Taisa Medeiros - Correio Braziliense

Bebianno foi uma das figuras mais pr�ximas a Bolsonaro ao longo da campanha, sendo um de seus principais conselheiros, e depois atuando como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia. Ele foi um dos primeiros a romper com Bolsonaro.
Antes de morrer, em mar�o de 2020, Bebianno disse ter guardado material, "inclusive fora do Brasil", para ser usado caso algo acontecesse com ele. O material estaria arquivado no celular do ex-ministro, com cont�udos relacionados ao presidente Bolsonaro.
"Mortos n�o falam, mas os celulares deles sim! Lembra desse dia Carlinha? Lembra o que foi falado aqui?", disse Janones, endere�ando o tweet � deputada aliada de Jair Bolsonaro, Carla Zambelli (PL-SP). "Isso aqui � s� o frame de um v�deo, e de onde saiu esse tem muito mais! Apenas aguarde! HAVER� CHORO E RANGER DE DENTES!", escreveu o deputado.
Em seguida, Janones publicou: "O FINAL DESSA HIST�RIA SER� APOTE�TICO! Eu prometo!". Carla Zambelli respondeu ao colega da C�mara dos Deputados: "Mortos n�o falam mesmo. O Celso Daniel n�o fala tamb�m, mas seus registros, sim", disse. Celso Daniel (PT-SP) foi prefeito de Santo Andr� (SP), e morreu assassinado a tiros em 2002.
A senadora Mara Gabrilli (PSDB) realizou uma acusa��o de que Lula teria envolvimento na morte do ex-prefeito, a qual foi veiculada no programa Jovem Pan News. O presidente Jair Bolsonaro tamb�m j� havia mencionado tal acusa��o, mas o trecho do conte�do da senadora foi compartilhado pela deputada federal Carla Zambelli (PL) e pelo senador Fl�vio Bolsonaro (PL). Sobre a acusa��o, Lula recebeu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de resposta.
Seis pessoas foram condenadas pelo assassinato de Celso Daniel e cumprem pena, mas nenhuma delas tem rela��o com o Partido dos Trabalhadores.
Quem foi Bebianno
Bebianno faleceu em mar�o de 2020, quando j� havia deixado o governo Bolsonaro. Conforme informa��es oficiais da �poca, o ex-ministro estava em seu s�tio em Teres�polis. Ele foi levado ao hospital, mas n�o resistiu.
Bebianno era pr�-candidato � prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB. Ele tamb�m coordenou a campanha de Jair Bolsonaro � presid�ncia da Rep�blica, o que lhe rendeu o cargo de secret�rio-geral da Presid�ncia do governo. Ele foi exonerado no dia 18 de fevereiro de 2019, em meio �s den�ncias de que o partido que elegeu Bolsonaro � presid�ncia havia utilizado de candidaturas laranjas.
A queda de Bebianno come�ou ap�s den�ncias de que uma candidata do PSL � C�mara dos Deputados alegou que havia sido usada como laranja nas elei��es de 2018. Maria de Lourdes Paix�o concorreu pelo estado de Pernambuco e teve um n�mero inexpressivo de votos, na contram�o da quantia destinada � ela durante a campanha. A candidata recebeu R$ 400 mil reais do fundo partid�rio. � �poca, Bebianno era presidente do PSL.