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Estado de Minas BLOQUEIO DAS RODOVIAS

Manifestante em bloqueio de S�o Paulo: 'Se Bolsonaro aliviar, vai ser pior'

Grupo de 30 pessoas que bloqueava marginal Tiet� promete manter o protesto 'por meses'


01/11/2022 14:24 - atualizado 01/11/2022 15:54

Manifestantes na BR-381
Manifestantes fecham rodovias em 21 estados e no DF (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
S�O PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um grupo de 30 pessoas que bloqueava parte da marginal Tiet�, em S�o Paulo, na manh� desta ter�a-feira (1º), promete manter protesto golpista "por meses". Eles afirmam que continuar�o no local mesmo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "aceite a vit�ria" de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) ou pe�a que o grupo desbloqueie as rodovias.

 

 

 

Bolsonaro recebeu 49,10% dos votos e foi derrotado nas urnas pelo petista, que ficou com 50,90%. At� as 14h desta ter�a, o presidente n�o havia se pronunciado sobre o resultado das elei��es.

 

Os bolsonaristas se concentram sob a ponte das Bandeiras, sentido Guarulhos —onde quatro das seis faixas da pista estavam bloqueadas por volta das 10h. O tr�nsito, embora lento, n�o estava parado, uma vez que a CET (Companhia de Engenharia de Tr�fego) e a Pol�cia Militar liberaram duas faixas.

 

Vestindo a camisa da sele��o brasileira e empunhando bandeiras do Brasil, os bolsonaristas gritam para os carros palavras de ordem e xingamentos ao PT. Alguns motoristas vistos pela reportagem d� apoio ao grupo e passam pelo local acenando com buzinas.

 

Segundo o tenente da PM Henrique Squassoni, a fun��o dos 20 policiais no local n�o era dispersar o grupo.

"Nossa tropa � de apoio � CET, seguran�a do tr�nsito e dos manifestantes", diz o tenente, que afirma n�o ter sido comunicado sobre qualquer decis�o para acabar com o protesto.

 

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ordenou que a PRF (Pol�cia Rodovi�ria Federal) e a PM desobstruam todas as rodovias bloqueadas. Mais tarde, o governador de S�o Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse que, se necess�rio, a Pol�cia Militar empregar� o uso de for�a para desobstruir vias bloqueadas.

 

Os bloqueios na marginal come�aram por volta das 15h de ontem. �s 17h, as duas vias sob o viaduto j� estavam bloqueadas.

 

O vendedor Leonardo Pantana, 42, chegou por volta da meia-noite. Otimista, diz esperar de 500 a mil pessoas no local at� o fim da tarde desta ter�a. Ele afirma que "se precisar, o grupo vai ficar ali quatro meses".

 

"Apoiamos o nosso presidente, que foi roubado nas urnas", disse defendendo teorias falsas sobre fraudes na elei��es. "A maioria dos brasileiros merece um resultado digno", afirmou. Apesar do discurso golpista, ele nega que o movimento tem essa conota��o.

 

"� um golpe ao contr�rio porque o presidente age direitinho, dentro das quatro linhas da Constitui��o. [...] A m�fia do PT � muito forte. Uma canetada do STF elegeu um presidi�rio, � o que chateou a popula��o", acusou Pantana sem apresentar provas.

 

Pantana e outros bolsonaristas dizem que manter�o os bloqueios mesmo que Bolsonaro aceite o resultado da elei��o.

 

"Se o Bolsonaro aliviar vai ser pior, vamos parar ainda mais", disse.

 

"Vamos levar at� o dia que n�o aguentar mais: um m�s, dois meses, se precisar a gente fica quatro meses", emendou.

 

A t�cnica de enfermagem Carmosina Lima de Souza, 55, chegou por volta das 19h de ontem ap�s ser convidada por uma amiga.

 

Como trabalha em plant�es, se diz acostumada, e afirma que est� ali "por prazer" e que n�o pretende sair t�o cedo.

 

Ela tamb�m diz que o ato n�o vai acabar mesmo se Bolsonaro a recha�ar. "A manifesta��o n�o depende do Bolsonaro", afirma. "Se ele disser pra desistir, eu n�o vou aceitar."

 

Questionada se teme poss�vel decis�o do STF de mandar prend�-los, Carmosina subiu o tom. "Que prenda a m�e dele! Eu n�o aceito um presidente a favor das drogas e do aborto", afirmou, ao repetir mentiras divulgadas durante a campanha eleitoral.

 

Sem previs�o para acabar o protesto, os bolsonaristas s� param de tremular as bandeiras para comer ou beber.

 

Os mantimentos chegam em sacolas trazidas por outras pessoas. S�o barras de cereais, bolachas e �gua mineral. "Aqui � cada um por si, mas quem tem condi��o, traz mantimento para gente", diz Pantana.

 

Segundo ele, a organiza��o dos atos acontece por grupos de WhatsApp, Instagram e Facebook.


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