
"Ela deve ficar no cargo at� o fim do m�s para fazer a transi��o e passar todas as informa��es para o vice", disse o presidente da C�mara, vereador Jos� Henrique (Uni�o Brasil).
Carta de ren�ncia
Na carta, a prefeita justificou a ren�ncia por n�o concordar politicamente com a nova administra��o federal.
"Minhas convic��es pol�ticas me colocaram na contram�o da administra��o que se inicia no dia 1º de janeiro de 2023 pelo novo presidente da Rep�blica, e, por isso, n�o tenho for�as para continuar dando o melhor de mim � frente do Poder Executivo Municipal", afirmou.
"Minhas lutas, incans�veis, duradouras e vitoriosas, poder�o se tornar doloridas e dotadas de consequ�ncias prejudiciais a toda popula��o, justamente pelo desalinhamento que nutro com o novo presidente", diz em outro trecho da carta.
Ao elencar as obras que deixa em andamento, Carmelinda citou a pavimenta��o de bairros em parceria com o governo estadual. "Avan�amos no equil�brio das contas p�blicas, na melhoria da sa�de, na melhoria da educa��o, na melhoria da assistencial social, na melhoria da infraestrutura, na melhoria da agricultura, enfim dos mais diversos setores. E tenho certeza de que consegui", disse.
Procurada pela Folha, ela n�o quis se manifestar e disse que tudo o que tem a dizer est� na carta. Questionada se j� esteve com Bolsonaro e se retornar� para a pol�tica, afirmou que nunca esteve com o ex-presidente, mas que o admira pela sua coragem e postura, e que o futuro "a Deus pertence".
Carmelinda
Carmelinda estava em seu segundo mandato como prefeita. Natural de Assis Chateaubriand, no Paran�, chegou ao munic�pio mato-grossense em 1988.
Disputou a primeira elei��o em 2016 pelo antigo DEM. Foi eleita com 4.036 votos, sendo a primeira mulher a assumir o Executivo municipal.
Ela foi reeleita prefeita de Carlinda em 2020, com 4.646 votos. No pleito, Jac� de Souza Santos (PSB) ficou em segundo, com 5,36%, seguido por Francisco Andr� do Prado (PT), com 4,48%.
No munic�pio com aproximadamente 10 mil habitantes, o ex-presidente Bolsonaro teve 3.357 votos (58,18%), contra 2.412 votos de Lula (41,81%).