Posse de Lula: a pedido de autistas, tiros de canh�o devem ser alterados

A futura primeira-dama, Ros�ngela da Silva, a Janja, respons�vel pelos preparativos de comemora��o da posse do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro, afirmou nesta quarta-feira (7/12) que os 21 tiros de canh�o, tradi��o nas posses presidenciais, dever�o ser substitu�dos para evitar danos a autistas sens�veis a barulhos e tamb�m a animais de estima��o.

 

Janja relatou ter se reunido com institui��es da causa autista e do GT de Meio Ambiente.

"A coordenadoria [da posse] vai atender essa demanda da sociedade civil. Estamos atendendo a pessoas que t�m perturba��o com barulhos excessivos. Achei importante chamar essas institui��es para fazer essa conversa porque foi uma demanda que, durante a campanha presidencial, muitos pais de autistas conversaram comigo e com o presidente Lula. Hoje, a gente teve uma demanda que foi a quest�o dos barulhos que a gente possa produzir na posse e que possam perturbar pessoa com defici�ncia, especificamente fogos de artif�cio e a salva de tiros de canh�o programada para a posse, que sempre acontece", relatou.

"Achamos a demanda importante e tem uma demanda do GT de Meio Ambiente que trata de animais para atentar para a produ��o de ru�dos. Vamos conversar com o cerimonial do Senado e ver essa quest�o", completou a soci�loga. "A salva de canh�o a gente vai analisar e talvez substituir por algo que contemple o que a salva de tira significa. S�o 21 tiros de canh�o que est�o no protocolo inicial da posse. A gente vai conversar. Eu j� tive algumas ideias e vamos ver como podemos fazer isso."

Caso haja queima de fogos de artif�cio, os artefatos tamb�m devem vir sem ru�dos, emendou.

No dia da posse, a expectativa � de que 300 mil pessoas compare�am � Esplanada dos Minist�rios. Janja ainda agradeceu ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo apoio na estrutura de seguran�a.

"A ideia � come�ar [o Festival do Futuro] assim que terminar a posse no Pal�cio do Planalto, nos dois palcos na Esplanada dos Minist�rios. Temos conversado com o Governo do Distrito Federal para nos apoiar em estruturas de seguran�a. Quero agradecer ao governador, Ibaneis Rocha (MDB), pelo apoio que tem nos dado, na pessoa do secret�rio da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha. � uma estrutura grande, estamos com a expectativa de um p�blico de 300 mil pessoas para essa grande festa", afirmou.

Ao ser questionada sobre a incerteza de transmiss�o de faixa por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) no rito de posse, ela apontou que ainda n�o est� definido se o atual chefe do Executivo participar�.

 

 

"A cerim�nia institucional tem um protocolo, que diz que o presidente que est� deixando passaria a faixa. Se isso acontecer, seguiremos o protocolo. Se n�o, vamos pensar. N�o tem a confirma��o. V�o ter que perguntar ao presidente que est� em exerc�cio se ele ir� passar a faixa, e se seguiremos o protocolo. Se n�o, vamos pensar como vamos fazer isso."

Durante o m�s de janeiro, no Museu Nacional da Rep�blica haver� ainda a exposi��o Brasil do Futuro, as formas da democracia, com curadoria da historiadora Lilia Schwarcz, do humorista Paulo Vieira e de M�rcio Tavares, secret�rio de cultura do PT.

 

Tavares explicou que a exposi��o trar� obras do Museu Nacional da Rep�blica, do Museu de Arte de Bras�lia, da Presid�ncia e de outros artistas contempor�neos. "Essa exposi��o tem um sentido muito especial. � o momento da posse que permanece ap�s ela acontecer, simbolizando novo cuidado com a valoriza��o dos nosso artistas", disse. "Vai ser uma exposi��o de grande envergadura que ocupar� todo o primeiro andar do museu."