Deputada eleita Lohanna Fran�a � cercada e hostilizada por bolsonaristas
Vereadora de Divin�polis havia deixado o plen�rio para registrar boletim de ocorr�ncia ap�s receber mensagens ofensivas
13/12/2022 18:35
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atualizado 13/12/2022 19:09
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A deputada estadual eleita Lohanna Fran�a (PV), atual vereadora de Divin�polis, no Centro -Oeste de Minas, foi cercada e hostilizada por bolsonaristas, nesta ter�a-feira (13/12), ao deixar o plen�rio da C�mara para denunciar amea�as e mensagens ofensivas e mis�ginas. Ela se tornou alvo dos manifestantes ap�s acus�-los de “baderna” e “atos antidemocr�ticos”.
Ao revelar as ofensas e voltar a dizer que eles s�o baderneiros, Lohanna anunciou que registraria ocorr�ncia na Pol�cia Civil (PC) e que, por essa raz�o, se ausentaria da reuni�o. Ao deixar o plen�rio, os bolsonaristas a rodearam a chamando de “comunista” e usando palavras de baixo cal�o.
A vereadora de Divin�polis foi cercada por bolsonaristas ao deixar o plen�rio para registrar ocorr�ncia por inj�ria (foto: Reproduta��o/TV C�mara)
Lohanna foi escoltada por seguran�as do Legislativo at� o carro enquanto alguns manifestantes seguiam atr�s. De l�, foi at� a delegacia onde registrou, acompanhada do advogado Manoel Brand�o, ocorr�ncia por inj�ria.
"A biscate sem moral teve 67 mil votos e vai representar milh�es de mineiros daqui para frente, assim como o presidente Lula, que teve 60 milh�es de votos e vai representar todos os brasileiros gostem voc�s ou n�o. O fim do processo eleitoral foi decretado ontem com a diploma��o do presidente Lula. A insatisfa��o faz parte do processo democr�tico e quem n�o est� satisfeito vai para a oposi��o e tenta frear os planos do governo. � assim que funciona numa democratia. Eu tenho d� de voc�s. E eu espero que, assim que o Lula assumir, ele cumpra a promessa dele que � ordenar que todas as for�as de seguran�a retirem voc�s das ruas imediatamente", declarou Lohanna.
Os bolsonaristas estavam na C�mara para acompanhar o pronunciamento do ex-promotor de justi�a Expedito Lucas. Ele usou a tribuna livre como “direito de resposta” �s declara��es da parlamentar feitas em 28 de novembro, quando ela os chamou de “baderneiros”.
Ele, assim como os demais, participa do acampamento instalado h� cerca de 30 dias na porta do Tiro de Guerra, no bairro Interlagos, em protesto � elei��o de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e pela interven��o militar.
Expedito Lucas refutou as declara��es da vereadora de “baderna”. Alegou que h� restri��es de bebida alco�lica no local e contestou as afirma��es de que h� reclama��es de moradores. � noite, segundo ele, os manifestantes cantam o hino nacional e ao longo do dia s�o feitas ora��es.
“N�o somos malucos, baderneiros, somos cidad�os da mesma forma que a vereadora e tantos outros. Somos cidad�os que querem ver o nosso pa�s nos trilhos”, afirmou.
Ele tratou o ato como constitucional, legal e democr�tico. Acusou Lohanna de cometer crime de inj�ria ao cham�-los de baderneiros e pediu aos vereadores que tomem as medidas cab�veis com base no Regimento Interno e Lei Org�nica.
“Baderneiros”
As falas do ex-promotor n�o intimidaram a vereadora que voltou a chamar os manifestantes de baderneiros e a acus�-los de atos golpistas.
“A gente n�o deve ser tolerante com discursos intolerantes, quem pede atos antidemocr�ticos n�o est� exercendo o direito de liberdade de express�o. E o que voc�s fizeram ontem em Bras�lia provou. Baderneiro, � pouco”, ressaltou Lohanna logo ap�s a fala do tribuno.
Ao critic�-los, ela tamb�m havia acusado os manifestantes, em 28 de novembro, de ocupa��o indevida e importuna��o do sossego. Dois dias ap�s as declara��es, o ex-promotor de justi�a protocolou pedido para fechamento da rua Rosa Viterbo Gontijo, em frente ao Tiro de Guerras, para as manifesta��es.
A autoriza��o foi concedida at� 19 de dezembro pela Secretaria Municipal de Tr�nsito e Transportes (Settrans).