
A informa��o de fontes da Pol�cia Federal indicam que o delegado que comanda a investiga��o, Alexandre Cam�es Bessa, deve tomar o depoimento do ex-ministro no 4º batalh�o da Pol�cia Militar no Guar�, em Bras�lia, onde ele permanece preso desde que retornou dos Estados Unidos, no s�bado.
A visita que Torres recebeu, ontem, na pris�o, por quase cinco horas, do advogado Rodrigo Henrique Roca Pires, que comanda a defesa do ex-ministro, refor�a a expectativa de que ele preste depoimento hoje.
Anderson Torres conta com mais profissionais na equipe de defesa, como o advogado criminalista e ex-senador Dem�stenes Torres que, na semana passada, confirmou que trabalharia de forma volunt�ria para o ex-ministro. Dem�stenes n�o foi localizado, ontem, em Bras�lia.
Para especialistas, a marca��o de oitivas pela pol�cia depende apenas da conveni�ncia da investiga��o, mas, segundo informa��es da PF, o agendamento aguarda uma sinaliza��o do ministro Alexandre de Moraes, que preside o inqu�rito dos atos antidemocr�ticos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da expectativa de que o ex-ministro seja ouvido hoje, h� quem aposte na possibilidade de a oitiva ser marcada para outro dia, estendendo o isolamento de Torres, o que aumentaria a press�o para que ele revele o que sabe sobre a organiza��o dos atos antidemocr�ticos e, principalmente, da minuta de interven��o do Executivo na Justi�a Eleitoral, encontrada na casa dele, na semana passada, em uma opera��o de busca e apreens�o. O teor do documento foi considerado golpista por especialistas em direito constitucional por prop�r a interven��o de um Poder em outro.
Sinal desse isolamento foi o atendimento que Torres recebeu ontem de um psiquiatra da Secretaria de Sa�de do DF, que esteve nas instala��es da PM em que o ex-ministro est� preso. O profissional de sa�de foi solicitado pelo pr�prio ex-ministro.
Outro fator que pode complicar a situa��o de Torres � a determina��o feita ontem pelo ministro-corregedor da Justi�a Eleitoral, Benedito Gon�alves, para que o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifeste em tr�s dias sobre a minuta do golpe.
A defesa do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), n�o teme o depoimento de Torres, que foi renomeado para o cargo de secret�rio de Seguran�a local ap�s o t�rmino do governo Bolsonaro. Segundo o advogado Cleber Lopes, no depoimento volunt�rio que deu � Pol�cia Federal, Ibaneis "n�o fez nenhuma acusa��o direta" a Anderson Torres. "O governador n�o defende, mas tamb�m n�o acusa o secret�rio", disse o advogado.