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Estado de Minas elei��es 2022

Foco nos indecisos e na menor absten��o

Com refor�o de Simone Tebet e Marina Siva, ex-presidente Lula faz apelo aos que deixaram de votar no primeiro turno


23/10/2022 04:00 - atualizado 23/10/2022 07:04

Lula criticou Zema e defendeu obra do metrô de BH
Com caminhada com apoiadores em Venda Nova e Ribeir�o das Neves, candidato petista criticou Zema e defendeu obra do metr� de BH (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press )


O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) encerrou ontem sua segunda passagem por Minas no segundo turno das elei��es. Depois de visitar Te�filo Otoni, no Vale do Mucuri, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, na sexta-feira, o petista fez caminhada entre a regi�o de Venda Nova, em Belo Horizonte, e Ribeir�o das Neves, na regi�o metropolitana. 

Na Grande BH, a campanha direcionou o discurso para a redu��o de absten��es e convencimento de eleitores que anularam o voto ou n�o escolheram nem Lula, nem Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno. 

A incurs�o foi a primeira que teve a senadora Simone Tebet (MDB) ao seu lado em atos p�blicos e tamb�m foi marcada por discursos da deputada federal eleita Marina Silva (Rede).     

Al�m de Tebet e Marina, na Grande BH, Lula foi acompanhado pelo ex-prefeito da capital e candidato apoiado pelo petista ao governo do estado Alexandre Kalil (PSD), pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT), pelo senador Alexandre Silveira (PSD) e diversos deputados eleitos neste pleito, como Beatriz Cerqueira (PT), Reginaldo Lopes (PT), Maca� Evaristo (PT), C�lia Xakriab� (Psol) e Andreia de Jesus (PT). 

Lula trouxe � tona a estrat�gia de buscar votos de indecisos, nulos e absten��es logo no in�cio do discurso. O petista disse a apoiadores que eles devem fazer eleitores recordarem sua gest�o em compara��o � de Bolsonaro para conseguir mais votos em 30 de outubro.

“Eu come�o minhas palavras agradecendo a cada homem e a cada mulher porque se dependesse de Ribeir�o das Neves eu teria vencido no primeiro turno. Mas essa nossa passeata de hoje tem uma raz�o de ser e eu queria explicar pra voc�s. N�s temos milh�es de pessoas que n�o foram votar no dia 2 de outubro. Aqui em Minas Gerais, n�s temos 30% dos jovens que tiraram t�tulo de eleitor e n�o foram votar. Temos outros milh�es que n�o votaram por qualquer raz�o. Ou porque n�o queria, ou porque n�o tinha o dinheiro do �nibus ou porque n�o tinha sido convencido por n�s. Ent�o eu queria come�ar dizendo para voc�s que n�s temos de segunda a s�bado para conversar com essa gente e explicar por que essa gente tem que votar e eles t�m que derrubar esse fascista que governa nosso pa�s”, afirmou.

A fala de Lula foi precedida por Simone Tebet, que fez sua primeira apari��o em atos p�blicos com o ex-presidente nesta jornada por Minas. Ela tamb�m come�ou seu discurso com foco nas absten��es. 

“N�s, de hoje at� o dia 30 de outubro, temos um compromisso e um compromisso apenas. Atrav�s das redes sociais, dos c�rculos dos nossos amigos, nas nossas igrejas, nas nossas casas. Levanta a m�o aqui quem conhece algu�m que anulou o voto. Quem conhece algu�m que votou em branco. Que votou em Ciro ou em Simone. Agora � hora de falarmos para essas pessoas, Ciro est� com Lula, Simone est� com Lula. Quem anulou o voto tem que dar o voto no 13 pela democracia”, afirmou a senadora.

Lula fez cr�ticas a Bolsonaro durante pronunciamento, falou sobre a pol�tica armamentista do atual presidente em compara��o ao investimento em educa��o, e refor�ou propostas de retomada de projetos em universidades p�blicas, escolas t�cnicas e programas como o Minha casa, minha vida. Tebet e Marina refor�aram as cr�ticas a fala recente do atual presidente, quando disse ter “pintado um clima” com adolescentes venezuelanas que, segundo Bolsonaro, estariam se prostituindo.

Marina Silva tamb�m discursou em Ribeir�o das Neves. A ex-ministra e ex-senadora refor�ou o apoio a Lula ao lado de Tebet e recordou sua experi�ncia com a alfabetiza��o tardia e a dificuldade no acesso � educa��o. 

“Eu decidi que n�o quero ver o povo preto, o povo pobre, os nossos jovens entrando por frestas, n�s queremos entrar pela porta da frente e quem ajuda a entrar pela porta da frente � Luiz In�cio Lula presidente. No dia 30, quem vai sair pela porta dos fundos � Bolsonaro.”

Governador 

A segunda passagem de Lula por Minas foi marcada tamb�m por cr�ticas mais incisivas � alian�a entre Romeu Zema (Novo) e Bolsonaro, constru�da no segundo turno. 
     
Ontem, ele voltou a tratar sobre o apoio declarado pelo governador reeleito menos de 48 horas ap�s o primeiro turno, quando ele manteve a naturalidade sobre o pleito presidencial. 

“Eu acho estranho, porque eu nunca falei o nome do Zema em nenhum discurso, porque n�o o conhe�o. Eu o respeito como governador do povo mineiro, e eu faria quest�o de n�o falar mal de governador. Ele tamb�m n�o falava o nome do Bolsonaro, e n�o falava por qu�? Porque tinha 48% dos votos dele que eram votos com Lula. O que � triste � que, terminadas as elei��es, ele, que passou a ideia para o povo que n�o tinha nenhum candidato a presidente, assume o bolsonarismo. O que � uma coisa, na minha opini�o, ruim, negativa. Como voc� pode ter dois comportamentos, sabe, em momentos, sabe, quase iguais? Porque os candidatos s�o os mesmos”, questionou.

A declara��o foi dada em coletiva de imprensa concedida antes da passeata em Venda Nova. Na mesma entrevista, Lula voltou a falar sobre Zema quando comentou sobre o metr� de Belo Horizonte. 

Ele afirmou que a amplia��o do modal depende de um trabalho conjunto de presidente e governador e citou as obras para a finaliza��o da linha 1 do modal durante seu primeiro mandato.

“Quando eu era presidente, a gente fez a linha 1 do metr�. O metr�, para ser constru�do, � preciso que tenha parceria entre governo do estado e governo federal. O A�cio (Neves), a gente discutiu metr� no meu primeiro mandato, depois o A�cio disse que ia privatizar o metr�, que ia tentar fazer concess�o, e � muito f�cil falar em fazer concess�o, mas � muito dif�cil”, disse o petista.

O candidato do PT voltou a prometer prioridade para a expans�o do metr� de BH. “Quando n�s ganharmos as elei��es, e estamos certos que vamos ganhar as elei��es, eu pretendo, na primeira semana, convocar todos os governadores eleitos, independentemente do partido a que eles perten�am, para conversar as prioridades de cada estado e pedir para cada um pelo menos apresentar tr�s projetos que s�o imprescind�veis para o estado. E quem sabe, ent�o, o governador coloca o metr� como imprescind�vel? � importante”, disse.

Marina Silva � atacada em BH

Simone Tebet abriu seu pronunciamento � imprensa na manh� de ontem se solidarizando com Carmen L�cia, ministra do Supremo Tribunal Federal, chamada de prostituta pelo pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) na v�spera, e com Marina Silva, que tamb�m foi atacada na sexta-feira. A senadora e a pr�pria Marina relataram posteriormente momentos vividos pela deputada federal eleita em um restaurante da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte na noite de s�bado.

De acordo com Marina, enquanto ela e outros integrantes da comitiva de Lula jantavam, apoiadores de Bolsonaro em uma outra mesa do restaurante come�aram a gritar “mito” e o nome do presidente e depois a xingaram diretamente com palavras como “traidora” e “vagabunda”.

“Quando se trata de uma mulher, � sempre nessa quest�o de natureza moral, sexual. Parece que o bolsonarismo n�o sabe lidar com as mulheres, n�o sabe lidar do ponto de vista pol�tico e �tico”, afirmou Marina. Ela registrou a ocorr�ncia em uma delegacia e disse que o fez para que a atitude n�o se repita. Lula comentou o ataque � aliada, disse que pertence a uma “escola” do fascismo. “� um canalha da pior esp�cie. A companheira dele tentou segur�-lo porque ela sabe que se uma filha dele soubesse o que ele estava fazendo, ele ia ficar desmoralizado”, disse o petista. (BE e MM)


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