Por telefone, Caetano Veloso afirmou que o convite � cantora deve ser sustentado. "Acho ela muito boa. Se ela foi convidada, ent�o tem que ser mantido o convite."
A escritora Elisa Lucinda telefonou para a cantora e declarou sua admira��o. "Apoio totalmente a Margareth Menezes. Ela � uma pessoa que conhece profundamente a cultura do pa�s. Margareth � o expoente. Olho para ela e n�o vejo uma pessoa. Vejo um quilombo. Ela escuta bem. Tem um lugar muito �nico de produtora cultural na Bahia."
Lucinda diz que Gilberto Gil se cercou de t�cnicos competentes no minist�rio, no primeiro mandato de Lula, e fez uma boa gest�o. "Do ponto de vista da semiologia, acho importante ela ser preta, mulher e nordestina. Falei com ela hoje e disse que n�o tinha roupa para falar com ela, que me respondeu com 'sua roupa � a poesia'. Ela sabe o que a gente tem que reconstruir".
"Adorei a indica��o. Achei um convite muito digno e justo", afirmou Maria Gad�. "Margareth vem como um respiro e um s�mbolo. Mulher preta, baiana. Passou por teatro, atuou internacionalmente como movimentadora cultural. Fez turn� com David Byrne. N�o � s� esse lance de ser artista. Ela circula h� tantos anos colocando o Brasil em outro panorama. Chegou a hora de o Brasil recolocar Magareth no panorama. Estou muito feliz. A gente precisa de representatividade."
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Integrante da equipe de transi��o da Cultura, Menezes n�o foi a primeira op��o de Lula. A atriz Marieta Severo e o rapper Emicida foram procurados, mas n�o aceitaram o convite.
Em mensagem ao PT e a Lula, o fot�grafo e produtor Luiz Carlos Barreto abriu suas restri��es � escolha da cantora para o minist�rio. "Sou um produtor de cinema e militante em favor de um projeto cultural brasileiro. O Minist�rio da Cultura n�o deve ter um ministro artista. Como diz a Fernanda Montenegro, quando ela foi convidada por Sarney para ser ministra da Cultura --eu a fui sondar--, o lugar de artista � na trincheira da criatividade, n�o � nos gabinetes das reparti��es p�blicas, oficiais", opinou Barreto, que prefere o retorno de Juca Ferreira.
"Foram seis anos de demoli��o. Esse ministro tem que ser um grande gestor, que conhe�a bem as entranhas de Bras�lia. N�o tenho nada contra Margareth. Tenho tudo a favor de Margareth. � uma pessoa extraordin�ria e far� muita falta na criatividade", acrescentou.
Lula vinha manifestando seu desejo de levar outra vez um s�mbolo ao Minist�rio da Cultura para repetir o efeito da nomea��o do compositor Gilberto Gil em seu primeiro mandato. De prefer�ncia, a ideia � que fosse uma mulher ou um negro.
Janja tamb�m apostava no impacto de um grande artista e defendeu o nome de Margareth Menezes, cantora negra, �cone do Carnaval baiano e criadora da Associa��o F�brica Cultural, em Salvador.
Logo que aceitou o convite, Menezes viu seu nome entrar em fritura, por n�o ter experi�ncia em gest�o p�blica. Lula ouviu ressalvas de interlocutores sobre a escolha da cantora para a reconstru��o do minist�rio. O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira e a deputada federal Jandira Feghali s�o nomes da �rea pol�tica defendidos por militantes e gestores.