
O mapeamento foi feito pela Associa��o Brasileira de Supermercados (Abras), desde a tarde de ontem, quando os movimentos se intensificaram. De acordo com o vice-presidente institucional e administrativo do grupo, M�rcio Milan, os locais mais afetados s�o: Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paran�, Rio de Janeiro, S�o Paulo e o Distrito Federal.
Segundo Milan, a associa��o acredita que se a situa��o n�o for resolvida nos pr�ximos dias o “verdadeiro” reflexo ser� sentido no fim de semana. “Grande parte dos supermercados j� estava com abastecimento baixo, j� que s�bado e domingo, normalmente, s�o dias de grande movimento. Mas � importante falar que, mesmo que algumas regi�es a situa��o esteja normalizada, a situa��o vai piorar, j� que n�o houve an�ncio pr�vio dos bloqueios”, afirmou o vice-diretor da Abras.
Outro ponto de preocupa��o para a Associa��o Brasileira de Supermercados � a possibilidade de aumento de desperd�cio dos produtos perec�veis. “Al�m de existir essa certa inseguran�a alimentar, teremos que enfrentar o desperd�cio de alimentos que ser� gerado. Principalmente as verduras, legumes, frutas, latic�nios e carnes”, explicou.
Regulariza��o
Mesmo que as obstru��es das estradas sejam encerradas nesta ter�a-feira, os supermercados precisam de alguns dias para que os estoques sejam regularizados. Mesmo assim, os estabelecimentos que n�o est�o pr�ximos a centrais de abastecimentos, como os do interior ou os que dependem de v�rios fornecedores, precisar�o de mais dias para que as prateleiras fiquem cheias novamente.
Conforme M�rcio Milan, no momento, a recomenda��o do grupo aos seus associados � que priorizem a reposi��o de produtos nas g�ndolas.
“Hoje, os supermercados, em m�dia, t�m estoque suficiente para atender consumo de mercearia seca, como arroz, feij�o, a��car e macarr�o, para cinco a oito dias de venda. A preocupa��o realmente est� nos perec�veis”.
Bloqueios
Desde a noite de domingo (30/10) h� registro de bloqueios nas principais rodovias de todo o pa�s. De acordo com a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), at� �s 15h desta ter�a-feira, haviam 152 interdi��es e 67 bloqueios em 21 estados brasileiros. Isto porque eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda n�o aceitaram a derrota para o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT), protestam contra o resultado das elei��es.
Apesar do movimento de interdi��es em rodovias ter sido iniciado por caminhoneiros, n�o s�o todos os motoristas que est�o a favor da manifesta��o. Diante dos bloqueios, outros trabalhadores est�o sendo obrigados a ficar parados nas estradas, sob amea�as e condi��es prec�rias.
Em seu primeiro pronunciamento ap�s o resultado das urnas, no domingo, Bolsonaro afirmou que manifesta��es que provoquem o “cerceamento do direito de ir e vir” n�o s�o aceitas.
“Os atuais movimentos populares s�o fruto de indigna��o e sentimento de injusti�a de como se deu o processo eleitoral. As manifesta��es pac�ficas sempre ser�o bem-vindas, mas os nossos m�todos n�o podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a popula��o, como invas�o de propriedades, destrui��o de patrim�nio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse nesta ter�a-feira (1/11).
Zema envia for�as de seguran�a
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) se pronunciaram mais cedo sobre os bloqueios em rodovias mineiras, realizadas por bolsonaristas que ainda n�o aceitaram o resultado das elei��es de domingo (30/10),
“J� solicitei �s nossas for�as de seguran�a que tomem as medidas necess�rias para desobstruir qualquer via ou estrada que esteja interditada por manifesta��es. A elei��o j� acabou e agora n�s temos que assegurar o direito de todos de ir e vir, e tamb�m que as mercadorias cheguem onde precisa para que n�o haja desabastecimento. Vamos cumprir a lei”, afirmou o governador via redes sociais.
STF determina desbloqueio
A maioria do Superior Tribunal Federal (STF) validou nessa segunda-feira (31/10) a determina��o do ministro Alexandre de Moraes � PRF e �s pol�cias militares dos estados para que desbloqueassem as vias p�blicas interditadas por caminhoneiros