
O presidente eleito, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), far� na semana que vem uma visita aos presidentes dos tribunais superiores, da C�mara e do Senado. Com o gesto, o petista pretende demonstrar respeito ao Legislativo e ao Judici�rio.
O p�riplo inclui visita aos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Lula estar� em Bras�lia a partir de ter�a-feira e a ida � capital inclui ainda reuni�es com o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL).
O p�riplo inclui visita aos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. Lula estar� em Bras�lia a partir de ter�a-feira e a ida � capital inclui ainda reuni�es com o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL).
Em outro aceno ao Legislativo, o presidente eleito j� avisou aos aliados que o Executivo n�o vai interferir na sucess�o da C�mara e do Senado. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), foi porta-voz da mensagem durante reuni�o com presidentes de partidos, na ter�a-feira. Durante a reuni�o, Gleisi afirmou que o Executivo se prejudica toda vez que se envolve na disputa pelas presid�ncias da C�mara e do Senado, segundo avalia��o de Lula.
Na volta a Bras�lia, o presidente eleito visitar� os ministros do STF antes de embarcar para o Egito, como convidado do presidente daquele pa�s, Abdel Fattah El Sisi, para participar da 27ª Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Mudan�as Clim�ticas – COP27, que ser� aberta no pr�ximo domingo, no balne�rio eg�pcio de Saharm el-Sheikh.
Lula dever� ser recebido no Egito com honras de chefe de Estado, em uma viagem cercada de muita expectativa pela comunidade global, pois ser� a primeira oportunidade que o presidente eleito ter� para falar sobre a nova pol�tica ambiental brasileira. Na comitiva de Lula estar�o a ex-ministra Marina Silva (Rede-SP) e a senadora Simone Tebet.
E o presidente eleito ser� convidado pelo F�rum Econ�mico Mundial para seu evento anual, que ocorre em janeiro, na esta��o de esqui de Davos, na Su��a. O objetivo � dar ao novo presidente um palco central para que apresente ao mundo seu projeto de governo e de pol�tica externa. Se aceitar, o brasileiro corre o risco de ser al�ado a uma das principais estrelas do evento de 2023.
Segundo o jornalista Jamil Chade, no site do UOL, a mais alta c�pula do F�rum confirmou que o convite ser� feito nos pr�ximos dias. Havia um temor de que, se n�o reconhecesse sua derrota, o presidente Jair Bolsonaro jogaria o pa�s numa crise pol�tica. Mas, segundo Davos, o discurso de ter�a-feira, ainda que breve, abriu a porta para uma transi��o.
Segundo o jornalista Jamil Chade, no site do UOL, a mais alta c�pula do F�rum confirmou que o convite ser� feito nos pr�ximos dias. Havia um temor de que, se n�o reconhecesse sua derrota, o presidente Jair Bolsonaro jogaria o pa�s numa crise pol�tica. Mas, segundo Davos, o discurso de ter�a-feira, ainda que breve, abriu a porta para uma transi��o.
Agenda intensa
O presidente eleito Lula planeja viajar para Argentina, Estados Unidos, Europa e China ainda antes de tomar posse, em 1º de janeiro de 2023. A iniciativa come�ou a ser articulada logo ap�s as elei��es. A inten��o de Lula � aproveitar o interesse mundial pela sua vit�ria para, nas suas palavras, “reinserir o Brasil no mundo”. A imagem ruim do Brasil no exterior foi um dos pontos mais atacados por Lula na campanha e se tornou quase um consenso negativo entre diplomatas.
O convite para ir � Argentina foi feito na segunda-feira, no encontro em S�o Paulo com o presidente Alberto Fern�ndez, enquanto a possibilidade de ir aos Estados Unidos j� estava planejada pela administra��o de Joe Biden. � uma coincid�ncia. Em dezembro de 2002, Lula visitou a Casa Branca ainda como presidente eleito, quando anunciou que Antonio Palocci seria o seu ministro da Fazenda, e Marina Silva, do Meio Ambiente. Foi na embaixada brasileira em Washington que Lula convidou Henrique Meirelles para ser o presidente do Banco Central.
O roteiro de viagens ainda depende da agenda dos chefes de Estado dos pa�ses envolvidos e confirma repetidas declara��es de Lula de priorizar as rela��es internacionais. Mesmo que n�o consiga completar o circuito antes da posse, Lula quer visitar esses parceiros priorit�rios o quanto antes. Ele tamb�m quer que sua assessoria confirme a inten��o de participar do F�rum Econ�mico de Davos.
Promessa de recursos para o meio ambiente
Com a elei��o de Lula, a Alemanha declarou, ontem, que est� pronta para retomar sua ajuda financeira para proteger a Amaz�nia do desmatamento, seguindo o exemplo da Noruega na segunda-feira, um dia ap�s a vit�ria eleitoral do petista. “Em princ�pio, estamos prontos para liberar os meios congelados para o Fundo de Preserva��o da Floresta Amaz�nica”, disse um porta-voz do minist�rio alem�o do Desenvolvimento e Coopera��o durante coletiva de imprensa.
Em agosto de 2019, a Noruega, o principal financiador do fundo de prote��o, e a Alemanha, outro grande contribuinte, decidiram cortar seus subs�dios, acusando o presidente Jair Bolsonaro de n�o querer impedir o desmatamento. “Vamos agora discutir os detalhes com a equipe de transi��o. Dentro do governo alem�o h� uma grande vontade estender rapidamente a m�o", declarou o porta-voz do minist�rio. Ele, por�m, n�o forneceu uma data espec�fica, porque vai depender das “condi��es” pol�ticas no Brasil.
De acordo com dados do Minist�rio do Meio Ambiente da Noruega, US$ 641 milh�es est�o atualmente paralisados na conta do Fundo. Enorme ref�gio de biodiversidade e, por muito tempo, um precioso “sumidouro de carbono”, a Amaz�nia, a maior floresta tropical do planeta, agora emite mais CO2 do que absorve. Reduzir o desmatamento � uma das solu��es defendidas pelos especialistas em clima da ONU (IPCC, na sigla em ingl�s) para limitar o aquecimento global a 1,5OC, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris.
Lula, presidente entre 2003 e 2011, afirmou no domingo, ap�s o an�ncio de sua vit�ria no segundo turno da elei��o presidencial, que o Brasil est� disposto a ter um papel de vanguarda contra a mudan�a clim�tica e destacou que o planeta precisa de uma "Amaz�nia viva". A perspectiva de um retorno da ajuda internacional concomitante � volta de Lula ao poder foi bem recebida pelas ONGs ambientalistas.
“Estamos convencidos de que Lula tem boas inten��es para a floresta amaz�nica quando tomar posse em janeiro, mas enfrentar� uma situa��o pol�tica que complicar� seu trabalho”, disse � AFP Elle Hestnes Ribeiro, do programa para o Brasil da Rainforest Foundation Norway. “Ser�, portanto, dependente de ajuda internacional, e o Fundo de Preserva��o da Floresta Amaz�nica � essencial nesse sentido”, afirmou.