Na conversa, Bolsonaro admitiu que cometeu “deslizes” e “furos” de sua gest�o. “Em quatro anos, todo dia era segunda-feira. Tem alguns furos? Tem, l�gico. A gente comete alguns deslizes em casa, que dir� no governo. S� que em casa a gente sabe quem � o respons�vel. � sempre n�s, os maridos.”
Ao citar os ataques do Congresso Nacional, Pal�cio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente disse que os ataques foram “inacredit�veis”.
“Lamento o que aconteceu dia 8, uma coisa inacredit�vel. Mas no meu governo, o pessoal aprendeu o que � pol�tica, conheceu os poderes, come�ou a dar valor � liberdade. Eu falava para alguns sobre a liberdade, e eles diziam que era igual ao sol, nasce todo dia, mas n�o � bem assim n�o. A gente acredita no Brasil”, afirmou.
Invas�o aos Tr�s Poderes
Vestidos de verde e amarelo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram o Congresso Nacional, o Pal�cio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo, 8/1. Estima-se que 4 mil pessoas participaram da a��o em Bras�lia. Dois dias depois, cerca de 1.200 estavam detidas.
Inconformados com a vit�ria do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), os bolsonaristas ocuparam os Tr�s Poderes para pedir golpe militar. Foram quebrados objetos hist�ricos, obras de arte, m�veis e vidra�as. Houve invas�o a gabinetes e roubo de documentos e armas.
Ap�s o ataque, o presidente Lula decretou interven��o federal na seguran�a p�blica do Distrito Federal. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Ibaneis Rocha do governo do DF por 90 dias.
Na segunda-feira (9/1), Lula e representantes de todos os estados fizeram reuni�o pela democracia. Depois, caminharam juntos do Planalto ao STF.
Tamb�m na segunda, os acampamentos de bolsonaristas golpistas foram enfim desmontados ap�s ordem do STF. Mais de 1,2 mil foram detidos em Bras�lia. Concentra��es tamb�m foram desfeitas em S�o Paulo, no Rio de Janeiro e em outras capitais. Na maioria dos casos, sem confrontos.
At� o momento, as investiga��es avan�am e miram os financiadores dos ataques. O governo diz que pessoas de ao menos 10 estados bancaram ataques.