Governo Lula: conhe�a 14 personalidades ligadas a Minas na transi��o

Depois de vencer a etapa mineira da elei��o nacional e fazer jus � estat�stica que vigora h� 72 anos e aponta a necessidade de triunfar em Minas Gerais para chegar � Presid�ncia da Rep�blica, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), agora, trabalha na passagem de bast�o entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e sua futura gest�o. A equipe de transi��o de Lula, composta por quase 300 pessoas e dividida em 31 grupos t�cnicos (GTs), tem representantes da cena pol�tica de Minas Gerais, o segundo maior col�gio eleitoral do pa�s. A lista une antigos companheiros pol�ticos de Lula, como Anderson Adauto (PCdoB), ex-ministro dos Transportes e ex-prefeito de Uberaba, no Tri�ngulo, a recentes aliados, tal qual o senador Alexandre Silveira (PSD), importante na manuten��o de uma margem de votos sobre Bolsonaro entre o primeiro e o segundo turno.

 

Os componentes do gabinete provis�rio foram anunciados por Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito e coordenador-geral da transi��o. Apenas na �ltima rela��o de nomes, divulgada na �ltima quarta-feira, na pen�ltima etapa do ciclo de nomea��es, estavam nove interlocutores nascidos em solo mineiro. A seguir, o Estado de Minas compila os perfis de 14 dos representantes do estado no governo transit�rio.

 

Para ilustrar a ala mineira do grupo transit�rio, foram escolhidos, sobretudo, quadros ligados � pol�tica institucional. Entre a maioria dos nomes ouvidos pela reportagem, um termo faz sucesso: “diagn�stico”. A avalia��o � que, neste momento, cabe aos comit�s instalados a an�lise do que foi feito – ou n�o – sob o governo Bolsonaro. Apenas dois grupos t�cnicos ainda n�o t�m seus integrantes conhecidos: o de Defesa e o de Intelig�ncia Estrat�gica. (Colaborou Renato Manfrim).

Embora n�o tenha conseguido renovar o mandato, Alexandre Silveira disputou a reelei��o com o apoio de Lula. Tentou, sem sucesso, garantir o embarque do PSD na coliga��o petista j� no primeiro turno.

Ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), atuou como coordenador pol�tico da campanha de Lula em Minas no segundo turno. Segundo apurou o EM, ele foi um dos interlocutores que ajudaram o presidente eleito a conter a transforma��o, em votos, da ofensiva pr�-Bolsonaro liderada pelo governador Romeu Zema (Novo). Bem relacionado com prefeitos do interior mineiro, � cotado para assumir uma pasta fruto da prov�vel cis�o do Minist�rio do Desenvolvimento Regional. Com a divis�o, devem ser recriados os minist�rios da Infraestrutura e das Cidades. O senador pode, inclusive, ser al�ado ao governo por meio da “cota” de ministeri�veis do PSD.

 

Silveira j� tem participado de eventos na condi��o de integrante do governo de transi��o. Na semana passada, em Bras�lia (DF), ele esteve na sede da Confedera��o Nacional do Transporte (CNT) para ouvir as propostas para a Infraestrutura. “O investimento na constru��o e manuten��o das rodovias � o menor dos �ltimos dez anos. Um pa�s ainda t�o dependente do transporte terrestre n�o pode ter suas estradas abandonadas. Seguimos trabalhando focados em levantar os dados para o diagn�stico da real situa��o dos problemas na infraestrutura no Brasil e, assim, planejar a retomada dos investimentos necess�rios”, disse.

Ministro dos Transportes entre 2003 e 2004 e prefeito de Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, de 2005 a 2012, foi, tamb�m, deputado estadual. Ele cr� que o grupo de Minas e Energia pode ajudar o novo governo a tra�ar diretrizes, sobretudo, a curto prazo. “Quando fui ministro, recebi o trabalho da equipe de transi��o da �poca e, algumas coisas, aproveitei. Foram muito importantes”, avaliou, relembrando o trabalho do n�cleo que ajudou Lula a suceder Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

 

Segundo Adauto, houve mudan�as na �rea energ�tica desde que o PT deixou o Pal�cio do Planalto, em 2016. Ele � defensor de debates a respeito dos biocombust�veis e da produ��o de g�s para impulsionar a ind�stria de fertilizantes. “Hoje, h� g�s sobrando no Brasil; o g�s do pr�-sal. Temos de trazer esse g�s � terra e distribu�-lo bem, dando condi��es para que a ind�stria de fertilizantes possa diminuir a depend�ncia da importa��o.” Um dos mais antigos interlocutores de Lula no estado, Adauto passou, tamb�m, por partidos como o MDB e o antigo PL — do ex-vice-presidente Jos� Alencar.

Conselheiro digital da campanha de Lula, vai atuar ao lado da tamb�m mineira Tereza Cruvinel, ex-presidente da Empresa Brasil de Comunica��o (EBC). Segundo deputado federal mais votado do estado neste ano, vai para o segundo mandato no Congresso. Ex-filiado ao PT, ganhou cartaz a reboque da greve dos caminhoneiros em 2018. Depois, travou embates p�blicos com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por causa do Aux�lio Emergencial. Janones ensaiou uma candidatura pr�pria ao Pal�cio do Planalto, mas abriu m�o para apoiar Lula.

 

Cr�tico de Bolsonaro, a quem j� chamou de termos como “ladr�o” e “vagabundo”, Janones tem utilizado estrat�gia diferente da seguida por outros integrantes da transi��o. Enquanto parte consider�vel dos nomeados prefere n�o se pronunciar at� que os trabalhos ganhem corpo, o deputado mineiro j� fala publicamente sobre poss�veis il�citos descobertos pelo gabinete provis�rio.

 

Ele chegou a acusar a Secretaria Especial de Comunica��o Social (Secom) do atual governo de financiar a compra de adere�os para atos do Dia da Independ�ncia. “Quem paga a bandeira dos “patriotas” somos n�s. Foram R$ 4,7 milh�es, pagos com dinheiro dos seus impostos para a farra do 7 de setembro. Uma loja no Br�s (bairro de S�o Paulo) abocanhou a maior fatia desses milh�es para distribuir bandeiras”, afirmou, na quinta-feira. A declara��o fez a Secom se pronunciar e negar irregularidades.

L�der da coaliz�o de oposi��o a Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Andr� Quint�o comp�e n�cleo t�cnico que tem a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Assistente social e soci�logo, foi secret�rio de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social entre 2015 e 2016. Nos anos 1990, durante a gest�o do ex-prefeito Patrus Ananias (PT), de quem � aliado, foi secret�rio de Desenvolvimento Social de Belo Horizonte. Assim como Silveira, Quint�o diz que a tarefa do gabinete chefiado por Alckmin � analisar a atual gest�o e, assim, apontar lacunas a serem atacadas. “Estamos falando de transi��o, de diagn�sticos, de permitir uma arrancada do governo com consist�ncia de dados.”

 

Neste ano, foi candidato a vice-governador na chapa de Alexandre Kalil (PSD). Segundo ele, a participa��o no governo transit�rio � uma grande responsabilidade. “Acredito que (o convite) tenha a ver com o ac�mulo de milit�ncia na �rea, (a trajet�ria) profissional e de gest�o. E, tamb�m, uma certa experi�ncia pol�tica, legislativa, no setor”, falou, ao Estado de Minas.

Integrante da Comiss�o de Cultura da C�mara dos Deputados, foi escolhida por 162.740 eleitores em 2018. Antes, exerceu mandato de vereadora de Belo Horizonte por dois anos. No pleito de 2016, foi a parlamentar municipal com melhor desempenho da hist�ria da capital mineira, com mais de 17 mil votos – recorde batido depois por Duda Salabert (PDT) e Nikolas Ferreira (PL). Em 2020, �urea se candidatou a prefeita de Belo Horizonte, mas terminou em quarto lugar, com 8,33% dos votos v�lidos.

 

A cultura entrou na vida de �urea quando ela passou a integrar o grupo de rap Dejavuh. De acordo com a congressista, o hip-hop se tornou sua primeira escola de forma��o pol�tica. Com foco na cultura perif�rica e nas quest�es juvenis, �urea, que disse ter ficado “honrada” com o chamado para colaborar no gabinete transit�rio, vai levar as ideologias feministas e raciais para o GT da Cultura. “L� (na Comiss�o de Cultura da C�mara) atuamos com firmeza no enfrentamento � censura, no socorro ao setor cultural na pandemia, pela descentraliza��o e aprimoramento do fomento e pela valoriza��o da cultura viva, das artes, das culturas negras e perif�ricas, do patrim�nio e dos povos e comunidades tradicionais”, contou, nas redes sociais.

Professora e mestra, foi a primeira mulher ind�gena a entrar em um doutorado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Representou os povos ind�genas na COP 26, na Esc�cia, e participa da edi��o deste ano da confer�ncia, no Egito. Primeira mulher ind�gena a representar Minas no Congresso Nacional, C�lia vem do territ�rio Xakriab�, no Norte do estado, foi assessora de �urea Carolina — � tida, inclusive, como sucessora dela na C�mara dos Deputados.

“Acredito que (a escolha para a transi��o) � devido � trajet�ria no movimento ind�gena, mas tamb�m por ser uma representa��o eleita. Al�m disso, j� trabalhei na constru��o de pol�ticas p�blicas na educa��o para os povos ind�genas, durante a gest�o de Maca� Evaristo (na secretaria de Educa��o) no governo de Minas”, lembrou.

 

A instaura��o do comit� dos Povos Origin�rios vai ao encontro da promessa de Lula de criar um minist�rio para encampar a pauta. C�lia, por�m, criticou a aus�ncia de representantes da Articula��o dos Povos Ind�genas do Brasil (Apib). A institui��o havia enviado ao novo governo uma lista de indica��es que poderiam contribuir com o debate sobre os povos origin�rios. “A Apib � um dos maiores movimentos ind�genas do pa�s. E foram indicados uma s�rie de nomes para compor a transi��o. Acreditamos na import�ncia dessa representa��o para um minist�rio que, de fato, traga as demandas dos nossos povos. Seguiremos pautando essa aus�ncia, mas refor�ando nosso compromisso em levar as pautas do movimento para o debate do grupo t�cnico.”

Integrante do diret�rio nacional petista e candidata a deputada federal neste ano, Gleide Andrade vai atuar no cerimonial, na Coordena��o de Organiza��o da posse. O grupo conta, tamb�m, com a soci�loga Ros�ngela da Silva, a Janja, esposa de Lula, e com o embaixador Fernando Igreja. Graduada em filosofia, j� ocupou outros cargos na c�pula do PT em Minas, onde foi secret�ria de Finan�as, e no Brasil.

Atuou na Prefeitura de Belo Horizonte durante as gest�es dos correligion�rios Patrus Ananias e Fernando Pimentel. Militante do partido desde a d�cada de 1980, Gleide celebrou o convite oficializado por Alckmin. “Carrego, nesse novo desafio, a esperan�a que est� no cora��o do povo brasileiro”, disse a petista.

Na educa��o, as reuni�es da equipe de transi��o come�aram na quarta-feira e o grupo tem at� o dia 30 para entregar o primeiro relat�rio a Lula. Dois mineiros de peso integram a equipe composta por 22 especialistas que t�m a miss�o de reportar a Lula a situa��o da educa��o b�sica e superior. Um deles � o professor e pesquisador Luiz Cl�udio Costa, de Vi�osa (no Campo das Vertentes). No governo da petista Dilma Rousseff (2011-2016), trilhou um percurso importante no Minist�rio da Educa��o (MEC), enquanto secret�rio de Educa��o Superior, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep) e secret�rio-executivo da pasta. Chegou mesmo a assumir o cargo de ministro interino.

 

Ex-reitor da Universidade Federal de Vi�osa (UFV), � o presidente do Observat�rio de Rankings Acad�micos e de Excel�ncia (Ireg, na sigla em ingl�s), uma refer�ncia mundial em rankings universit�rios e ligada � Unesco. E est� ainda � frente do Centro Universit�rio Iesb, em Bras�lia. At� 10 de janeiro, data-limite da nomea��o, sua equipe est� encarregada de coletar dados, dialogar com o MEC e com entidades vinculadas � educa��o. “Verificamos a situa��o e solicitamos os dados de que precisamos para o relat�rio. N�o � um programa de governo, n�o vamos refaz�-lo. Vamos indicar pontos de aten��o e de risco, por exemplo, na quest�o or�ament�ria, no custeio das universidades, Fundo de Manuten��o e Desenvolvimento da Educa��o B�sica e de Valoriza��o dos Profissionais da Educa��o (Fundeb) e custo do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem)”, explicou.

Primeira mulher negra a ocupar cargos de primeiro escal�o no Poder Executivo de BH, � professora e assistente social com mestrado em educa��o pela UFMG. Foi secret�ria municipal (2005 a 2012) e estadual (2015 a 2018) de Educa��o. Em 2013 e 2014, foi titular da Secretaria de Educa��o Continuada, Alfabetiza��o, Diversidade e Inclus�o do MEC. � vereadora na capital, mas em 2023 assume vaga na Assembleia Legislativa. Uma das fun��es de Maca� no comit� � relacionar pautas educacionais a outras pol�ticas p�blicas ligadas ao combate �s desigualdades. “Minha atua��o � focada no fortalecimento das pol�ticas de educa��o integral, diversidade e inclus�o em todos os n�veis. Articular as pol�ticas educativas com a diversidade de pol�ticas sociais de combate a fome, a pobreza e de igualdade racial”, projetou, revelando que o GT de Educa��o j� se reuniu com entidades como o Movimento Interf�runs de Educa��o Infantil do Brasil (MIEIB) e os Reitores pela Democracia. “O di�logo � o caminho para a reconstru��o que o MEC precisa”, completou.

 

Para ela, o retorno de Lula ao Planalto vai facilitar o investimento no ensino. “O Brasil precisa de um governo que se comprometa com a dignidade da vida humana, com a redu��o das desigualdades, com o planeta. Al�m disso, o que estava em disputa nas �ltimas elei��es presidenciais era o futuro da democracia no Brasil”, pontuou. “Teremos muito trabalho para recuperar o que foi destru�do nos �ltimos quatro anos e avan�ar”, finalizou.

Secret�rio Nacional de Combate ao Racismo do PT e secret�rio de Planejamento do Territ�rio e Participa��o Popular de Juiz de Fora, Martvs das Chagas � soci�logo de forma��o e ex-interino do Minist�rio de Promo��o da Igualdade Racial na primeira gest�o de Lula. Passou, tamb�m, pela Funda��o Palmares, entidade respons�vel por promover a cultura afro-brasileira. Ele � cr�tico de S�rgio Camargo, que presidiu a funda��o durante parte do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Martvs � outro a crer que a transi��o precisa fornecer diagn�sticos precisos � nova administra��o federal. Defensor da recria��o do Minist�rio da Igualdade Racial, o soci�logo � entusiasta do trabalho conjunto entre as diferentes pastas da Esplanada dos Minist�rios.

“Historicamente, o movimento negro j� vem apontando algumas pol�ticas cruciais ao povo negro. Sa�de, educa��o, gera��o de emprego e renda e seguran�a p�blica, com certeza. A partir desses minist�rios, que consideramos mais importantes, vamos atuar”, pontuou, � reportagem, na semana retrasada.

Economista, assumiu o Minist�rio de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior durante o governo da presidente Dilma Rousseff. � �poca, substituiu Fernando Pimentel (PT), posteriormente eleito para o governo de Minas Gerais. Entre 2015 e 2016, Borges foi presidente da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig). Pesquisador, se debru�a sobre �reas como desenvolvimento econ�mico, economia regional e urbana, bem como economia industrial e da tecnologia. Entre 2011 e 2014, integrou o Conselho de Administra��o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Chegou, inclusive, a presidir o conselho. Foi, ainda, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

� graduada em pedagogia e mestra em Educa��o pela UFMG, al�m de doutora em antropologia social pela Universidade de S�o Paulo (USP). Integra a Associa��o Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Coordenou o N�cleo de Estudos e Pesquisas sobre Rela��es �tnico-Raciais e A��es Afirmativas (Nera). Entre 2013 e 2014, foi a primeira mulher negra a ocupar o cargo mais importante em uma Universidade Federal no Brasil – reitora da Universidade da Integra��o Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). Em janeiro de 2015, deixou a fun��o para ser ministra-chefe da Secretaria de Pol�ticas de Promo��o da Igualdade Racial da Presid�ncia da Rep�blica, no governo da presidente Dilma Rousseff.

Vai atuar no grupo que leva o nome do minist�rio que comandou entre 2004 e 2010. Ganhou proje��o por ter sido um dos respons�veis pelo fortalecimento do Bolsa-Fam�lia. Foi prefeito de Belo Horizonte entre 1993 e 1996; em 2002, elegeu-se deputado federal. Neste ano, conseguiu renovar o mandato que exerce na C�mara dos Deputados. Em 2012, Patrus tentou retornar � Prefeitura de BH, mas perdeu para Marcio Lacerda (ent�o no PSB). Dois anos antes, foi candidato a vice-governador na chapa de H�lio Costa (MDB). A coaliz�o liderada por ambos n�o superou Antonio Anastasia — � �poca no PSDB. No �ltimo ano do governo Dilma Rousseff, atuou como ministro do Desenvolvimento Agr�rio.

Oriundo do n�cleo de fundadores do PT, � um dos representantes de Minas na Executiva nacional do partido. Antigo aliado de Lula, ajuda a c�pula petista a definir as diretrizes do di�logo com for�as pol�ticas internacionais. J� foi presidente estadual da sigla e ocupou outros cargos no diret�rio nacional, como vice-presidente e secret�rio-geral. A composi��o do grupo t�cnico de Rom�nio Pereira simboliza o car�ter ampliado que a campanha de Lula ganhou. Prova disso � o ex-senador Aloysio Nunes, hist�rico militante do PSDB e ex-ministro das Rela��es Exteriores, que tamb�m comp�e o n�cleo.