
Ingrid Soares - Correio Braziliense
A campanha de Jair Bolsonaro (PL) entregou, na noite desta ter�a-feira (25/10), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relat�rio acompanhado de um link p�blico do Google Drive com acesso a uma planilha de hor�rios que comprovaria que oito emissoras de r�dios teriam reproduzido mais inser��es a favor do candidato Luiz In�cio Lula da Silva (PT) do que do presidente.
Entre as citadas est�o as r�dios Bispa FM e Hits FM, de Recife (PE); Clube FM, de Santo Ant�nio de Jesus (BA); Povo FM, de Feira de Santana (BA); Viva Voz, de V�rzea da Ro�a (BA); Povo FM, de Po��es (BA); Integra��o FM, de Surubim (PE); e Extremo Sul FM, de Itamaraju (BA).
Na segunda-feira (24/10), o ministro das Comunica��es, F�bio Faria, disse que o presidente teve 154 mil inser��es de r�dio a menos que o candidato Luiz In�cio Lula da Silva (PT) nas �ltimas duas semanas.
Peti��o
A peti��o foi uma resposta � determina��o do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ap�s a apresenta��o de dados levantados por uma auditoria particular contratada pela campanha bolsonarista, Moraes divulgou despacho dando o prazo de 24 horas para que fossem apresentadas provas que comprovassem os n�meros apresentados em coletiva de imprensa por F�bio Faria. Caso as den�ncias n�o sejam provadas, a coliga��o do presidente poder� ser enquadrada por crime eleitoral.
De acordo com o ministro Moraes, a peti��o protocolada pelo PL na segunda n�o tinha “qualquer prova e/ou documento s�rio” “limitando-se o representante a juntar um suposto e ap�crifo 'relat�rio de veicula��es em r�dio”.
Nesta ter�a, o QG de campanha de Bolsonaro rebateu pecha de documento “ap�crifo” dada por Moraes. “O aludido documento, embora n�o formalmente assinado, pelo que se penitencia a Representante, foi, no entanto, como reconhecido na pr�pria decis�o, identificado como de autoria da empresa Audiency Brasil Tecnologia, tendo sido apresentado, em todas as p�ginas do documento, o nome e CNPJ da empresa assim informados".
“Trata-se de empresa devidamente contratada pela campanha, com observ�ncia rigorosa de todos os requisitos legais envolvidos e plenamente habilitada para a an�lise t�cnica levada a efeito, que possui, no seu objeto social”, justificou a campanha.
“A prop�sito, sobre a qualifica��o da empresa que elaborou o estudo t�cnico, cumpre destacar que se trata de empresa com capital social relevante , cujo objeto social, como se viu, � justamente distribuir, gerenciar e acompanhar a veicula��o de campanhas de m�dia offline (r�dio), em tempo real, com atua��o destacada e reconhecida tanto no �mbito p�blico quanto privado, em todo o territ�rio nacional. E que possuiu, inclusive, contrato em vigor com a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina”, diz trecho do documento.
Ainda segundo a campanha, "a fim de extirpar qualquer d�vida residual, quanto � higidez jur�dica e a autenticidade material da documenta��o preliminar acostada � pe�a vestibular, anexou � peti��o uma declara��o da empresa Audiency Brasil Tecnologia Ltda., firmada por meio de assinatura digital, de seu representante legal, Sr. Anacleto Angelo Ortigara".
“Segue link de acesso p�blico da plataforma google drive, por meio do qual o digno Relator, sua assessoria ou o corpo t�cnico do Tribunal, poder�o ter amplo e irrestrito acesso a todos os dados referentes � veicula��o de inser��es de r�dio, que balizaram o estudo t�cnico apresentado, inclu�dos aqueles expressamente referidos na decis�o ora em exame”, concluiu.
F�bio Faria
Na segunda, F�bio Faria disse que a maioria das r�dios que realizaram "uma censura" ao presidente Bolsonaro est�o localizados na Bahia — estado onde Lula teve 69,73% dos votos no primeiro turno, contra 24,31% de Bolsonaro. Segundo o ministro, a cada tr�s inser��es de Lula as r�dios exibiram apenas uma de Bolsonaro. A auditoria teria apurado que n�o foram exibiram durante 14 dias do segundo turno.