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Estado de Minas P�S-BOLSONARO

Extrema direita brasileira procura um novo l�der no Congresso Nacional

Os nomes mais cotados s�o Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Damares Alves (Republicanos-DF) e Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ)


06/02/2023 11:35 - atualizado 06/02/2023 12:19

Deputados federais da extrema direita reforçam oposição a Lula, mas ainda sem líder que substitua Jair Bolsonaro
Deputados federais da extrema direita refor�am oposi��o a Lula, mas ainda sem um l�der que substitua Jair Bolsonaro (foto: Reprodu��o/Redes sociais)
A maneira como o Congresso Nacional, sobretudo o Senado, lidou com a elei��o � presid�ncia da Casa refor�a o estigma de Parlamento alinhado a pautas da extrema direita e aponta para uma d�vida que, ainda que silenciosamente, permanece no ar: qual nome vai representar grupos reacion�rios e negacionistas entre os 594 congressistas?

Para al�m de sua derrota nas urnas, a aus�ncia de Jair Bolsonaro (PL) — habituado a visitas no chamado cercadinho, espa�o que outrora utilizou, e redes sociais — mostra que o ex-presidente est� fora das declara��es vindas de nomes que costumavam dar vaz�o a suas falas contra o progressismo, a separa��o dos Poderes e o Judici�rio.
 
Insurgem nesse lapso de lideran�a da extrema direita, entre senadores, Rog�rio Marinho (PL-RN), Hamilton Mour�o (Republicanos-RS), Sergio Moro (Uni�o Brasil-PR), Damares Alves (Republicanos-DF), Ciro Nogueira (PP-AL) e Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Marinho, que concorreu � presid�ncia da Casa, n�o citou o nome de Bolsonaro na fala de candidatura no plen�rio do Senado. Mour�o, entre o fim do ano passado e o in�cio deste, posicionou-se contra a��es do governo de transi��o e do j� instalado governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), alvo, n�o de hoje, de Moro, que dedica suas redes sociais a cr�ticas ao petista.

Entre os temas que tendem a gerar discuss�es acaloradas na Casa e proje��o de senadores simp�ticos � "direita t�xica" est�o pautas como impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), defesa do Marco Temporal — assunto sem encaminhamento do Congresso Nacional e que vulnerabiliza o direito dos ind�genas — e ressalvas a pol�ticas p�blicas assistenciais, que devem estar no cerne do governo Lula. Damares, considerada fiel a Bolsonaro, se cacifa para essa lideran�a entre os colegas, mas est� fora dos holofotes, sobretudo ap�s as den�ncias que vieram � tona contra sua gest�o ministerial por suspeita de neglig�ncia no caso do povo ianom�mi.
Nogueira intensificou seu descolamento do ex-presidente antes mesmo de que o mandato do ex-chefe chegasse ao fim, mas est� vinculado a um partido rachado na oposi��o a Lula: os diret�rios do Nordeste tendem a ser apoio ao presidente, no Congresso. O filho 02 de Bolsonaro, Fl�vio, em passos t�midos, se apresenta, eventualmente, nas redes sociais com discurso semelhante ao do pai. Apesar de j� estarem decididas as lideran�as no Senado, n�o h� ainda uma homogeneidade em torno de quem ser� o representante m�ximo da ala que defende o reacionarismo.

O homeschooling, m�todo de educa��o caseira feita por pais ou respons�veis que j� foi aprovado, no formato de projeto de lei, na C�mara dos Deputados e uma das principais defesas do governo Bolsonaro, � defendido por Damares. A parlamentar afirma que parte do bloco que se uniu para engajar a campanha de Marinho — PT, PP e Republicanos, que juntos somam 23 senadores — vai continuar unificada nesta legislatura. "Estamos unidos e estabelecendo nossa forma de a��o trabalhar. O Republicanos vai ser uma oposi��o inteligente", respondeu sobre tem�ticas como reforma tribut�ria e �ncora fiscal.
Questionada sobre o posicionamento ideol�gico de seu partido, a senadora afirmou que a sigla "� e sempre foi centro-direita". Acerca da redu��o de refer�ncias ao ex-presidente, Damares garantiu: "Nosso l�der � Jair Bolsonaro". E destacou que o fato dele estar no centro de investiga��es "n�o intimida" o apoio de seus pares.

L�der da minoria

Carlos Portinho (PL-RJ), l�der do governo no Senado na legislatura anterior, ap�s um lapso de cerca de seis meses, se cacifa para lideran�a do partido. Parlamentar do baixo clero da Casa e com argumentos na mesma linha do colega Fl�vio, Portinho, que tenta se viabilizar agora como l�der da minoria, pormenorizou a aus�ncia de refer�ncias a Bolsonaro nos �ltimos dias e negou que o ex-chefe do Executivo esteja indo para o ostracismo em meio a parlamentares da Casa. "Estamos em conversas para escolher as novas lideran�as, mas n�o h� nada decidido [...] Voc�s da imprensa t�m uma tara em Bolsonaro. O Lula sempre vai ser o l�der da esquerda, e Bolsonaro, o da direita", defendeu. 

Oposi��o respons�vel

A composi��o que o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e o l�der do governo na Casa, Jos� Guimar�es (PT-CE), conseguiram costurar entre deputados federais minou potenciais lideran�as da extrema-direita na Casa. Assim como no Senado, partidos do Centr�o e conversadores, como o PSDB, t�m falado em oposi��o respons�vel. "N�o seremos oposi��o por oposi��o", disse Valdemar Costa Neto, presidente do PL, legenda com a maior bancada da C�mara, ao Correio.

Investigados por suposta influ�ncia nos atos criminosos do 8 de janeiro, S�lvia Wai�pi (PL-AP), Clarrissa T�rcio (PP-PE), Ab�lio Brunini (PL-MT) e Andr� Fernandes (PL-CE) despontaram, sobretudo ap�s as a��es bolsonaristas que destru�ram pr�dios do Congresso, Pal�cio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), como poss�veis lideran�as do tipo na Casa. 
O grupo, contudo, ter� dificuldades de emplacar o modus operandis conhecido pelo movimento que disseminou pautas contr�rias � democracia: Lira subiu o tom em seu discurso como reconduzido � presid�ncia, sinalizando intoler�ncia �s pr�ticas parlamentares que dominaram a C�mara nos �ltimos quatro anos. Conhecido pelo estilo republicano desde que assumiu o controle do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) vai trabalhar para seguir bloqueando as pautas de desejo de extremistas. 


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