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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Tarc�sio de Freitas vence Fernando Haddad em SP

Novo governador de S�o Paulo, apoiado por Jair Bolsonaro, encerra tr�s d�cadas de dom�nio tucano no estado. Carioca mudou domic�lio para S�o Jos� dos Campos


31/10/2022 04:00 - atualizado 30/10/2022 23:34

Ronny Santos/Folhapress
Vit�ria de Tarc�sio de Freitas em S�o Paulo � estrat�gica para o futuro do bolsonarismo, ap�s a vit�ria de Lula (foto: Ronny Santos/Folhapress)

S�o Paulo –
O ex-ministro Tarc�sio de Freitas (Republicanos), de 47 anos, foi eleito o novo governador de S�o Paulo, com 55,27% dos votos v�lidos, derrotando Fernando Haddad (PT), com 44,73%, e pondo fim a 28 anos de hegemonia do PSDB no Pal�cio dos Bandeirantes.

A candidatura de Tarc�sio foi patrocinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que designou seu auxiliar na pasta da Infraestrutura para concorrer em S�o Paulo, apesar de o ex-ministro ter nascido no Rio de Janeiro e vivido em Bras�lia.
A vit�ria s� n�o foi completa porque Bolsonaro perdeu a Presid�ncia da Rep�blica para Luiz In�cio Lula da Silva. S�o Paulo ser� estrat�gico para dar vida ao bolsonarismo at� 2026. O vice-governador eleito, Felicio Ramuth (PSD), � ex-prefeito de S�o Jos� dos Campos (SP).

MAIORIA

O novo governador ter� ampla maioria na Assembleia Legislativa de S�o Paulo – os partidos que o apoiam somam 63 das 94 cadeiras da Casa.

Tarc�sio foi eleito em meio � investiga��o a respeito de um tiroteio que interrompeu sua agenda em Parais�polis, no �ltimo dia 17, no qual uma pessoa morreu. O jornal Folha de S�o Paulo revelou que integrante da equipe de Tarc�sio mandou um cinegrafista apagar imagens do confronto. Haddad explorou o tema, afirmando tratar-se de dificultar a apura��o da pol�cia.
Tarc�sio deve seguir em parte a cartilha bolsonarista. A expectativa � de que Tarc�sio conduza uma gest�o comprometida com a direita e com o conservadorismo, acenando para a base que o elegeu.

Apesar de se apresentar como t�cnico e n�o encampar todas as teses do bolsonarismo, como a de fraude nas urnas, por exemplo, Tarc�sio apresentou planos que seguiam aquela cartilha ideol�gica. Chegou a afirmar que vai rever as c�meras de policiais, privatizar a Sabesp, desobrigar a vacina��o de servidores e de crian�as, extinguir a Secretaria de Seguran�a e trabalhar pela redu��o da maioridade penal.

Ele acabou voltando atr�s em algumas medidas, como no caso das c�meras e da extin��o da secretaria, ap�s repercuss�o negativa. Em rela��o � Sabesp, afirma que s� vender� a empresa se isso n�o tornar a conta de �gua mais cara.

Al�m de Bolsonaro, Gilberto Kassab, presidente do PSD, foi um patrocinador pol�tico de Tarc�sio. O governador eleito tamb�m se ancorou no centr�o, com Republicanos, PL e PP. No segundo turno, obteve ades�o do PSDB, MDB, Uni�o Brasil, Podemos e outras siglas. O governador Rodrigo Garcia (PSDB), que n�o passou para o segundo turno, deu seu apoio pessoal a Tarc�sio e a Bolsonaro, derrotado ontem por Lula.

EX�RCITO

Tarc�sio � oficial do Ex�rcito, analista da C�mara dos Deputados, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e serviu na miss�o de paz no Haiti. � graduado em engenharia civil e tem mestrado em engenharia de transportes pelo Instituto Militar de Engenharia. Foi diretor-executivo e diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no governo de Dilma Rousseff (PT). Depois, atuou como secret�rio do Programa de Parceria de Investimentos durante os governos Dilma e Michel Temer (MDB).

At� hoje, ele comp�e o quadro de servidores da C�mara dos Deputados como analista legislativo e, durante a campanha eleitoral, recebeu sal�rio mensal de R$ 31,7 mil. Em outubro de 2021, Tarc�sio mudou seu domic�lio eleitoral para S�o Jos� dos Campos (SP). No primeiro turno, viralizou nas redes sociais a entrevista em que ele n�o sabia indicar seu local de vota��o na cidade. Reportagem mostrou que o ex-ministro n�o morava no endere�o indicado como seu domic�lio, um apartamento que alugou do pr�prio cunhado.

A campanha do novo governador foi colada na de Bolsonaro. O ex-ministro acompanhou o presidente em motociatas e cultos evang�licos, al�m de defend�-lo em debates nacionalizados com Haddad. (Folhapress)


Silvio Avila/AFP
Vit�ria do ga�cho Eduardo Leite sobre Onyx Lorenzoni tem impacto sobre o bolsonarismo no Sul (foto: Silvio Avila/AFP)

Eduardo Leite derrota Onyx, de virada, no RS


Porto Alegre - Trilhando um caminho que incluiu ren�ncia, trope�o no primeiro turno e mudan�as de rota, Eduardo Leite (PSDB) se tornou o primeiro governador do Rio Grande do Sul a conquistar a reelei��o. O tucano atingiu 57,11% dos votos, contra 42,89% de seu oponente.

Leite chegou � reelei��o fora do cargo – renunciou ao governo em mar�o para uma tentativa de concorrer � Presid�ncia – e derrotou Onyx Lorenzoni (PL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e vitorioso no primeiro turno.

REDES


No primeiro turno, Onyx havia obtido vantagem de 10,7 pontos percentuais, ou mais de 679 mil votos � frente de Leite. A possibilidade de virada foi sinalizada pelo �ndice de Popularidade Digital (IPD), que mede o desempenho dos candidatos nas redes sociais.

A uni�o dos eleitores ga�chos em torno de Leite se deu, em grande parte, para impedir que o bolsonarismo chegasse ao Pal�cio Piratini na figura de Onyx, ex-ministro de cinco pastas e um dos mais fi�is escudeiros de Bolsonaro.

O tucano por muito pouco n�o ficou fora do segundo turno, mesmo com alian�a robusta de partidos como MDB, PSD e Uni�o. Atrelando-se � candidatura de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e atacando Leite, Edegar Pretto (PT) conseguiu empolgar a esquerda e terminou a disputa a apenas 2.441 votos do candidato do PSDB.

Leite foi imediatamente pressionado pela milit�ncia de esquerda a aceitar a troca de apoios entre PSDB e PT: ele apoiaria Lula � Presid�ncia e, em troca, receberia apoio de Pretto ao Piratini.

O tucano, no entanto, rejeitou a hip�tese para preservar o eleitorado conservador, que repudiaria uma alian�a formal com petistas. Descumpriu a promessa de anunciar apoio a um presidenci�vel e se manteve neutro, deixando que o voto petista viesse sozinho em sua dire��o.

Deu certo. Primeiramente, o PT anunciou posi��o contr�ria a Onyx e, na semana da elei��o, fez uma indica��o de “voto cr�tico” em Leite.

O mau resultado do primeiro turno tamb�m fez com que Leite mudasse a identidade visual e a estrat�gica da campanha. Trocou o amarelo e o azul do PSDB pelas cores do Rio Grande do Sul – verde, vermelho e amarelo –, adotou trilhas sonoras regionalistas, passou a vestir trajes t�picos e a se apresentar como um defensor dos interesses do estado em oposi��o a Onyx, que buscou se atrelar a Bolsonaro.

Leite tamb�m abandonou a postura defensiva dos debates e trocou farpas com Onyx nos oito encontros entre os dois. Usou o termo “pipoqueiro” para definir o rival, por saltar de minist�rio em minist�rio ao longo do governo Bolsonaro.

J� o ex-ministro atacou Leite pela alta evas�o e baixo desempenho dos estudantes de escolas estaduais, pelas d�vidas do plano de sa�de dos servidores e por ter “trancado os ga�chos em casa” durante a pandemia.

GAY Onyx dizia que, com ele, o Rio Grande do Sul teria “um governador e uma primeira-dama de verdade”. A fala foi interpretada como insinua��o homof�bica a Leite, gay assumido.

A elei��o do tucano � um respiro de al�vio ao PSDB, que encolheu no Congresso. Ano passado, ele disputou as pr�vias presidenciais contra Jo�o Doria, ent�o governador de S�o Paulo, processo traum�tico que terminou com ambos renunciando a seus cargos eletivos, mas nenhum se candidatando a presidente. (Folhapress)

Portal Prefeitura/divulgação
Raquel Lyra � a esperan�a do PSDB ap�s o fracasso eleitoral dos tucanos (foto: Portal Prefeitura/divulga��o)

Raquel Lyra ser� a primeira governadora de Pernambuco


Recife – A tucana Raquel Lyra, de 43 anos, foi eleita a primeira governadora de Pernambuco, com 58,7% dos votos v�lidos. A candidata do PSDB venceu Mar�lia Arraes (Solidariedade), que somou 41,30%.

Filha do ex-governador Jo�o Lyra Neto, ela ter� como vice outra mulher, Priscila Krause (Cidadania). No primeiro turno, Pernambuco tamb�m elegeu a primeira senadora, Teresa Leit�o (PT), e teve recorde de deputadas federais eleitas de uma vez s� – foram tr�s.

A tucana suceder� a Paulo C�mara (PSB). O antecessor dele foi o pai de Raquel, que assumiu como “tamp�o” por nove meses, ap�s a sa�da de Eduardo Campos (1965-2014) do cargo.

A neutralidade de Raquel Lyra no segundo turno presidencial n�o foi impeditivo para a vit�ria dela. No primeiro turno, ela apoiou Simone Tebet (MDB). Com a neutralidade, sofreu cr�ticas da advers�ria Mar�lia Arraes (Solidariedade), apoiada por Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

Mar�lia tentou associar a concorrente ao bolsonarismo. Raquel rebateu, alegando que tamb�m tinha apoio de dissid�ncias do PT.

A estrat�gia da tucana de se manter neutra deu certo, permitindo a ela captar votos de lulistas e bolsonaristas.
A fam�lia dela tem origem pol�tica no campo da esquerda. O pai, Jo�o Lyra Neto (PSDB), foi filiado ao MDB no per�odo da ditadura e passou por PSB, PT e PDT. O tio, Fernando Lyra (1938-2013), foi candidato a vice-presidente na chapa de Leonel Brizola, em 1989.

No dia da elei��o no primeiro turno, Raquel ficou vi�va. O marido, empres�rio Fernando Lucena, de 44, morreu ao sofrer mal s�bito. Ela ficou mais de uma semana reclusa com os filhos e a fam�lia. (Folhapress)

Jer�nimo Rodrigues estreia com fracasso de ACM Neto

Salvador – Em sua primeira disputa eleitoral, o ex-secret�rio estadual da Educa��o Jer�nimo Rodrigues (PT) derrotou o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (Uni�o Brasil) e ser� o novo governador da Bahia.

O PT comandar� a Bahia pela quinta vez consecutiva. Com 52,7% dos votos v�lidos, Jer�nimo repete o feito de seus padrinhos pol�ticos, o governador Rui Costa e o ex-governador Jaques Wagner, eleitos, respectivamente, em 2014 e em 2006. Ancorado no apoio de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e de Rui Costa, Jer�nimo fez campanha com o desafio de se tornar conhecido pelo eleitorado baiano, pois concorria a um mandato eletivo pela primeira vez.

Ele foi escolhido apenas em mar�o deste, ano em meio � crise no PT baiano ap�s a desist�ncia do senador Jaques Wagner em concorrer ao governo estadual.

Agr�nomo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana, iniciou a campanha de um patamar baixo, registrando 16% das inten��es de voto na primeira pesquisa Datafolha divulgada em 24 de agosto, contra 54% de ACM Neto. Mas ganhou f�lego, sobretudo ap�s o in�cio da propaganda eleitoral na TV e no r�dio. Terminou o primeiro turno com 49,45% dos votos v�lidos, contra 40,80% do ex-prefeito de Salvador, que obteve 47,21% nesse domingo.

No segundo turno, Jer�nimo refor�ou a aposta na nacionaliza��o da campanha e intensificou a associa��o com Lula. Prefeitos, deputados e l�deres pol�ticos que haviam apoiado ACM Neto no primeiro turno aderiram ao petista.

ACM Neto se manteve neutro nos dois turnos da elei��o nacional. Foi chamado “candidato do tanto faz”, fustigado pelos dois lados. No segundo turno, recebeu o apoio do presidente Bolsonaro.  (Folhapress)


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