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Estado de Minas ANO QUE VEM

Bolsonaro enfrentar� desdobramentos de inqu�ritos de Moraes ap�s derrota

Moraes centralizou a maioria das apura��es criminais contra o presidente no inqu�rito das mil�cias digitais


08/11/2022 08:44 - atualizado 08/11/2022 09:19

Bolsonaro na posse de Moraes no TSE
Bolsonaro na posse de Moraes no TSE (foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentar�, ap�s a derrota na elei��o, os desdobramentos dos inqu�ritos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal), ao mesmo tempo em que tenta se manter como l�der da direita e eleg�vel para disputas futuras.

Moraes, cuja rela��o com Bolsonaro foi tumultuada ao longo do governo, centralizou a maioria das apura��es criminais contra o presidente no inqu�rito das mil�cias digitais.

Desde os atos antidemocr�ticos em 2020, passando pelo ataque sem provas �s urnas eletr�nicas na live de 29 de julho de 2021 e o vazamento do caso do ataque hacker ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), at� dissemina��o de desinforma��o sobre vacinas, todos esses casos est�o dentro da investiga��o relatada por ele.

 

Foi enviado tamb�m para o caso boa parte do inqu�rito das fake news, aberto ainda em 2019 e primeira investida do STF contra a propaga��o de desinforma��o e ataque �s institui��es.

Como mostrou a Folha em fevereiro, o inqu�rito das mil�cias digitais foi pensado como um anteparo para as investidas golpistas de Bolsonaro e de seus apoiadores mais radicais. Ele foi instaurado pela delegada Denisse Ribeiro, por ordem de Moraes, e agora � conduzido por Fabio Shor.

O inqu�rito chegou a ser usado no caso da den�ncia sem provas da campanha de Bolsonaro sobre fraude nas inser��es eleitorais em r�dios do Nordeste. Moraes entendeu a acusa��o como uma forma de tumultuar o 2º turno e enviou a suspeita para a investiga��o da PF.

O entendimento dos investigadores � que esse caso -assim como a live com ataques �s urnas e os atos antidemocr�ticos, por exemplo- s�o eventos praticados por uma suposta organiza��o criminosa especializada em ataques �s institui��es e dissemina��o de not�cias falsas e desinforma��o.

Em ao menos dois desses eventos investigados, a PF j� indicou para a pr�tica de crime pelo presidente.

No caso da live de 29 de julho de 2021, a delegada do caso afirmou que Bolsonaro teve atua��o "direta e relevante" na produ��o de desinforma��o sobre o sistema eleitoral e aderiu "a um padr�o de atua��o j� empregado por integrantes de governos de outros pa�ses".

Segundo a PF, a "chamada live presidencial foi um evento previamente estruturado com o escopo de defender uma teoria conspirat�ria que os participantes j� sabiam inconsistente".

A delegada tamb�m viu crime no vazamento por Bolsonaro e pelo deputado Filipe Barros (PL-PR) do inqu�rito do ataque hacker ao sistema do TSE.

Agora conduzida por Shor, a investiga��o teve outros desdobramentos no per�odo eleitoral, como as buscas contra os oito empres�rios protagonistas de conversa de cunho golpista em um grupo de WhatsApp.

Esse material -e outros coletados anteriormente- est�o sendo analisados pelo delegado e sua equipe, atualmente instalada na DIP (Diretoria de Intelig�ncia Policial) da PF.

Tamb�m � nesse inqu�rito que est�o sendo analisadas as transa��es financeiras suspeitas no gabinete de Bolsonaro. A PF chegou nos ind�cios ao analisar a quebra de sigilo telem�tico de Mauro Cesar Barbosa Cid, principal ajudante de ordens do presidente.

Foram encontradas conversas por escrito, fotos e �udios trocados por Cid com outros funcion�rios da Presid�ncia que sugerem a exist�ncia de dep�sitos fracionados e saques em dinheiro.

O inqu�rito das mil�cias digitais tem origem na investiga��o dos atos antidemocr�ticos de 2020 e resultado de um drible de Moraes no Procurador-Geral da Rep�blica, Augusto Aras.

O indicado de Bolsonaro para a PGR pediu o arquivamento, Moraes aceitou, mas abriu outra investiga��o -agora batizada de mil�cias digitais- com o material coletado pela Pol�cia Federal.

Ao longo do tempo, o ministro foi enviando os outros eventos para dentro da apura��o.

As chamadas mil�cias digitais, no entendimento dos investigadores, t�m entre outros objetivos "diminuir a fronteira entre o que � verdade e o que � mentira".

"A pr�tica visa, mais do que uma ferramenta de uso pol�tico-ideol�gico, um meio para obten��o de lucro, a partir de sistemas de monetiza��o oferecidos pelas plataformas de redes sociais. Transforma rapidamente ideologia em mercadoria, levando os disseminadores a estimular a polariza��o e o acirramento do debate para manter o fluxo de dinheiro pelo n�mero de visualiza��es", diz relat�rio da PF.

Segundo a investiga��o, "quanto mais pol�mica e afrontosa �s institui��es for a mensagem" divulgada, "maior o impacto no n�mero de visualiza��es e doa��es, reverberando na quantidade de canais e no alcance do maior n�mero de pessoas".

 


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