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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Assim como Bolsonaro, Fernando Haddad n�o citou presidente eleito em 2018

Derrotado nas urnas para Bolsonaro, petista agradeceu o apoio da fam�lia, eleitores e pol�ticos, e afirmou que seguiria respeitando a democracia


01/11/2022 18:32 - atualizado 01/11/2022 20:20

Fernando Haddad
Fernando Haddad (PT) foi derrotado pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL na �poca) durante o pleito de 2018 (foto: AFP / Nelson ALMEIDA)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou pela primeira vez � na��o, nesta ter�a-feira (1/11), ap�s pleito que elegeu Luiz In�cio Lula da Silva (PT) como o pr�ximo presidente do Brasil

Bolsonaro n�o citou o nome do pertista nem a derrota nas urnas. Em 2018, o candidato derrotado na elei��o presidencial, Fernando Haddad (PT), tamb�m n�o citou o advers�rio nem falou sobre o resultado.

Durante sua fala, Bolsonaro agradeceu aos quase 58 milh�es de votos recebidos no segundo turno e afirmou que as manifesta��es que fecharam rodovias pelo pa�s s�o frutos da "indigna��o e sentimento de injusti�a de como se deu o processo eleitoral".

Sobre os bloqueios, o presidente afirmou que "as manifesta��es pac�ficas ser�o sempre bem-vindas, mas que os m�todos n�o podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a popula��o, como invas�o de propriedade, destrui��o do patrim�nio e cerceamento do direito de ir e vir".

Bolsonaro ressaltou a "robusta representa��o no Congresso" com os deputados federais e senadores eleitos, al�m de "mostrar a for�a dos nossos valores".

Na elei��o anterior, Haddad tamb�m agradeceu aos eleitores, familiares e pol�ticos que o ajudaram na campanha e destacou que iria defender seus pontos de vista respeitando a democracia.

O petista afirmou que as institui��es foram colocadas � prova a todo instante e reclamou do o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff e a "pris�o injusta" de Lula.

Disse que continuaria levando as suas mensagens "ao campo e � cidade, �s periferias e ao centro, aos estudantes, aos idosos, aos GLBTs, aos homens e mulheres, brancos e negros, cat�licos e evang�licos, �queles que pertencem � religi�es de matriz afro, aos ateus, a todos os brasileiros".

Confira o discurso de Bolsonaro na �ntegra

"Quero come�ar agradecendo os 58 milh�es de brasileiros que votaram em mim no �ltimo dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares s�o fruto de indigna��o e sentimento de injusti�a de como se deu o processo eleitoral. As manifesta��es pac�ficas sempre ser�o bem-vindas, mas os nossos m�todos n�o podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a popula��o, como invas�o de propriedades, destrui��o de patrim�nio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso pa�s. Nossa robusta representa��o no Congresso mostra a for�a dos nossos valores: Deus, p�tria, fam�lia e liberdade. Formamos diversas lideran�as em todo o Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso.

Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequ�ncias de uma guerra. Sempre fui rotulado como antidemocr�tico e, ao contr�rio dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constitui��o. Nunca falei em controlar ou censurar as m�dias e as redes sociais.

Enquanto presidente da Rep�blica e cidad�o, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constitui��o. � uma honra ser o l�der de milh�es de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econ�mica, a liberdade religiosa, a liberdade de opini�o, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado.

Confira o discurso de Haddad em 2018, na �ntegra

"Estela, Manuela, Luca, que est� aqui presente com a gente hoje, muito prazer em ter voc� conosco. Meus filhos, minha m�e, Carolina, Frederico, dona Norma. Minhas irm�s, L�cia, Priscila. Todos os companheiros aqui de outros partidos presentes. Queria saudar em especial o Guilherme Boulos, que foi candidato a presidente da Rep�blica. Companheiros do Pros, do PCdoB, do Psol, do PSB, presidenta Dilma, que est� aqui tamb�m, muito obrigado. Sempre senador Suplicy. Nossos deputados, nossos senadores.

Eu, em primeiro lugar, eu gostaria, pela minha forma��o, de agradecer meus antepassados. Eu aprendi com meus antepassados o valor da coragem para defender a justi�a a qualquer pre�o. Aprendi com a minha m�e, com o meu pai, aprendi com a mem�ria dos meus av�s, que a coragem � uma valor muito grande quando se vive em sociedade. Porque todos os demais valores dependem dela.

Queria agradecer aos partidos todos que estiveram conosco, a sua militancia aguerrida. Primeiro, que nos levou ao 2º turno. Depois, nos levou a ter mais de 45 milh�es de votos no dia de hoje. Uma parte expressiva do povo brasileiro precisa ser respeitada neste momento. Diverge da maioria, tem um outro projeto de Brasil na cabe�a, e merece respeito no dia de hoje.

Sei que, entre os 45 milh�es de eleitores que nos acompanharam at� aqui, muita gente n�o � de partido pol�tico, muita gente n�o � de associa��o. Sobretudo na �ltima semana, o que n�s vimos foi a festa da democracia nas ruas do Brasil. Gente que saiu � rua com o colega, com a esposa, com o marido, com os filhos, e passou a panfletar o pa�s inteiro, ou colocar um banco numa pra�a, colocar um cartaz no pesco�o e passou a dialogar e reverter o quadro que se anunciava na primeira semana do 2º turno. E houve uma revers�o muito importante em fun��o da conscientiza��o de uma boa parte de brasileiros do que estava em jogo. E era muita coisa que estava em jogo.

N�s vivemos um per�odo j� longo em que as institui��es s�o colodas � prova a todo instante. A come�ar de 2016, quando tivemos o afastamento da presidenta Dilma. Depois, com a pris�o injusta do presidente Lula, a cassa��o do registro de sua candidatura, desrespeitando uma determina��o das Na��es Unidas. Mas n�s seguimos. Seguimos de cabe�a erguida, seguimos com determina��o, seguimos com coragem para levar nossa mensagem aos rinc�es do pa�s. Ao campo e � cidade, �s periferias e ao centro, aos estudantes, aos idosos, aos GLBTs, aos homens e mulheres, brancos e negros, cat�licos e evang�licos, �queles que pertencem � religi�es de matriz afro, aos ateus, a todos os brasileiros. N�s, de forma determinada, fomos a todos os rinc�es levar a mensagem que vale a pena levar. De que a soberania nacional e a democracia, como n�s a entendemos, � um valor que est� acima de todos n�s.

N�s temos uma na��o e n�s precisamos defend�-la daqueles que de forma desrespeitosa pretendem usurpar o nosso patrim�nio, o patrim�nio do povo brasileiro, e entendemos a democracia n�o apenas no seu ponto de vista formal, embora isso seja muito importante lembrar no Brasil de hoje, s�o os direitos civis, s�o os direitos pol�ticos, s�o os direitos trabalhistas, s�o os direitos sociais, que est�o em jogo neste momento.

Portanto, n�s temos uma tarefa enorme no pa�s, que �, em nome da democracia, defender o pensamento, defender as liberdades desses 45 milh�es de brasileiros que nos acompanharam at� aqui. N�s temos a responsabilidade de fazer uma oposi��o colocando os interesses nacionais, o interesse de todo o povo brasileiro, acima de tudo. Porque n�s aqui temos um compromisso com a prosperidade desse pa�s, n�s que ajudamos a construir a democracia, uma das maiores do mundo, no Brasil, temos que ter um compromisso em mant�-la e n�o aceitar provoca��es, e n�o aceitar amea�as.

Voc�s ver�o que a na��o, lembrando o nosso hino nacional, ver�s que um professor n�o foge � luta, nem teme quem adora � liberdade a pr�pria morte. Nosso compromisso � um compromisso de vida com este pa�s. N�s temos uma longa trajet�ria de milit�ncia, de vida p�blica, n�s reconhecemos a cidadania em cada brasileiro, em cada brasileira, e n�s n�o vamos deixar esse pa�s para tr�s. N�s vamos coloc�-lo acima de tudo e n�s vamos defender os nosso pontos de vista respeitando a democracia, respeitando as institui��es, mas sem deixar de colocar o nosso ponto de vista sobre tudo que est� em jogo no Brasil a partir de agora. E tem muita coisa em jogo, e n�s precisamos compreender o que est� em jogo.

N�s temos que fazer uma profiss�o de f� e que n�s vamos continuar a nossa caminhada, conversando com as pessoas, nos reconectando com as bases, nos reconectando com os pobres deste pa�s para retecer um programa de na��o que h� de sensibilizar mentes e cora��es deste pa�s. Daqui a quatro anos n�s teremos uma nova elei��o, n�s temos que garantir as institui��es. N�s n�o vamos sair das nossas profiss�es, dos nossos of�cios, mas n�o vamos deixar de exercer a nossa cidadania. N�s vamos estar o tempo inteiro exercendo essa cidadania, e talvez o Brasil nunca tenha precisado mais do exerc�cio da cidadania do que agora.

Eu coloco a minha vida � disposi��o desse pa�s, tenho certeza que falo por milh�es de pessoas que colocam o pa�s acima da pr�pria vida, acima do pr�prio bem-estar. E quero dizer para aqueles que eu, olhando nas ruas deste pa�s, em todas as regi�es, eu senti uma ang�stia e um medo na express�o de muitas pessoas, que �s vezes chegavam a solu�ar de tanto chorar. N�o tenham medo. N�s estaremos aqui. N�s estamos juntos. N�s estaremos de m�os dadas com voc�s. N�s abra�aremos a causa de voc�s. Contem conosco. Coragem, a vida � feita de coragem. Viva o Brasil! Viva o Brasil!"


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