
"Quando voc� come�a a falar que algu�m vem, em nome de Deus, representando uma pauta, come�a, de forma leviana, a misturar guerra e pol�tica. Isso n�o d� certo no mundo e n�o vai dar certo no Brasil. N�o podemos transformar o Brasil em uma guerra santa. Alguns pa�ses matam por causa disso. Somos um povo pac�fico. Essa pauta � perigosa", disse aos Di�rios Associados.
"N�o gosto de ficar falando mal de outras mulheres. Respeito a primeira-dama em sua condi��o de mulher e de primeira-dama, mas temos pautas totalmente diferentes", ressaltou.
Tebet concedeu a entrevista em Belo Horizonte, entre agendas que tem cumprido com aliados de Lula para angariar votos ao petista.
Terceira colocada no primeiro turno da corrida ao Pal�cio do Planalto, a emedebista recorreu �s origens de sua fam�lia para embasar a preocupa��o com a liga��o entre a f� e a gest�o p�blica.
"Meus av�s fugiram do L�bano na guerra. Venho de um mundo onde estado se mistura com religi�o. Por causa disso, se mata em nome de Deus. Isso n�o d� certo. Sou cat�lica e minha f� est� acima de qualquer coisa, mas o Estado � laico".
'Fam�lias querem paz'
Michelle � a l�der de uma s�rie de atos pensados pela campanha do PL para atingir o eleitorado feminino. Os eventos, chamados de "Mulheres com Bolsonaro", costumam ter tamb�m a participa��o da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). Para Tebet, � poss�vel que a primeira-dama consiga sucesso na pol�tica eleitoral - desde que realinhe o discurso.
"Se ela n�o misturar o estado � f� e apresentar as pautas relevantes para o Brasil (pode ter sucesso na pol�tica). Todas as mulheres brasileiras t�m que entrar para a vida p�blica se for essa a vontade. S� espero que tenham pautas que, realmente, representam o que as fam�lias brasileiras querem", pontuou.
"As fam�lias brasileiras querem paz, poder ir aos templos fazer ora��es e n�o ser influenciadas com fake news, inverdades e rituais messi�nicos, como se um fosse a encarna��o do mal e, o outro, do Messias. Fora isso, todas as mulheres brasileiras t�m de estar na vida p�blica defendendo o que acreditam", completou.