O presidente do Partido Lliberal (PL), Valdemar da Costa Neto, disse nesta ter�a-feira (8/11) que n�o tem d�vidas da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo de chefe do Executivo em 2026.
Valdemar afirmou ainda que o partido far� oposi��o ao futuro governo de Luiz In�cio Lula da Silva (PT). Segundo ele, a partir do momento que Bolsonaro deixar a presid�ncia, ter� um cargo no partido e sal�rio pago pela sigla. A ideia � que ele desempenhe um papel na legenda e tente manter relev�ncia pelos pr�ximos anos.
"Hoje n�s queremos que ele comande o nosso partido. Queremos o Bolsonaro � frente dessa luta que ele construiu para elevar nosso partido a um patamar mais importante", afirmou.
"O PL n�o renunciar� �s suas bandeiras e ideias. Ser� oposi��o aos valores comunistas e socialistas, oposi��o ao futuro presidente", disse ainda. Valdemar n�o anunciou, contudo, como se dar� o cargo do presidente no partido, qual partido ser� dispon�vel ou estrutura. O dirigente disse que a ideia � disponibilizar um escrit�rio para ele no partido.
A inten��o de Valdemar � manter Bolsonaro por perto nas decis�es. H� uma avalia��o de que ele pode ajudar a manter di�logo com a ala mais radicalizada do bolsonarismo, hoje sediada no PL, com Z� Trov�o e Carla Zambelli na C�mara, por exemplo.
O cargo deve contar ainda com um sal�rio, que ainda est� indefinido. Aliados do presidente dizem que ele ter� dificuldades de sobreviver apenas com o soldo militar e a aposentadoria de deputado federal: R$ 11.945,49 e R$ 33.763,00 respectivamente.
Ao deixar o governo, Bolsonaro ter� prerrogativas de ex-presidentes, determinadas por lei. A partir de janeiro, ter� quatro servidores, entre seguran�as e apoio, al�m de dois ve�culos oficiais, com motoristas, custeados pela Presid�ncia.
Poder� ainda contar com mais dois auxiliares custeados pelo er�rio, caso solicite. Integrantes do PL esperam que ele possa manter o capital pol�tico de mais de 58 milh�es de votos.
A ideia de Valdemar � que o partido consiga prosperar, mesmo com integrantes t�o antag�nicos internamente, nos moldes do MDB por muitos anos. O partido tem uma ala mais progressista, ligada a Lula e ao PT, e outra mais conservadora, em S�o Paulo no Sul do pa�s.
Valdemar j� foi um aliado de Lula. Ele era presidente do partido quando foi um dos 25 condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no esc�ndalo do mensal�o, em 2005.
� �poca, ele renunciou ao mandato parlamentar, foi preso e submergiu, mas se manteve no controle do partido, que voltou a presidir na gest�o Bolsonaro.
Durante as elei��es deste ano, ali�s, sua ex-esposa, a publicit�ria Maria Christina Mendes Caldeira, pediu votos para Lula.