
Emenda constitucional determina que parlamentares s� podem ser presos em flagrante por crimes n�o afian��veis. A imunidade prisional inerente ao cargo permite que a pris�o seja julgada pelo plen�rio da C�mara dos Deputados, no caso de Zambelli.
Na madrugada deste domingo (30), a Pol�cia Civil autuou em flagrante o seguran�a da parlamentar por disparo de arma de fogo. Ele foi identificado apenas como policial militar de folga e teve a pris�o decretada. O seguran�a foi liberado ap�s pagar fian�a de um sal�rio m�nimo.
O seguran�a passou por exame residuogr�fico e foi constatado que ele disparou a arma durante persegui��o ao jornalista Luan Ara�jo, 32.
A informa��o de que a Pol�cia Civil havia expedido mandado de pris�o contra a parlamentar chegou a ser tuitado pelo deputado federal Andr� Janones (Avante), sem confirma��o.
Ap�s prestar depoimento na delegacia, a deputada deu informa��o contrastante com a da pol�cia e afirmou que ainda estava de posse da arma e que iria lev�-la ao votar, neste domingo (30). Ela tamb�m disse que usaria um colete � prova de balas na sua se��o eleitoral.
Em entrevista � Folha, a Zambelli afirmou que estava almo�ando com o filho de 14 anos, quando um grupo de pessoas a reconheceu e ficou do lado de fora.
Segundo a deputada, um homem, bastante exaltado, a ofendeu com palavr�es e a chamou de prostituta. Al�m disso, de acordo com o relato, ela teria recebido uma cusparada e caiu no ch�o ap�s ser empurrada.
"Eu estava almo�ando com meu filho no bar, um homem come�ou a me xingar e falar que o Lula iria ganhar. Eu tenho porte federal de armas, [mostrei] at� para ele parar", disse a deputada � Folha.
Um v�deo mostra o homem discutindo com Zambelli na cal�ada. A deputada cai no ch�o, levanta e sai correndo atr�s dele junto com outro homem armado. � ouvido um disparo.
Ela afirma que queria que o homem parasse para que a pol�cia fosse acionada. Nesse momento, ela diz que algu�m teria feito men��o de sacar uma arma que estaria "velada" e fez um disparo para o alto.
"Com certeza [motiva��o pol�tica partid�ria], ficou gritando Lula, dizendo que Lula vai ganhar. Me chamou de burra, vagabunda, prostituta", contou. "V�rias pessoas ficaram olhando, tenho como provar com testemunhas."
Na sequ�ncia, Carla atravessou a rua com a arma em punho, entrou no bar e mandou o homem deitar no ch�o. "Voc� quer me matar para qu�?" pergunta o homem sob a mira da deputada.
O homem negro grita por socorro e depois foge correndo pela rua.