
Segundo den�ncia apresentada pelos procuradores da Rep�blica Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi, Jefferson agiu de forma consciente e com inten��o de ferir os policiais. Ainda de acordo com o documento, as granadas arremessadas pelo ex-deputado foram incrementadas com “grandes peda�os de pregos cortados revestidos por fita adesiva, teve o claro prop�sito de conferir maior poder de letalidade ao artefato explosivo”.
Al�m de apontar que Roberto Jefferson premeditou o ataque acompanhando a chegada da PF por c�meras de seguran�a, a den�ncia cita que parte do armamento presenta na casa do ex-deputado era irregular, por n�o corresponder ao endere�o declarado ao Comando do Ex�rcito.
“A posse por parte de ROBERTO JEFFERSON da arma de fogo e das 8.332 muni��es, no im�vel residencial situado na Rua Marcelino Ferreira Marinho, n.º 9, Bairro Gulf, Comendador Levy Gasparian-RJ, deu-se em desacordo com determina��o regulamentar, uma vez que aquele endere�o n�o corresponde ao da guarda do acervo de armas e muni��es, declarado ao Comando do Ex�rcito por ROBERTO JEFFERSON, na condi��o de CAC (ca�ador, atirador e colecionador)”, diz o documento.
Na den�ncia, apresentada � 1ª Vara Federal de Petr�polis, o MPF traz tamb�m o depoimento de uma testemunha que estava em uma casa vizinha a de Roberto Jefferson em Levy Gasparian, interior fluminense. No im�vel acontecia uma festa com 20 participantes, sendo 16 deles crian�as. Uma delas se lesionou gravemente, tendo uma fissura na costela quando tentava se proteger das granadas.
Na ocasi�o, a Pol�cia Federal revidou os ataques ap�s um dos disparos atingir uma mulher da corpora��o. Dois agentes ficaram feridos. Apesar do tiroteio, os policiais n�o invadiram a casa de Jefferson, que negociou amigavelmente a rendi��o ap�s cerca de oito horas de nogacia��o.
Em 23 de outubro, durante o segundo turno das elei��es, Roberto Jefferson estava em pris�o domiciliar, medida revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ap�s descumprimento de v�rios pontos acordados entre a Justi�a e o ex-parlamentar. Entre as a��es estava um v�deo gravado pelo ex-deputado chamando a ministra Carmen L�cia de prostituta.
Apoiador contundente do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jefferson foi condenado � pris�o no inqu�rito das mil�cias digitais, que tramita no STF.
