Em depoimento � Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF), obtido pela TV Globo, Alan disse ter recebido a bomba de George Washington no acampamento bolsonarista — montado em frente ao quartel-general do Ex�rcito em Bras�lia — horas antes de deix�-la no paralama de um caminh�o-tanque no Aeroporto.
O homem afirmou que a ordem de George era deixar o artefato na �rea de embarque do local, onde h� intensa movimenta��o de pessoas, mas n�o “achou correto” cumprir a orienta��o. Por isso, mudou o plano e colocou o artefato no paralama traseiro de um caminh�o-tanque, entre 3h e 4h de 24 de dezembro de 2022.
O extremista tamb�m confirmou, como a Pol�cia j� havia descoberto, que foi levado ao local do crime pelo jornalista bolsonarista Wellington Macedo, apontado como terceiro envolvido na a��o terrorista. O blogueiro tem forte presen�a nas redes sociais e trabalhou no Minist�rio da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos durante a gest�o de Damares Alves (Republicanos) na pasta no governo Bolsonaro (PL).
- Golpista que planejou atentado foi convencido por familiares a se entregar
Wellington j� respondia pelo crime de incitar atos antidemocr�ticos durante o 7 de setembro de 2022 e teve pris�o decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. � �poca do crime no aeroporto, o homem cumpria regime domiciliar e utilizava tornozeleira eletr�nica, artefato que ajudou a pol�cia a refazer os passos dele e de Alan na noite da tentativa de atentado. Al�m disso, c�meras do aeroporto mostram a a��o dos dois. Desde que a tentativa de atentado foi descoberta, o jornalista est� foragido.
De acordo com Alan, depois de ter deixado a bomba no caminh�o-tanque, “a ficha caiu” sobre a gravidade do que havia feito. Ele ent�o procurou um orelh�o pr�ximo � Rodovi�ria do Plano Piloto para ligar para a pol�cia, mas, segundo ele, o atendente da Central de Emerg�ncia da Pol�cia Militar (disque 190) n�o acreditou nele.
Pouco depois, o suspeito disse que ele e Wellington voltaram ao caminh�o-tanque e depois ligaram para o Corpo de Bombeiros, “que disse que n�o tinha nada a ver com aquela liga��o” e que ele deveria comunicar a Pol�cia Militar.
Alan tamb�m disse que desde que chegou ao acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Ex�rcito em Bras�lia, “sempre ouvia conversas sobre explos�o pelos manifestantes”, como uma a��o que provocaria uma interven��o militar.
O suspeito ainda afirmou que George encomendou as mat�rias-primas do explosivo do Par� e que ele contou � Alan que chegou a fazer cursos no Distrito Federal para aprender a fabricar os artefatos.
- Envolvidos em atentado estiveram no Senado com parlamentares bolsonaristas
At� o momento, apenas George e Alan est�o presos. Natural de Comodoro (MT), Alan foi o segundo a ser preso, ap�s se entregar � Pol�cia Civil de Mato Grosso. Ele foi encaminhado para a PCDF em 19 de janeiro e, agora, de acordo com a pol�cia, ser� transferido para o Sistema Penitenci�rio do Distrito Federal, “onde permanecer� � disposi��o do Poder Judici�rio”.