
"Uma decis�o pol�tica madura e acertada do partido. Havia aqueles que defendiam uma posi��o de independ�ncia, no sentido de n�o compor a base, e venceu a posi��o de compor a base do governo Lula para poder contribuir na derrota do bolsonarismo e na reconstru��o do Brasil", diz Boulos ao Painel.
O grupo liderado por S�mia Bomfim (SP) defendia que a sigla permanecesse independente em rela��o ao governo federal. Em uma primeira vota��o, esse grupo retirou a proposta que havia apresentado e votou na do grupo de Boulos. Um dos pontos que os apoiadores da deputada federal defendiam era o de que o governo n�o tivesse cargos na gest�o petista, que acabou sendo aprovado como parte da resolu��o escolhida.
Na segunda vota��o, o grupo de S�mia foi voto vencido ao defender que a bancada psolista n�o compusesse a base lulista no Congresso.
"Discordo da tese de que sa� derrotada. Estou, na verdade, bem satisfeita de que saiu a resolu��o expl�cita sobre n�o ter cargos, ter afastamento e n�o falar em nome do PSOL se algu�m tiver cargo. Porque isso � o fundamental para a independ�ncia", afirma S�mia � coluna.
O PSOL decidiu que, no Congresso, apoiar� o presidente eleito, "observando as orienta��es pol�ticas a seguir, quando mantidas as condi��es pol�ticas para essa composi��o".
A resolu��o destaca que a bancada do partido "preservar� sua liberdade de cr�tica e de iniciativa em rela��o a todas as medidas que considerar contr�rias ao seu programa ou que n�o contribuam para a supera��o das atitudes autorit�rias e antidemocr�ticas da extrema direita no pa�s".
Sobre cargos, a primeira resolu��o aprovada afirma que vai aceitar que a deputada federal eleita S�nia Guajajara (PSOL-SP), que foi indicada pela Apib (Articula��o dos Povos Ind�genas) para comandar o Minist�rio dos Povos Origin�rios, assuma a pasta.
Em casos como o dela, em que filiados sejam convidados e decidam ocupar cargos no governo federal, a resolu��o define que eles ter�o de deixar seus cargos na dire��o do PSOL, como acontece em outras legendas, como o pr�prio PT.
"A eventual presen�a nesses espa�os n�o representa participa��o do PSOL", diz a resolu��o aprovada.
O argumento da ala de Boulos e Juliano Medeiros, presidente do PSOL, � o de que � poss�vel que a legenda mantenha a autonomia mesmo integrando a base partid�ria do governo, disputando internamente os espa�os para puxar a agenda do pa�s para a esquerda.
Em entrevista � coluna M�nica Bergamo no come�o de dezembro, S�mia dizia que seu entendimento era o de que o partido deveria permanecer fora do governo para poder vocalizar pautas que n�o t�m espa�o com outras legendas com as quais o PT se aliou para conseguir vencer Jair Bolsonaro (PL).
A posi��o tamb�m tinha apoio dos deputados federais Glauber Braga (RJ) e Fernanda Melchionna (RS).