
Com o apoio dos partidos, o presidente da C�mara encaminha sua recondu��o ao principal cargo da Casa em 2023. Na ter�a (22), o Republicanos aprovou a posi��o pr�-Lira, e o PDT anunciou um indicativo de prefer�ncia ao deputado alagoano.
Uni�o Brasil e Podemos ter�o, juntos, 77 deputados na pr�xima legislatura. A elei��o ser� em 1º de fevereiro.
A posi��o da Uni�o Brasil foi decidida em reuni�o entre parlamentares no gabinete da lideran�a do partido. Por diverg�ncias internas, nem todos os deputados participaram do encontro, segundo relatos feitos � reportagem.
O presidente da Uni�o Brasil, Luciano Bivar (PE), tentou adiar a reuni�o desta quarta argumentando haver "informa��es inconclusivas". No entanto, o l�der do partido na C�mara, Elmar Nascimento (BA), resistiu e decidiu manter o encontro para as 11h.
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Antes do segundo turno das elei��es, Bivar j� tinha revelado a aliados interesse em disputar a presid�ncia da C�mara. A candidatura do mandat�rio, no entanto, acabou sufocada pela articula��o de Arthur Lira, que recebeu apoio de partidos da esquerda � direita.
A reuni�o estava prevista para acontecer em um plen�rio da C�mara. A Pol�cia Legislativa chegou a limitar o acesso do p�blico, para garantir a privacidade da reuni�o, mas os deputados trocaram o local ap�s as manobras internas.
Com o apoio a Lira, a Uni�o Brasil tamb�m deve integrar um bloc�o na C�mara para garantir a presid�ncia das principais comiss�es da Casa.
O partido ainda discute internamente a possibilidade de compor uma federa��o com o PP a partir de 2023 –o que, na pr�tica, poderia montar uma superbancada de pelo menos 120 deputados.
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A Uni�o Brasil surgiu da fus�o entre o DEM e o PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro. Desde o in�cio das articula��es, as diverg�ncias entre as duas alas do novo partido geraram atritos p�blicos —como no caso da filia��o do ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (PR).
Al�m dos quatro partidos que anunciaram apoio a Lira, outras siglas j� sinalizaram ao presidente da C�mara que v�o aderir ao projeto de reelei��o do deputado alagoano.
O PSD comunicou a Lira que a nova bancada do partido, com 42 deputados, votar� em peso pela recondu��o na presid�ncia. Uma ala do MDB tamb�m indicou prefer�ncia pela reelei��o. O PL deve anunciar o apoio nos pr�ximos dias.
Arthur Lira tem se movimentado nos bastidores para tentar se reeleger � presid�ncia da C�mara. Em paralelo, os partidos aliados de centro e direita t�m negociado a cria��o de um bloc�o na pr�xima legislatura, para garantir �s siglas a presid�ncia das principais comiss�es.
A avalia��o da c�pula da Casa � que o deputado alagoano � o �nico concorrente de peso no momento e tem a vit�ria encaminhada.
Parlamentares do PT est�o resignados com a poss�vel vit�ria de Lira e discutem apoiar a reelei��o do deputado, para n�o criar indisposi��o entre o presidente da C�mara e o futuro governo petista.
"[O presidente da C�mara tem tido] uma postura extremamente colaborativa. O presidente Arthur Lira reafirmou sua trajet�ria pol�tica de 30 anos, que sempre foi republicana, comprometida com os interesses do pa�s", disse o l�der do PT, Reginaldo Veras, � reportagem.
Duas semanas ap�s o segundo turno da elei��o e em meio �s articula��es, Lira recebeu Lula na resid�ncia oficial da presid�ncia da C�mara.
Participaram do encontro o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e lideran�as petistas, como Gleisi Hoffmann e Reginaldo Veras.
No encontro, Lula defendeu o di�logo com o centr�o e prometeu n�o interferir nos processos de escolha dos novos presidentes do Congresso. A manifesta��o foi entendida como um aceno � reelei��o de Lira no comando da C�mara.
Em troca, h� uma expectativa de petistas que Lira trabalhe pela aprova��o da PEC da Transi��o, medida essencial para que Lula acomode no Or�amento verbas para cumprir em 2023 algumas de suas principais promessas de campanha.
Apesar da expectativa petista de apoio � PEC, o presidente da C�mara tem evitado fazer coment�rios p�blicos sobre a proposta apresentada pela equipe de transi��o e se limita a dizer que o "tempo � ex�guo" para a aprova��o de uma emenda constitucional.