
Eles contestam o resultado das elei��es, que coroou a vit�ria de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (30).
"Para mim, essas pessoas n�o s�o trabalhadoras. Hoje � ter�a-feira, s�o 10h23 da manh� e essas pessoas n�o est�o trabalhando, elas est�o tumultuando a vida alheia", disse o comentarista.
"E essas mesmas pessoas est�o dizendo que s�o patriotas. E eu acho que elas n�o s�o patriotas. O sentido m�ximo do patriotismo �, em primeiro lugar, a solidariedade com as pessoas que vivem no mesmo lugar que voc�".
Mathias comparou o ato dos bolsonaristas com as manifesta��es do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
"A gente criticou o MTST quando pegava pneus e tacava no meio de avenidas e rodovias, fazendo com que as pessoas n�o conseguissem ir e vir, a gente levantava a voz e falava que era um absurdo. A mesma coisa que esses caras est�o fazendo agora a gente precisa criticar, porque a vida de v�rias pessoas t� sendo prejudicada por conta desses arruaceiros", afirmou.
O apresentador continuou: "Para mim, essas pessoas n�o podem ser chamadas de trabalhadoras, n�o podem ser chamadas de patriotas, essas pessoas s�o arruaceiras que est�o atrapalhando a vida dos brasileiros", disse, cobrando um posicionamento de Bolsonaro a respeito dos atos.
"� inadmiss�vel a gente chamar essas pessoas que est�o nas ruas de trabalhadoras. Trabalhador sou eu, s�o as pessoas que est�o nos ouvindo, que est�o ralando todo dia. N�o essa gente que t�, �s 10h25, atrapalhando a vida de todo mundo. V�o pro inferno voc�s que t�o a� fazendo arrua�a, v�o pro inferno, bando de vagabundo", declarou Paulo Mathias.
Zo� Martinez, que na segunda-feira (1º) segurou o choro ao comentar a vit�ria de Lula, se irritou: "� engra�ado como o presidente da Rep�blica pode ser chamado, ao vivo, de covarde, e se eu fizer a mesma coisa com o Lula, ai meu Deus, o que vai acontecer comigo?"
Mathias seguiu dizendo que os atos dos caminhoneiros s�o "padr�o MTST", e entrou em um debate com o comentarista Paulo Figueiredo Filho.
"Eu n�o conhe�o um sentimento de solidariedade maior do que voc� deixar de trabalhar e, portanto, deixar de ganhar o seu sustento, para voc� brigar pelos direitos de todos n�s", disse Paulo. "As pessoas t�m o direito de estarem revoltadas".
O neto de Jo�o Figueiredo, �ltimo presidente da ditadura militar, ainda afirmou, sem provas, que o pleito presidencial n�o foi conduzido de forma justa.
Paulo Mathias, no entanto, manteve a opini�o: "Eu chamei essas pessoas que est�o se manifestando de vagabundos e continuo com a mesma opini�o. Eu n�o estou de maneira nenhuma generalizando a classe dos caminhoneiros, que � uma classe, como o Paulinho disse, que sustenta esse pa�s nas costas".