No documento, o partido diz que houve falhas insan�veis, que colocaram em risco o resultado da elei��o entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
O texto ainda cita um relat�rio de auditoria que apontava fragilidade de tecnologia da informa��o no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em d�vida a seguran�a da vota��o.

"O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente � implanta��o de medidas de seguran�a da informa��o m�nimas necess�rias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poder� resultar em invas�o interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das elei��es de outubro", diz o PL.
Alega��o de inconsist�ncia
Em pronunciamento nesta ter�a-feira (22/11), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou que entraria com pedido no TSE para requerer informa��es sobre os resultados obtidos em relat�rio produzido por t�cnicos contratados pelo partido. O deputado federal estava acompanhado por um advogado e um engenheiro.
Carlos Rocha, apresentado por Valdemar como engenheiro respons�vel pelo relat�rio, disse que o prop�sito do trabalho � contribuir com o fortalecimento da democracia no Brasil e, em seguida, elencou o que foi apontado como uma inconsist�ncia na apura��o das urnas eletr�nicas.
Segundo Rocha, o TSE libera tr�s tipos de informa��o ap�s a vota��o, e, a partir delas, os partidos podem fazer uma rela��o entre o registro dos votos e a numera��o de cada urna. Sem citar um n�mero espec�fico de ocorr�ncias ou atribuir significado a elas, o engenheiro apontou que houve inconsist�ncias que n�o permitiram vincular as atividades e os equipamentos. “� imposs�vel associar o registro de cada atividade ao equipamento f�sico. Isso evidentemente se tornou um problema, porque � muito desagrad�vel ter esse ind�cio de mau funcionamento, porque gera incerteza [...] Quer�amos discutir com o TSE, e existe a previs�o de se fazer uma verifica��o extraordin�ria ap�s o pleito”, afirmou.
O engenheiro disse ainda que as inconsist�ncias foram verificadas apenas em urnas fabricadas at� 2015, s�o 59,2% do total. Em equipamentos fabricados a partir de 2020 (40,8%) n�o foi diagnosticado o problema.
Ap�s a fala do engenheiro, o advogado Marcelo Bessa afirmou que a inconsist�ncia alegada pelo partido n�o significa a ocorr�ncia de fraudes no processo eleitoral, mas sim de "fragilidade".
Bessa complementou a justificativa trazendo dados sobre os resultados das urnas que o partido colocou em xeque. Segundo o advogado, o relat�rio mostra que as urnas anteriores a 2015 deram vit�ria a Lula por um cen�rio aproximado de 52% contra 47% de Bolsonaro, enquanto o candidato derrotado no pleito venceu com 51% dos votos nos equipamentos produzidos a partir de 2020.
Sigilo
Carlos Rocha disse que outros problemas foram detectados pelo relat�rio, sem especific�-los. O �nico ponto apresentado pelo engenheiro foi a possibilidade de que o sigilo dos eleitores tenha sido quebrado a partir de travamentos das urnas eletr�nicas.
Sem explicar como o problema pode se dar, o engenheiro afirmou que, quando urnas travaram durante a vota��o, os mes�rios precisavam reiniciar os aparelhos e, quando esse processo era realizado, o equipamento divulgava o nome completo ou o n�mero do t�tulo do eleitor. “Esse ponto � muito sens�vel, porque o sigilo do ato de votar � constitucional. Quando a gente identifica uma concorr�ncia que viola o sigilo � um tema que traz muita preocupa��o. Ser� interessante trabalhar com os colegas do TSE para averiguar”, afirmou.
Elei��es
Lula foi eleito presidente do Brasil com 60.341.333 votos, o equivalente a 50,9% dos v�lidos.
No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato n�o consecutivo � frente do Pal�cio do Planalto e se torna o pol�tico mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na hist�ria da Rep�blica.
No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato n�o consecutivo � frente do Pal�cio do Planalto e se torna o pol�tico mais vezes levado ao comando do Poder Executivo pelo voto direto na hist�ria da Rep�blica.