
O funcion�rio Val�rio Cypriani Gomes de Oliveira, que tamb�m � servidor concursado, est� sendo investigado pela controladoria-geral do munic�pio e pode perder tamb�m o cargo p�blico.
Tanto empregados de empresas privadas como servidores p�blicos podem perder o cargo por participa��o nos atos golpistas de domingo.
A exonera��o do funcion�rio do cargo de confian�a foi publicada no Di�rio Oficial do munic�pio nesta ter�a (10).
A prefeitura, oficialmente, n�o cita que a exonera��o ocorreu por causa da participa��o do servidor da horda que invadiu e destruiu instala��es do Pal�cio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) no domingo.
Integrantes da c�pula do governo municipal, por�m, confirmam que a exonera��o foi pela participa��o nos atos golpistas na capital federal.
Em nota, o governo fala apenas da investiga��o pela qual passa o servidor.
"A Prefeitura de Belo Horizonte esclarece que o servidor Val�rio Cypriani Gomes de Oliveira foi exonerado do cargo em comiss�o, bem como est� sendo investigado pela Controladoria-Geral do Munic�pio por tamb�m ser servidor efetivo", diz o comunicado do governo.
O texto afirma ainda que a prefeitura n�o ir� comentar o caso para n�o prejudicar o andamento da investiga��o. A c�pula da prefeitura avalia ter repercutido mal a participa��o do funcion�rio no levante golpista de Bras�lia.
O cargo do qual o servidor foi desligado era na �rea de fiscaliza��o da prefeitura, a mesma que conduziu opera��o de desmonte de um acampamento de desordeiros bolsonaristas que funcionou durante dois meses em frente a quartel do Ex�rcito em Belo Horizonte.
O servidor estava lotado na Regional Centro-Sul da capital. A unidade do Ex�rcito em frente � qual os golpistas se reuniam fica na regional oeste da cidade.
A reportagem tentou contato com o funcion�rio. A informa��o que obteve foi que Cypriani, al�m de exonerado do cargo, estava em f�rias. Houve tentativa de entrevista tamb�m pelas redes sociais. N�o houve resposta.
A retirada do acampamento ocorreu na sexta (6). A alega��o da prefeitura foi que n�o havia licen�a municipal para a instala��o de barracas de bebida e comida que foram montadas em frente ao quartel.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), em conversa com jornalistas depois da opera��o, disse que agress�es sofridas por profissionais da imprensa tamb�m motivaram a decis�o de desmontar o acampamento.
Na quinta (5) e sexta (6), ao menos tr�s jornalistas foram agredidos pelos golpistas. Um chegou a passar a noite de quinta para sexta no hospital por pancadas que recebeu na cabe�a. O profissional � rep�rter fotogr�fico do jornal Hoje em Dia e tamb�m teve equipamento roubado pelos bolsonaristas.
Na segunda (9), a Pol�cia Militar passou a identificar quem insistia em permanecer pr�ximo ao quartel.
O Ex�rcito, por�m, cercou a �rea em frente ao quartel que vinha sendo ocupada pelos bolsonaristas, sob a alega��o de se tratar de regi�o de seguran�a.