
“Eu acredito que o pedido de interven��o militar n�o � um pedido democr�tico. Democracia � o voto, � o que a gente tem de representatividade. Se tiver uma fraude de urnas comprovada, tudo bem. Mas eu acredito que n�o haja. N�o acho que pedir interven��o militar � algo democr�tico. Prefiro olhar para dentro, ver onde n�s erramos, para corrigir os excessos, porque n�s temos outros dois milh�es e meio de votos a mais que n�o escolheram o formato de governo pelo qual n�s optamos”, afirmou.
O congressista, que apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas elei��es presidenciais, ressaltou tamb�m que n�o concorda com os protestos que bloqueiam estradas e rodovias. Para Viana, � preciso que os manifestantes respeitem os direitos de todos, inclusive de quem n�o participa do movimento.
“O nosso direito de manifestar � um direito fundamental, previsto na Constitui��o. Ele termina quando come�a o direito de outrem. Ent�o, eu n�o concordo com bloqueios em avenidas, em rodovias, atrapalhando, digamos assim, o direito de um terceiro. E n�o acho que essa seja a ferramenta correta”, disse.
O deputado eleito ainda sugeriu que as pessoas que est�o protestando em frente aos quart�is passem a cobrar do Senado uma resposta para o que ele considera como ativismo e abuso do Poder Judici�rio. Samuel afirmou que considera que os tribunais superiores t�m “agido com excessos” e que a �nica forma de solucionar essa situa��o passa pela Casa Alta do Congresso Nacional.
“O problema para mim n�o � a urna, at� que se prove o contr�rio. Mas eu acredito que a gente tenha observado alguns excessos. Por�m, esses excessos, para a gente dar o rem�dio correto naquilo que a gente quer curar, ele n�o passa na frente dos quart�is. Ele passa pela Constitui��o, pelo Senado Federal. Ent�o, o meu entendimento hoje � de que o ativismo judicial precisa ser contido com novas regras constitucionais. A Constitui��o n�o fala muito bem sobre isso. Ent�o o parlamento vai ter que come�ar a discutir isso no pr�ximo mandato”, argumentou.
As pessoas que est�o legitimamente nas ruas, sem parar estradas, se elas focassem esse trabalho aos senadores, que s�o 81, eu acredito que o Senado tinha que dar uma resposta e isso inclui, inclusive, o meu pai, que � senador”, completou o congressista, que � filho do senador Carlos Viana (PL-MG), que concorreu ao governo de Minas Gerais nestas elei��es.