
A mo��o foi colocada em vota��o ap�s dezenas de pronunciamentos de vereadores que levaram o debate para embates ideol�gicos, cr�ticas a movimentos sociais, governos de esquerda na Am�rica Latina e ataques a Lula e a Bolsonaro. O resultado, por 23 a 9, foi favor�vel ao envio da mo��o ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
A mo��o, encaminhada ao plen�rio em novembro de 2022, entrou em pauta em vota��o para que a vota��o sobre a aprova��o do protesto n�o fosse simb�lica, ou seja, que os vereadores tomassem decis�o nominal sobre o tema. Foi aprovado que a vota��o seria aberta.
Bruno Pedralva (PT), que assumiu hoje a vaga da deputada estadual Maca� Evaristo (PT), foi o primeiro a se manifestar sobre o tema, e se op�s � mo��o, citando a a��o do STF para puni��o dos respons�veis pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
Na sequ�ncia, Uner Augusto (PRTB), que assumiu hoje na cadeira do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), foi ao microfone do Plen�rio Amynthas de Barros. Ele disse que Moraes tem uma postura ativista e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez censura pr�via durante a campanha presidencial.
Em v�rios pronunciamentos, o suplente de Nikolas, entre outras falas, fez cr�ticas ao julgamento sobre c�lulas-tronco no STF em 2013, disse que a produtora de v�deos Brasil Paralelo sofreu censura da Justi�a Eleitoral e defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que ele n�o incitou os atos golpistas de 8 de janeiro em Bras�lia.
“No meu primeiro dia j� estou vendo a forma��o de fake news aqui, disseram que o presidente Bolsonaro incentivou os atos em Bras�lia. Cad� as provas? [...] Golpismo pra mim � o MST invadir e destruir o minist�rio da Agricultura e o que o Partido dos Trabalhadores fez? Fez uma nota de apoio a isso, como apoiou as piores ditaduras da Am�rica Latina. Dizer que houve apoio do presidente (Bolsonaro) a atos golpistas � canalhuce”, disse Uner.
Em fun��o da posse de seis suplentes de vereadores que se elegeram deputados, as galerias do plen�rio estavam cheias e a participa��o de apoiadores de parlamentares de diferentes espectros pol�ticos esquentou o debate. Em repetidas oportunidades, o presidente da C�mara, Gabriel Azevedo (sem partido) precisou interromper a fala dos vereadores para pedir sil�ncio aos presentes.
A discuss�o entre os parlamentares rapidamente saiu do tema da cr�tica a Moraes para se ater a embates ideol�gicos. Vereadores de direita afirmaram que Lula j� tomou decis�es favor�veis a liberta��o do aborto e fizeram repetidas men��es aos governos da Nicar�gua, Argentina e Venezuela. Membros de partidos de esquerda focaram em cr�ticas aos atos golpistas e ao governo de Jair Bolsonaro e citando tamb�m a situa��o dos Yanomamis.
Alguns dos defensores da mo��o defenderam que ela foi escrita antes dos atos golpistas de 8 de janeiro e que, portanto, seria uma manifesta��o pela liberdade de express�o e contra o que consideram ativismo judicial. Do outro lado, parlamentares contr�rios a representa��o defendiam que a destrui��o das sedes dos tr�s poderes em Bras�lia deveria alterar o posicionamento de quem antes defendia a cr�tica formal � Moraes.
Os vereadores que fizeram pronunciamento a favor da mo��o foram Irlan Melo (Patriota), Fernanda Alto� (Novo), Fl�via Borja (PP), Uner Augusto (PRTB), Jos� Ferreira (PP) e Cleiton Xavier (PMN). Se manifestaram de forma contr�ria os parlamentares Bruno Pedralva (PT), Cida Falabella (PSOL), Iza Louren�a (PSOL), Pedro Patrus (PT) e Wagner Ferreira (PDT).