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Estado de Minas BRAS�LIA

Ataques no DF: partidos variam entre sil�ncio e expuls�o de filiados

Alguns dos citados foram candidatos ou eleitos para cargos p�blicos


11/01/2023 09:03 - atualizado 11/01/2023 10:21

Terroristas no Congresso Nacional no domingo (8/1)
Terroristas deixaram um rastro de destrui��o e vandalismo no Pal�cio do Planalto e nos pr�dios do Congresso Nacional e na sede do Supremo Tribunal Federal (foto: Evaristo Sa/AFP)
Partidos com filiados suspeitos de participa��o nos ataques em Bras�lia no domingo (8) variam do sil�ncio sobre provid�ncias � decis�o de expulsar sumariamente membros com envolvimento no atentado antidemocr�tico. Alguns dos citados foram candidatos ou eleitos para cargos p�blicos.

 

A Folha de S.Paulo questionou a assessoria de legendas que t�m integrantes associados ao quebra-quebra, como PL --partido do ex-presidente Jair Bolsonaro-, PP e Podemos. Tamb�m h� ind�cios da atua��o de integrantes do PSD, do Republicanos e do Cidadania, siglas que j� anunciaram o expurgo dos golpistas.

O PSD, presidido por Gilberto Kassab, divulgou nesta ter�a-feira (10) uma resolu��o da comiss�o executiva nacional, elaborada em rea��o ao levante, que prev� a sa�da imediata de quem teve rela��o com a selvageria antidemocr�tica.

O PL, que tem deputados eleitos entre os suspeitos de comparecerem ou darem apoio � invas�o, n�o anunciou se tomar� medidas contra os filiados. A assessoria disse estar esperando uma posi��o do partido para se manifestar. O presidente Valdemar Costa Neto afirmou em v�deo no domingo que o movimento "� uma vergonha para todos n�s" e n�o representa o PL nem Bolsonaro.

O l�der do PL na C�mara, Altineu C�rtes (RJ), afirmou ao jornal O Globo na segunda (9) que o partido deveria expulsar sumariamente todos os filiados que fizeram parte dos ataques.

A deputada federal eleita Silvia Wai�pi (PL-AP) foi apontada como uma das manifestantes da multid�o e entrou na mira de parlamentares que pretendem denunci�-la ao Conselho de �tica da C�mara.

Wai�pi, que foi procurada pela Folha e n�o respondeu, postou um v�deo em suas redes sociais filmado de cima do teto do Congresso durante a depreda��o e v�rios coment�rios favor�veis � a��o, descrita como "tomada de poder do povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho". Depois, apagou tudo.

Outros nomes ligados ao partido, como Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo �ndio -que � sobrinho do ex-presidente e concorreu a deputado distrital em 2022-, e a presidente do diret�rio da sigla em Montes Claros (MG), Aline Bastos, tamb�m estavam em Bras�lia.

H� ainda casos de filiados de estados do Nordeste, de Minas Gerais e de Goi�s que se somaram de alguma maneira �s a��es terroristas, alguns deles com mandato, como o deputado estadual Sargento Rodrigues (MG).

O PP, outro partido com integrantes suspeitos de atua��o direta ou indireta no protesto violento, tamb�m est� em sil�ncio sobre eventuais puni��es. Procurada via assessoria, a legenda n�o informou como proceder� em rela��o aos casos. No domingo, em nota, afirmou "repudiar veementemente" os atos, qualificando-os como inaceit�veis em um regime democr�tico.

Luciv�nia Pinheiro Barbosa, que concorreu a deputada estadual pelo PP em S�o Paulo, postou v�deos durante a a��o violenta dentro do Pal�cio do Planalto. Nas imagens, uma voz feminina fazia elogios � ocupa��o e relatava que for�as policiais tinham facilitado a entrada dos baderneiros.

H� ainda o caso de Clarissa T�rcio, eleita deputada federal em Pernambuco, e do marido dela, Pastor J�nior T�rcio, tamb�m do PP, que � vereador do Recife e deputado estadual eleito. Eles compartilharam v�deo em que uma invasora exaltava o ataque ao Congresso.

Mesmo com a repercuss�o, os dois mantiveram a postagem no ar, mas editaram a legenda para incluir a mensagem de que s�o "totalmente contra qualquer ato de viol�ncia, vandalismo ou destrui��o do patrim�nio p�blico que venha a amea�ar a nossa democracia".

Outras pessoas ligadas � legenda, como um ex-candidato a vereador e um suplente de vereador, ambos de cidades no Rio Grande do Sul, publicaram em redes sociais sua presen�a na tarde de vandalismo em Bras�lia, com mensagens de est�mulo ao movimento.

No caso do Podemos, os exemplos apontados s�o de pessoas que eram filiadas ao PSC, sigla recentemente incorporada pelo partido.

P�mela B�rio, que concorreu pelo PSC a deputada federal pela Para�ba em 2022 e terminou a elei��o como suplente, virou um dos alvos de pedidos de investiga��o enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PT e pelo PSOL. As representa��es tamb�m miram deputados eleitos do PL e do PP.

Ex-primeira-dama da Para�ba, P�mela mostrou em suas pr�prias redes sociais que estava com a horda que atacou os pr�dios p�blicos na capital federal. Em nota, ela negou apoiar atos de terrorismo e vandalismo e disse que acompanhou os eventos para uma cobertura na condi��o de jornalista.

Secret�rio de comunica��o do Podemos, Marcus Deois disse � Folha que a executiva nacional ainda n�o deliberou sobre medidas a serem tomadas. O partido emitiu nota no domingo em que repudia a viol�ncia dos atos criminosos e diz n�o compactuar com a��es que atentem contra a democracia.

"Acompanharemos de perto a apura��o pelas autoridades respons�veis, para que tomem as medidas necess�rias para conter imediatamente tais atos, bem como identificar e punir seus respons�veis", diz o texto assinado pela presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP).

Segundo uma fonte da legenda, uma das hip�teses em an�lise � esperar a conclus�o das investiga��es oficiais, com a identifica��o dos autores, para depois decidir sobre expuls�o ou outras san��es.

 

EXPULS�O SUM�RIA

 

O documento do PSD publicado nesta ter�a determina a expuls�o de filiados que atentarem contra o Estado democr�tico de Direito, "especialmente com o dolo de se insurgir contra o resultado das elei��es ocorridas em 2022 de modo violento, criminoso e contr�rio � transfer�ncia pac�fica de poder".

A resolu��o prev� que a exclus�o cabe ao presidente Kassab, que � o atual secret�rio estadual de Governo da administra��o Tarc�sio de Freitas (Republicanos), em S�o Paulo, ou a algu�m designado pelo dirigente.

Ao menos um filiado do PSD � vinculado ao ato golpista. Alberto Habib, que concorreu a vereador em S�o Pedro da Aldeia (RJ) em 2020, foi mencionado como parte de uma caravana para Bras�lia no fim de semana. Antes mesmo da orienta��o nacional, a dire��o local da sigla j� havia o desligado.

O Republicanos expulsou nesta ter�a o dono de um dos �nibus que transportaram manifestantes para a cidade, o empres�rio Maur�cio Nogueira, da regi�o de Franca (SP). Nota da executiva paulista sobre o caso diz que "o partido dever� expulsar todos os filiados que forem identificados que tenham participado da destrui��o e que excederam a manifesta��o democr�tica pac�fica".

Nogueira, que foi candidato pela sigla a deputado estadual no ano passado, � pr�ximo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse que a agremia��o repudia "qualquer manifesta��o que ultrapasse os limites democr�ticos, seja ela da direita ou da esquerda".

O Cidadania tamb�m quer a expuls�o de um integrante que esteve com a fam�lia na mobiliza��o de domingo. Vereador pelo partido em Betim (MG), Gilson Sousa de Carvalho, o Gilson da Autoescola, postou v�deo de sua presen�a na Esplanada dos Minist�rios.

Depois, ele apagou o conte�do, disse que esperava ser uma manifesta��o "pac�fica e democr�tica" e se declarou contra as a��es com viol�ncia e quebradeira, que chamou de inadmiss�veis.

O comando nacional do partido pediu ao diret�rio municipal a expuls�o do vereador. O presidente Roberto Freire escreveu em of�cio que a manuten��o do vereador nos quadros "gera dano de imagem irrepar�vel ao partido" e "contraria frontalmente" os princ�pios do Cidadania.

A ordem � para que casos semelhantes sejam analisados com o mesmo rigor. "Tal comportamento contraria n�o apenas o estatuto, o programa e o c�digo de �tica do partido, mas qualquer atividade p�blica, as leis e a Constitui��o", afirmou Freire.


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