqui quem conhece algu�m que anulou o voto. Quem conhece algu�m que votou em branco. Que votou em Ciro ou em Simone. Agora � hora de falarmos para essas pessoas, Ciro est� com Lula, Simone est� com Lula. Quem anulou o voto tem que dar o voto no 13 pela democracia", afirmou a senadora.
Lula fez cr�ticas a Bolsonaro durante pronunciamento, falou sobre a pol�tica armamentista do atual presidente em compara��o ao investimento em educa��o e refor�ou propostas de retomada de investimento em universidades p�blicas, escolas t�cnicas e programas como o Minha Casa, Minha Vida. Tebet e Marina refor�aram cr�ticas � fala recente do atual presidente quando disse ter “pintado um clima” com adolescentes venezuelanas que, segundo Bolsonaro, estariam se prostituindo.
Marina Silva tamb�m discursou em Ribeir�o das Neves. A ex-ministra e ex-senadora refor�ou o apoio a Lula ao lado de Tebet e recordou sua experi�ncia com a alfabetiza��o tardia e a dificuldade no acesso � educa��o. “Eu decidi que n�o quero ver o povo preto, o povo pobre, os nossos jovens entrando por frestas, n�s queremos entrar pela porta da frente e quem ajuda a entrar pela porta da frente � Luiz In�cio Lula Presidente. No dia 30, quem vai sair pela porta dos fundos � Bolsonaro”.

Romeu Zema
A segunda passagem de Lula por Minas foi marcada tamb�m por cr�ticas mais incisivas � alian�a entre Romeu Zema (Novo) e Bolsonaro, constru�da no segundo turno. Ontem, ele voltou a tratar sobre o apoio declarado pelo governador reeleito menos de 48 horas ap�s o primeiro turno, quando ele manteve a naturalidade sobre o pleito presidencial.
"Eu acho estranho, porque eu nunca falei o nome do Zema em nenhum discurso, porque n�o o conhe�o. Eu o respeito como governador do povo mineiro, e eu faria quest�o de n�o falar mal de governador. Ele tamb�m n�o falava o nome do Bolsonaro e n�o falava por que? Porque tinha 48% dos votos dele que eram votos com Lula. O que � triste � que, terminadas as elei��es, ele que passou a ideia para o povo que n�o tinha nenhum candidato a presidente, ele assume o bolsonarismo. O que � uma coisa, na minha opini�o, ruim, negativa. Como voc� pode ter dois comportamentos, sabe, em momentos, sabe, quase iguais? Porque os candidatos s�o os mesmos", questionou.
A declara��o foi dada em coletiva de imprensa concedida antes da passeata em Venda Nova. Na mesma entrevista, Lula voltou a falar sobre o Zema quando comentou sobre o metr� de Belo Horizonte. Ele afirmou que a amplia��o do modal depende de um trabalho conjunto de presidente e governador e citou as obras para a finaliza��o da linha 1 do modal durante seu primeiro mandato.
"Quando eu era presidente, a gente fez a linha 1 do metr�. O metr�, para ser constru�do, � preciso que tenha parceria entre governo do estado e Governo Federal. O A�cio, a gente discutiu metr� no meu primeiro mandato, depois o A�cio disse que ia privatizar o metr�, que ia tentar fazer concess�o, e � muito f�cil falar em fazer concess�o, mas � muito dif�cil. Quando n�s ganharmos as elei��es, e estamos certos que vamos ganhar as elei��es, eu pretendo na primeira semana convocar todos os governadores eleitos, independentemente do partido a que eles perten�am, para conversar as prioridades de cada estado e pedir para cada um pelo menos apresentar tr�s projetos que s�o imprescind�veis para o estado. E quem sabe, ent�o, o governador coloca o metr� como imprescind�vel, � importante", disse.
Ataques a Marina Silva
Simone Tebet abriu seu pronunciamento � imprensa na manh� deste s�bado se solidarizando com Carmen L�cia, ministra do Supremo Tribunal Federal chamada de prostituta pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) na v�spera, e com Marina Silva, que tamb�m foi atacada na sexta-feira. A senadora e a pr�pria Marina relataram posteriormente momentos vividos pela deputada federal eleita em um restaurante da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte na noite de s�bado.

De acordo com Marina, enquanto ela e outros integrantes da comitiva de Lula jantavam, apoiadores de Bolsonaro em uma outra mesa do restaurante come�aram a gritar “mito” e o nome do presidente e depois a xingaram diretamente com palavras como “traidora” e “vagabunda”.
"Quando se trata de uma mulher � sempre nessa quest�o de natureza moral, sexual. Parece que o bolsonarismo n�o sabe lidar com as mulheres, n�o sabe lidar do ponto de vista pol�tico e �tico” afirmou Marina. Ela registrou a ocorr�ncia em uma delegacia e disse que o fez para que a atitude n�o se repita.
Lula comentou o ataque � aliada, disse que pertence a uma “escola” do fascismo. “� um canalha da pior esp�cie. A companheira dele tentou segur�-lo porque ela sabe que se uma filha dele soubesse o que ele estava fazendo, ele ia ficar desmoralizado”, disse o petista.