
Ap�s o encontro com o ministro na sede do �rg�o, no in�cio da tarde desta ter�a-feira (8), o procurador-geral de Justi�a do Minist�rio P�blico de S�o Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, disse que h� um movimento organizado, capitaneado por empres�rios, para que estas manifesta��es aconte�am.
Entre dados da investiga��o, est�o �nibus de prefeituras que transportaram manifestantes, financiadores e arrecadadores que usam n�meros de PIX.
Isto � feito para que as pessoas possam se abastecer financeiramente nas manifesta��es que n�o aceitam o resultado das elei��es de 2022 e pedem golpe de estado.
"� um financiamento que come�ou com o bloqueio de estradas, depois eles se movimentaram, foram para frente de quart�is e, a partir da�, estamos entendendo esse fluxo de pessoas, que podem responder na esfera criminal", disse.
Segundo o procurador, foi feito um cruzamento de informa��es entre os estados sobre a organiza��o dos movimentos e a preocupa��o maior agora � mapear o fluxo financeiro que est� proporcionando os bloqueios nas estradas e rodovias.
"N�s j� temos alguns nomes que ainda n�o podemos revelar porque est�o sendo investigados, mas a ideia � que esse cruzamento possa permitir a identifica��o de empres�rios que est�o patrocinando movimentos golpistas", explicou.
Ainda segundo Sarrubbo, h� um car�ter interestadual nesse tipo de organiza��o pois os movimentos que acontecem nas diferentes federa��es s�o muito parecidos. Por exemplo, bloqueios nas estradas que terminam e logo em seguida s�o fechados outros trechos.
"A gente espera que o Brasil possa prosseguir sem golpes, sem movimentos que possam atentar contra a democracia. Somos todos favor�veis a qualquer tipo de manifesta��o, o que n�o podemos admitir, evidentemente, s�o atos a favor de golpes de estado, interven��o militar, ou mesmo pedir que as elei��es n�o sejam validadas".
J� a procuradora do Esp�rito Santo, Luciana Gomes Ferreira de Andrade, explicou que empres�rios que fazem parte destes movimentos chegaram a criar listas de consumidores que deveriam consumir ali seus produtos ou servi�os, criando embara�o � livre iniciativa do com�rcio.
"Isso � algo que a gente n�o ouvia falar h� muitos, mas que tamb�m tem o olhar atento do Minist�rio P�blico como defensor da democracia e precisa ser repudiado por qualquer cidad�o", disse, afirmando que h� empres�rios com proje��o nacional nas investiga��es.
"Isso demonstra um coletivo de criminosos articulado pelo Brasil", afirmou.