Bras�lia – O presidente eleito, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), anunciou nessa quinta-feira o nome de 16 novos ministros do seu pr�ximo governo, que come�a oficialmente em menos de 10 dias. O an�ncio foi feito em uma coletiva de imprensa transmitida ao vivo do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Segundo Lula, ainda restam 13 indica��es para que a pr�xima Esplanada fique completa. Apesar de ele ter prometido durante a campanha ampla representatividade no governo e de Minas ter sido considerado um estado-chave na apertada disputa do segundo turno das elei��es, ainda n�o h� nenhum integrante mineiro na equipe. Pol�ticos e empres�rios esperam que nomes do estado sejam anunciados na semana que vem.
Na cerim�nia de ontem, Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresentaram antes um relat�rio sobre os trabalhos do grupo de transi��o. No documento, o novo governo apontou falhas na lideran�a de Bolsonaro. Lula convocou a coletiva ainda na noite de quarta-feira, logo ap�s a aprova��o pelo Congresso da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) da Transi��o.
“� mais dif�cil montar um governo do que ganhar elei��es. N�s estamos tentando fazer um governo que represente no m�ximo que a gente puder as for�as pol�ticas que participaram conosco da campanha”, afirmou o presidente eleito. “Quero dizer para os companheiros que ainda n�o foram contemplados que n�s vamos contemplar as pessoas que nos ajudaram, porque somos devedores”, acrescentou.
At� ent�o, haviam sido confirmados Fernando Haddad, na Fazenda; Fl�vio Dino, na Justi�a e Seguran�a P�blica; Jos� M�cio Monteiro, na Defesa; Rui Costa, na Casa Civil; e o embaixador Mauro Vieira, nas Rela��es Exteriores. A cantora Margareth Menezes, que foi convidada por Lula e aceitou assumir o Minist�rio da Cultura, ainda n�o tinha sido oficialmente anunciada.
Embora Lula tenha declarado, em novembro, que Geraldo Alckmin (PSB) n�o disputaria vaga de ministro por ser vice-presidente (eleito), o ex-governador de S�o Paulo teve o nome oficializado para o comando do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio e acumular� as duas fun��es. O nome de Alckmin ganhou for�a diante da recusa de empres�rios para o posto. Josu� Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, declinaram do convite.
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) foi designado para chefiar o Minist�rio do Desenvolvimento Social, pasta pleiteada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). O ex-governador de S�o Paulo M�rcio Fran�a (PSB) ficar� com o Minist�rio dos Portos e Aeroportos, fatia do atual Minist�rio da Infraestrutura. A c�pula da legenda se reuniu na v�spera do an�ncio com Alckmin e, em seguida, com Lula.
PRIMEIRAS MINISTRAS
Ainda na �rea econ�mica, entre as mulheres, Esther Dweck vai liderar uma pasta criada especificamente para gest�o. Quem vai ocupar o Minist�rio do Planejamento continua em aberto. O economista Andr� Lara Resende chegou a ser convidado, mas resiste � proposta.
Presidente da Fiocruz, N�sia Trindade foi a escolhida para comandar o Minist�rio da Sa�de. A soci�loga � a primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de hist�ria da pasta. Vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos chefiar� o Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia.
Anielle Franco, irm� da ex-vereadora do Psol assassinada Marielle Franco, ser� ministra da Igualdade Racial. Especialista em viol�ncia de g�nero, Cida Gon�alves ficar� � frente do Minist�rio das Mulheres. J� Margareth Menezes foi oficializada como a ministra da Cultura no governo Lula, que prometia desde a campanha al�ar a atual secretaria ao status de minist�rio.
O ex-governador do Cear� e senador eleito Camilo Santana (PT) foi confirmado como futuro ministro da Educa��o. O escolhido por Lula para comandar o Minist�rio do Trabalho, por sua vez, foi o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP). Para o Minist�rio dos Direitos Humanos, o indicado foi o advogado Silvio Almeida. A Secretaria de Rela��es Institucionais vai para as m�os do deputado Alexandre Padilha (PT). De perfil conciliador e bom tr�nsito no Congresso, ele j� esteve � frente da pasta h� 14 anos.
J� o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia ser� o deputado federal M�rcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha petista. A Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) ficar� com Vinicius Carvalho, advogado e ex-presidente do Cade. A Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), com Jorge Messias, que foi da Subchefia para Assuntos Jur�dicos de Dilma Rousseff.
LARGADA
O presidente eleito deu a largada na defini��o de nomes de seus futuros ministros em 9 de dezembro, quando anunciou que Fl�vio Dino (PSB) iria para o Minist�rio de Justi�a e Seguran�a P�blica e Rui Costa (PT) para a Casa Civil. Lula tamb�m confirmou na ocasi�o a indica��o de Jos� M�cio Monteiro para a Defesa; Fernando Haddad (PT) para a Fazenda; e Mauro Vieira para o Itamaraty.
Ap�s indicar os novos nomes do primeiro escal�o do seu governo, o presidente eleito afirmou n�o ter “vergonha de dizer” que a c�pula quer tamb�m “ministros pol�ticos” e, em seu discurso, fez um aceno a outras siglas. “Queria que os ministros e as ministras, ao montarem, seu governo levassem em conta a pluralidade das pessoas que participaram da campanha, que cada pessoa tente montar governo colocando gente diversa, gente de outras for�a pol�ticas que nos ajudaram, porque somente assim a gente vai contemplar o espectro de gente que participou dessa comiss�o de transi��o”, afirmou.