
O relat�rio final do gabinete do governo de transi��o afirma que o governo Bolsonaro cometeu um "erro estrat�gico" ao isolar a Venezuela e transformou "a Am�rica do Sul em palco da disputa geopol�tica entre Estados Unidos, R�ssia e China".
Segundo o documento obtido pela Folha de S.Paulo, que foi encaminhado aos futuros ministros, ao presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva e ao vice eleito, Geraldo Alckmin, o governo Bolsonaro desestimulou a integra��o do Brasil com seus pa�ses vizinhos, o que resultou no "desmonte da UNASUL, na sa�da da CELAC e no crescimento de for�as favor�veis ao desmantelamento do MERCOSUL enquanto uni�o aduaneira."
Cr�ticas a postura do Itamaraty Bolsonarista
O documento tamb�m critica "a participa��o desastrada em alian�as ultraconservadoras"- o Itamaraty bolsonarista se alinhou a pa�ses como Pol�nia e Hungria, em uma alian�a "crist� ocidental" em foros multilaterais em quest�es como sa�de reprodutiva e direitos das mulheres.
O governo de transi��o afirma que o Brasil, ao adotar posi��es negacionistas "perdeu protagonismo em temas ambientais, desafiou esfor�os de combate � pandemia e promoveu vis�o dos direitos humanos inconsistente com sua ordem jur�dica".
O ex-chanceler Ernesto Ara�jo era c�tico em rela��o � exist�ncia dos mudan�as clim�ticas e achava se tratar de mais uma estrat�gia do globalismo para interferir na soberania das na��es.
O presidente Jair Bolsonaro foi um negacionista da Covid e o Brasil teve uma guinada brusca em seus posicionamentos na ONU, deixando de condenar, por exemplo, os assentamentos israelenses e o embargo americano a Cuba.
O grupo de trabalho encerra seu diagn�stico alertando para a d�vida do Brasil com organiza��es internacionais, atualmente em RS$ 5,5 bilh�es. A d�vida "representa grave preju�zo � imagem do pa�s e � sua capacidade de atua��o e compromete severamente sua pol�tica externa".
"Se um valor m�nimo dessa d�vida n�o for pago ainda no atual exerc�cio, haver� perda de voto em organiza��es como a ONU, a Organiza��o das Na��es Unidas para Alimenta��o e Agricultura (FAO) e a Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT)"