Vereadora de Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas, e deputada estadual eleita, Lohanna Fran�a (PV) chamou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), instalados h� quase 30 dias na porta do Tiro de Guerra da cidade, no bairro Interlagos, de “baderneiros”. Ela tamb�m os acusou de ocupa��o indevida e importuna��o do sossego.
As declara��es foram feitas ao usar a tribuna livre da c�mara nessa ter�a-feira (29/11). Com cr�ticas ao “acampamento” em ato contra a vit�ria de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e tratando-o como antidemocr�tico, mandou os manifestantes irem "para casa".
“Essas pessoas t�m que fazer o que todo derrotado faz: vai para casa, lambe as feridas e na pr�xima elei��o faz melhor e tenta ganhar”, ironizou Lohanna.
A vereadora alega que moradores da regi�o est�o incomodados com a interdi��o de via e de barulho durante todo o dia. “A gente fez um requerimento para o secret�rio de Meio Ambiente para saber se essa turma est� pagando taxa. Tem barraca, banheiro, botij�o de g�s, churrasqueira el�trica, cooler para bebida. � uma festa a c�u aberto”, denunciou.

Ela sugere o pagamento de taxa de uso de ocupa��o do solo, alegando que a emiss�o de alvar�s � necess�ria para cumprimento da lei. Ao mesmo tempo, pede fiscaliza��o para impedir o que chamou de “baderna”. “Baderneiros desrespeitam a democracia e os moradores do bairro Interlagos. Ningu�m merece ouvir barulho no meio da madrugada, hino nacional, coral de ronco”, recha�ou.
A parlamentar eleita ainda mencionou a viagem do deputado federal e filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PL) ao Catar, durante os jogos da Copa do Mundo, enquanto apoiadores do pai se instalam nas portas de quart�is e tiros de guerra em todo o pa�s. E citou a estadia do pastor Silas Malafaia em um resort de luxo em Pernambuco.
'Lavagem cerebral'
Lohanna fala em “lavagem cerebral” e recha�a qualquer possibilidade de interven��o militar. “Tem gente ali sofrendo um n�vel de lavagem cerebral t�o grande que realmente acha que o ex�rcito vai intervir. O ex�rcito n�o vai intervir. V�o para casa”, afirmou.
A reportagem do Estado de Minas questionou a assessoria da prefeitura de Divin�polis sobre a fiscaliza��o no local e cobran�a de taxas, por�m n�o obteve retorno at� o fechamento desta mat�ria.