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Estado de Minas NOVO GOVERNO

Equipe de Lula quer embargo remoto de fazendas por desmatamento ilegal

Pr�ximo governo deve mapear locais em que desmatamento � permitido com dados de sat�lite, diz Carlos Minc, do Grupo de Transi��o


30/11/2022 18:53 - atualizado 30/11/2022 19:38

Lula acena em chegada a Brasília
Lula acena em chegada a Bras�lia (foto: EVARISTO SA / AFP)
O grupo de trabalho sobre meio ambiente do governo de transi��o do presidente eleito, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), planeja embargar remotamente fazendas com desmatamento ilegal.

A ideia � usar imagens de sat�lite para encontrar essas e, sem precisar enviar equipes, agir para impedir a continuidade do dano ambiental.

Ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc disse � imprensa nesta quarta-feira (30) que o pr�ximo governo deve mapear os locais em que o desmatamento � permitido com dados de sat�lite. "O resto pode ser embargado", disse ele.

"Bancos t�m a obriga��o de cortar o cr�dito das unidades que est�o desmatamento. Isso vai ser uma medida em grande escala, que vai ter grande efeito", disse Minc.

Ele afirmou que haver� "redu��o forte e imediata do desmatamento no Brasil j� no primeiro trimestre". "Acabou a moleza e impunidade, desmatou, vai sofrer as consequ�ncias legais."

Nesta quarta, foi divulgado o dado anual de desmatamento da Amaz�nia, abrangendo o per�odo de agosto de 2021 a julho de 2022. Pelo quarto ano consecutivo, o desmate da floresta, em um ano, ultrapassou os 10 mil km².

Os dados do programa Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostram que foram ao ch�o 11.568 km² de floresta no per�odo.

O n�mero � cerca de 11% inferior � taxa do ano anterior e interrompe a sequ�ncia de crescimento que vinha desde 2018. Os n�meros, contudo, permanecem elevados -os mais de 11 mil km² equivalem a mais de sete cidades de S�o Paulo ou uma Manaus.

O grupo do meio ambiente na transi��o de governo falou � imprensa sobre a an�lise preliminar das pol�ticas do setor no governo Bolsonaro.

Ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), cotada para voltar ao comando da pasta, disse que o governo Lula ter� papel de destaque no debate global sobre o clima.

"Temos muita vontade de cumprir com a meta de desmatamento zero at� 2030", disse ela.

Segundo Marina, existe a suspeita de que alguns grupos ampliaram crimes ambientais ap�s a derrotada do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa � reelei��o, "diante da n�o mais expectativa da impunidade".

"� poss�vel que alguns grupos estejam avan�ando [no desmatamento], sobretudo no sul da Amaz�nia, Acre, Rond�nia. Faz com que o desmatamento esteja fora do controle", disse a ex-ministra.

Marina declarou que outros pa�ses, al�m de institui��es, t�m demonstrado interesse em ampliar doa��es ao Brasil para o combate ao desmatamento.

"O Brasil parou de fazer chantagem, dizer que s� protege a floresta se pagarem para isso. � um compromisso �tico", afirmou.

Os membros do grupo disseram que o Brasil perdeu o protagonismo na pauta ambiental e o controle do desmatamento.

Ex-ministra do Meio Ambiente e integrante do grupo t�cnico, Izabella Teixeira disse que a gest�o Bolsonaro "entregou a Amaz�nia para o desmatamento, para o crime".

Ela afirmou que se consolidou no governo atual "nova fronteira da grilagem", no Acre. "Mostrando claramente que se perdeu o controle sobre o desmatamento".

Sem dar detalhes, os membros do grupo disseram que o governo n�o tem apresentado dados confi�veis � transi��o sobre o meio ambiente.

"N�o tem transpar�ncia. N�o tem acesso a n�meros confi�veis, mas felizmente estamos suprindo essa lacuna", disse o senador Jorge Viana (PT-AC).

Coordenador dos grupos t�cnicos, Aloizio Mercadante disse que alguns minist�rios de Bolsonaro t�m colaborado com a transi��o. Ele tamb�m reclamou de medidas tomada pelo atual governo semanas antes da posse de Lula, e citou uma reestrutura��o de cargos no Minist�rio do Turismo.

"Isso � compet�ncia do novo governo. Precisa ter maturidade, reconhecer a vontade do povo", disse Mercadante.

Ele afirmou que a situa��o or�ament�ria � "grave" em diversas �reas, e defendeu a aprova��o da PEC da Transi��o. "A proposta assegura recurso extrateto, indispens�vel para manter servi�os essenciais e recompor a capacidade do estado atuar", disse ele.


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