
Bras�lia – O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se reuniu, ontem, com a ministra do Planejamento e Or�amento, Simone Tebet, para discutir a reforma tribut�ria, al�m de outros projetos da pasta dela. A proposta � uma das prioridades do governo Lula, que quer aprov�-la ainda neste ano "Recebi a ex-colega senadora e atual ministra do Planejamento e Or�amento, Simone Tebet. No encontro, a ministra exp�s os projetos referentes � pasta e defendeu a mobiliza��o em torno da aprova��o da reforma tribut�ria, fundamental para o desenvolvimento do pa�s", escreveu Pacheco em suas redes sociais. O encontro ocorreu na resid�ncia oficial da Presid�ncia do Senado. Durante evento em S�o Paulo, a ministra afirmou que h� grande chance de a reforma ser aprovada ainda em 2023, mas que ainda n�o � poss�vel estimar quantos meses ser�o necess�rios para apresenta��o da proposta ao Congresso.
Rodrigo Pacheco declarou ainda que vai alinhar as equipes do Minist�rio do Planejamento e do Senado para avan�ar na discuss�o da proposta. O presidente da Casa disse tamb�m que a ex-senadora "se destacou com brilhantismo" durante o seu mandato. Segundo Tebet, a reforma tribut�ria come�ar� sua tramita��o na C�mara dos Deputados, e est� sendo capitaneada, por parte do Executivo, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por�m, durante a posse dos parlamentares, no in�cio do m�s, ela se colocou � disposi��o para discutir a proposta.
Para a ministra, "a reforma tribut�ria � a 'vacina econ�mica' para o Brasil e ter� todo o apoio do minist�rio”. Sem precisar data para apresenta��o e aprova��o da proposta, ela afirmou: "O que posso adiantar � que, a cada grande passo (dentro do andamento da reforma tribut�ria), n�s teremos uma sinaliza��o positiva para o mercado. A cada avan�o, poderemos ver os juros caindo em raz�o da estabilidade econ�mica". A declara��o foi dada durante o evento Plano de Voo, da Amcham Brasil. A reforma, para a ministra, tem que garantir justi�a tribut�ria, ser neutra em rela��o � sua incid�ncia e equilibrar cobran�as sobre cada participante da sociedade.
Simone Tebet afirmou tamb�m que o Brasil n�o tem hoje recursos suficientes para oferecer servi�os p�blicos de qualidade � popula��o. A ex-senadora afirma que, justamente por isso, o governo Lula precisa trabalhar em parceria com o setor privado. A ministra destacou que o Brasil precisa estar atento � quest�o fiscal, a fim de buscar estabilidade econ�mica, mas n�o pode deixar de olhar para as quest�es sociais. Nesse sentido, al�m dos recursos do governo para a popula��o mais pobre, o minist�rio tamb�m pensa em linhas de financiamento e parcerias p�blico-privadas.
Tebet declarou ainda que o Brasil "gasta muito e gasta mal" e que o governo precisa reavaliar todos os gastos, caso a caso. "Pior do que n�o gastar � gastar mal", avalia Tebet. Ela frisou que vai avaliar as pol�ticas p�blicas e os recursos que s�o destinados a cada �rea, mapeando se n�o h� sobreposi��es de gastos, para evitar desperd�cios e injetar dinheiro em minist�rios e projetos que n�o v�m sendo priorizados, como o de ci�ncia e tecnologia.
Para ela, "o mundo est� com apetite pelo Brasil", mas � necess�rio que o pa�s "fa�a a sua li��o de casa" de modo a realmente atrair capital estrangeiro. "Querem colocar dinheiro no Brasil, mas outros pa�ses tamb�m oferecem boas oportunidades."
Fiesp
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho se reuniu com empres�rios na Federa��o das Ind�strias do Estado de s�o Paulo (Fiesp) e pediu apoio para atualiza��o para a reforma tribut�ria, para a legisla��o trabalhista e para cria��o de um programa de capacita��o de jovens para o mercado de trabalho. Ele afirmou que o governo tem "total simpatia" para debater medidas que acelerem a reindustrializa��o do pa�s. "O emprego de qualidade est� na ind�stria", declarou.
Marinho sugeriu colabora��o para formatar um programa que reserva algumas horas de trabalho de oper�rios para que eles se dediquem � qualifica��o e capacita��o profissional. “� preciso atualiza��o e acompanhamento na revolu��o da inova��o tecnol�gica, dar espa�o para oxigenar a for�a de trabalho”, disse.
Marinho tamb�m pediu apoio aos industriais para acabar com o saque-anivers�rio do FGTS. Para ele, esse mecanismo trava os recursos no momento de uma demiss�o e deixa de servir para resgate financeiro do trabalhador. "Tenho sido atacado pelo dito 'mercado', mas aqui somos o mercado tamb�m, n�o? (...) � um engodo, que atrapalha a ind�stria porque tira investimento de um fundo que beneficia a ind�stria. A l�gica do Paulo Guedes [ex-ministro da Economia] era acabar com o fundo", disse Marinho.