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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Lula chega ao dia da elei��o como favorito mas com margem apertada

Petista tamb�m foi beneficiado por uma sequ�ncia de deslizes cometidos pelo atual presidente na semana final; segundo turno ocorre neste domingo (30/10)


30/10/2022 08:00 - atualizado 30/10/2022 08:19

Na foto, Lula durante passeata de campanha
As pesquisas mais recentes divulgadas mostram ambos candidatos dentro da zona do empate t�cnico, na margem de erro dos levantamentos (foto: AFP)
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) chega hoje ao segundo turno novamente na posi��o de favorito, que ocupou durante todo o per�odo eleitoral. Por�m, diferentemente do primeiro turno, o candidato tem uma margem apertada, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo em desvantagem, tem chances reais de virar a disputa. As pesquisas mais recentes divulgadas mostram ambos dentro da zona do empate t�cnico, na margem de erro dos levantamentos. Na �ltima semana da corrida, o otimismo presente na primeira vota��o, com a expectativa de liquidar a fatura ainda no come�o de outubro, transformou-se em um esfor�o na campanha para conquistar os indecisos e reduzir a absten��o.

O debate de sexta-feira, na TV Globo, por sua vez, apresentou o petista bem preparado, com bom controle de seu tempo de fala e respostas afiadas contra os ataques de Bolsonaro, que miraram especialmente os esc�ndalos de corrup��o dos governos petistas. Lula conseguiu emplacar temas sens�veis ao atual governo no confronto. “Durante quatro anos, esse homem governou o pa�s e n�o deu 1% de aumento no sal�rio m�nimo”, disse, aproveitando uma fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que preocupou a campanha do mandat�rio durante a semana.

Com audi�ncia que bateu a casa dos milh�es de espectadores, o embate de anteontem foi tratado como ponto crucial para Lula. O petista foi orientado a responder de forma mais combativa �s provoca��es, manter a calma e ficar de olho no tempo. Tais fatores foram avaliados como fraquezas no seu desempenho nos debates anteriores, que deixaram sua campanha insatisfeita.
 
Os principais alvos na campanha durante a reta final foram a redu��o da absten��o e o p�blico evang�lico. Na segunda-feira, o grupo Fraternidade do Evangelho divulgou uma carta de apoio ao petista. Outra estrat�gia foi a cria��o da Central Evang�licos com Lula, uma plataforma no WhatsApp destinada a combater fake news e esclarecer as propostas do ex-presidente. Segundo a campanha, foram realizados mais de 2 mil atendimentos por dia. 
Outra mudan�a recente que chamou aten��o foi o detalhamento maior do que Lula pretende fazer na �rea econ�mica caso eleito. O candidato � criticado por ter um programa de governo vago e defender medidas que preocupam o mercado, como o fim do teto de gastos. O tema se tornou mais presente nas �ltimas declara��es de Lula, que disse que escolher� algu�m com "responsabilidade fiscal e social" para chefiar a pasta da Economia.

Na quinta-feira, a apenas tr�s dias do pleito, o petista divulgou uma carta na qual assume os compromissos que fez com lideran�as pol�ticas como Simone Tebet e Marina Silva e, principalmente, promete uma pol�tica fiscal que siga "regras claras e realistas, com compromissos plurianuais, compat�veis com o enfrentamento da emerg�ncia social que vivemos e com a necessidade de reativar o investimento p�blico e privado para arrancar o pa�s da estagna��o". O aceno foi visto com bons olhos pelo mercado, mas ainda � considerado vago em suas propostas.

Margem estreita

Lula tamb�m foi beneficiado por uma sequ�ncia de deslizes cometidos por Bolsonaro na semana final. Um deles foi o vazamento do plano do Minist�rio da Economia para desindexar o sal�rio m�nimo, aposentadorias e outros benef�cios da infla��o. A campanha petista foi r�pida em partir para o ataque e acusar Bolsonaro de tentar diminuir o sal�rio m�nimo, obrigando o ministro Paulo Guedes e o pr�prio presidente a ter que rebater as acusa��es durante a semana, prometendo at� aumento real, acima da infla��o, para o sal�rio m�nimo.

Ap�s o rev�s sofrido pelo ataque de Roberto Jefferson — aliado do mandat�rio — a policiais federais com tiros e granadas, a campanha de Bolsonaro emplacou a acusa��o de que r�dios do Nordeste teriam veiculado menos inser��es suas do que de Lula. A manobra conseguiu desviar o foco de Jefferson, mas foi contestada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou que as informa��es apresentadas por Bolsonaro n�o provaram a alega��o, e pelas pr�prias r�dios citadas em documento do PL.

Lula chega ao segundo turno novamente como favorito, mas com uma margem muito mais estreita de Bolsonaro do que gostaria. O mandat�rio ainda tem chances de virar a situa��o nas urnas, por�m n�o conseguiu a “bala de prata” que buscava durante a semana, e ficou relegado a apagar inc�ndios. O petista, caso ven�a, ter� o desafio de se articular para agradar tanto sua base de esquerda quanto os apoiadores de centro-direita que conseguiu agregar para o seu time. Al�m disso, ter� que negociar com os apoiadores mais radicais de Bolsonaro que conseguiram se eleger no Parlamento e nos estados.

Caminhada com Mujica 

O candidato a presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) encerrou a campanha eleitoral com uma caminhada na Avenida Paulista na tarde deste s�bado (29/10). Al�m de Lula, o candidato ao governo de S�o Paulo, Fernando Haddad, os vices da chapa, parlamentares do partido e o ex-presidente do Uruguai, Jos� Mujica estiveram em um encontro com a imprensa.


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