
Segundo Rui Costa, Lula determinou que as proposi��es do novo governo passem pela Casa Civil. "N�o h� nenhuma proposta sendo analisada e pensada nesse momento para revis�o de reforma, seja previdenci�ria ou outra. Neste momento n�o tem nada sendo elaborado", disse.
Depois, em entrevista � "GloboNews", Padilha, chefe da pasta respons�vel por auxiliar nas articula��es entre o Pal�cio do Planalto e o Congresso Nacional, afirmou que Lula n�o tratou do tema no discurso de posse feito na sede do Legislativo. Ele reiterou o papel da Casa Civil no processo inerente � apresenta��o de mudan�as na legisla��o.
"Os ministros podem ter suas opini�es, mas h� uma coordena��o de governo, um fechamento de posi��o sobre o presidente e um programa. Tem um trabalho muito bem feito pelo vice-presidente (Geraldo) Alckmin na coordena��o da transi��o, com os diagn�sticos que foram feitos", explicou.
Ao tomar posse, ontem, Lupi falou em criar uma comiss�o com representantes de sindicatos, entidades patronais, aposentados e governo para debater as normas previdenci�rias aprovadas em 2019. "Precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da Previd�ncia, com n�meros", defendeu.
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Hoje, � "CNN Brasil", o pedetista fez um adendo �s falas proferidas na posse e disse querer debater alguns t�picos da reforma. "Falei em criar uma comiss�o quadripartite para analisar e propor ao Congresso Nacional a corre��o de alguns pontos que s�o injustos. E dei como exemplo a regionaliza��o da idade m�nima para as mulheres", ressaltou.
Padilha: 'N�o somos o governo da morda�a'
Lula convocou os 37 ministros de Estado para a primeira reuni�o geral da administra��o federal. O encontro, agendado para sexta-feira (6), deve ter a participa��o dos l�deres do governo no Senado, na C�mara e no Congresso - Jaques Wagner (PT-BA), Jos� Guimar�es (PT-CE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), respectivamente.Para Padilha, a confer�ncia vai servir para afinar a rela��o interministerial. Ele garantiu que os chefes das pastas t�m, sim, a prerrogativa de opinar - como � o caso de Lupi no que tange � Reforma da Previd�ncia.
"Vai haver debate. � absolutamente natural. N�o somos o governo da morda�a. O presidente Lula gosta, e faz quest�o, de ouvir. Mais ouve do que fala".
A ideia, segundo o petista, � manter o esp�rito de frente ampla que norteou a campanha de Lula e o gabinete de transi��o. Nove partidos t�m representantes no primeiro escal�o do governo.
"Este � um governo de frente democr�tica, ampla. A sociedade brasileira optou por uma frente ampla para encerrar a trag�dia que foi Bolsonaro. � um governo democr�tico, que respeita opini�es diferentes - e elas podem existir. Mas o governo tem uma posi��o e h� uma coordena��o de governo, um conjunto de posi��es feito pelo ministro da Casa Civil, com as inst�ncias de participa��o", pontuou.