
O setor de intelig�ncia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisou os v�deos em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) aparece armada, para verificar poss�veis crimes eleitorais.
Neste s�bado (29/10), a parlamentar bolsonarista sacou e apontou uma arma para pessoas ap�s uma confus�o na regi�o dos Jardins, em S�o Paulo.
Ela diz que foi xingada e empurrada, mas v�deos mostram que, na verdade, ela perseguiu o Luan Ara�jo depois de ser xingada por ele. O pedido de an�lise dos v�deos foi feito pelo juiz auxiliar Marco Antonio Martin Vargas.
O processo foi sorteado e ser� analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.
O relat�rio do setor de intelig�ncia do TSE afirma que "� poss�vel notar que Carla Zambelli est� em envolvida em uma discuss�o, onde foi verificado (an�lise do v�deo) que, ap�s discuss�o, sai em persegui��o a uma pessoa".
E segue: "Em certo momento, retira de sua cintura uma arma, aparentemente uma pistola, e vai em dire��o a um bar/restaurante, lotado de populares, sempre com uma arma em m�os, apontada para pessoas".
"De acordo com as imagens, no tempo 19 segundos, � poss�vel escutar, claramente, disparo de arma de fogo. No tempo 34 segundos, identificamos Carla Zambelli retirando da cintura, uma arma de fogo", diz ainda o documento.
O relat�rio ser� encaminhado para an�lise de poss�vel pr�tica de crime eleitoral, porte ilegal de arma, desrespeito a resolu��o 23.708/2022, que pro�be armamentos 24 horas antes das elei��es, e tentativa de tumultuar o processo eleitoral.
Leia: Lula x Bolsonaro: veja o que apontam as pesquisas na v�spera do 2º turno
A parlamentar n�o poderia estar armada. Segundo legisla��o eleitoral, o porte de arma e de muni��o � proibido nas 24 horas que antecedem e sucedem o dia de vota��o. Uma resolu��o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em setembro determina que o descumprimento da regra pode acarretar pris�o em flagrante por porte ilegal.
O advogado Rodolfo Prado afirma que Carla Zambelli se encontra em flagrante delito e pode at� ser presa. "No presente caso, como se pode verificar, existe um entendimento de que pode ser um fato que tenha como objetivo macular as elei��es", diz.
O advogado Jo�o Guilherme Desenzi, que presenciou a cena, disse � coluna M�nica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, que Zambelli tamb�m apontou uma arma para a cara dele.
Desenzi diz que ouviu dois disparos de arma de fogo vindos da rua. Logo depois, o homem perseguido entrou no estabelecimento para se proteger, seguido por Zambelli, que tamb�m gritou: "Deita no ch�o".
"Quando ela entra no bar armada, um monte de gente sai correndo. Eu fiquei encurralado entre duas mesas", diz o advogado. As outras pessoas dentro do bar tamb�m gritavam, pedindo que a parlamentar sa�sse dali.
Leia: Cobi�ada pelos 2 lados da corrida presidencial, BH d� exemplo de democracia
"Na hora que ela aponta a arma para ele [homem perseguido], ela aponta para a minha cara tamb�m. Eu estava usando uma camiseta [com os n�meros] 12+1", afirma o advogado. "E depois voltou a apontar a arma para o homem".
Segundo Desenzi, Zambelli estava acompanhada de dois homens. "Um deles chegou a dar tapas no rapaz perseguido", segue o advogado.