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Estado de Minas BANCO CENTRAL

Presidente do BC sobre governo Lula: 'Precisamos ter mais boa vontade'

Recado de Roberto Campos Neto foi direcionado aos investidores, que segundo ele, est�o muito 'apressados'


14/02/2023 16:47 - atualizado 14/02/2023 18:09
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Campos Neto sofreu uma série de ataques de Lula, que chamou os juros de 'vergonha', a autonomia do BC de 'bobagem' e se referiu ao presidente do BC como 'esse cidadão'
Campos Neto sofreu uma s�rie de ataques de Lula, que chamou os juros de "vergonha", a autonomia do BC de "bobagem" e se referiu ao presidente do BC como "esse cidad�o" (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu nesta ter�a (14) que � preciso ter boa vontade com o governo de Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e elogiou sua pol�tica econ�mica.

"O investidor � muito apressado, muito afoito. A gente tem que ter um pouco mais de boa vontade com o governo, 45 dias � pouco tempo. Tem uma boa vontade enorme do ministro Fernando Haddad [Fazenda] de falar, 'olha, n�s temos um princ�pio de seguir um plano fiscal com disciplina'. Tem um arcabou�o que est� sendo trabalhado, j� foram elaborados alguns objetivos", disse Campos Neto durante evento do banco BTG Pactual nesta manh�.

As declara��es ocorrem um dia ap�s participa��o do presidente do BC no programa Roda Viva, da TV Cultura, em meio a uma s�rie de ataques do governo � atual pol�tica monet�ria.

Durante a entrevista, Campos Neto defendeu a atua��o do BC e criticou uma eventual mudan�a da meta de infla��o —como vem sendo discutido por petistas—, mas disse que far� tudo ao seu alcance para aproximar o BC do governo. Ele tamb�m ressaltou o esfor�o fiscal de Haddad.

"Se a gente fizer uma mudan�a agora, sem um ambiente de tranquilidade e um ambiente onde a gente est� atingindo a meta com facilidade, o que vai acontecer � que voc� vai ter um efeito contr�rio ao desejado. Ao inv�s de ganhar flexibilidade, voc� pode terminar perdendo flexibilidade", afirmou no programa.
A expectativa sobre uma mudan�a nas metas de infla��o foi gerada por uma entrevista de Lula, que considerou exagerados os patamares atuais e defendeu 4,5%, o mesmo n�vel fixado em seus dois primeiros mandatos.

Campos Neto sofreu uma s�rie de ataques de Lula, que chamou os juros de "vergonha", a autonomia do BC de "bobagem" e se referiu ao presidente do BC como "esse cidad�o".

As cr�ticas do governo a Campos Neto se acentuaram depois de uma imagem captada pela fot�grafa da Folha Gabriela Bil�, em 10 de janeiro, mostrando que ele ainda era integrante de um grupo de WhatsApp chamado "ministros Bolsonaro".

Depois que a imagem da tela de celular do senador Ciro Nogueira (ex-Casa Civil) foi a p�blico, Campos Neto deixou o grupo.

Nesta ter�a, durante o evento do BTG, o presidente do BC afirmou ainda que a mudan�a de postura da atual gest�o em rela��o � quest�o ambiental trouxe ganhos ao Brasil.
"A boa vontade com o brasileiro � enorme. Tinha um tema ambiental de fato, e a gente falava muito com investidores sobre isso. Eu levantei muito essa bandeira, que esse era um tema que vai definir se o dinheiro vai voltar ou n�o", afirmou. "Se voc� n�o for inclusivo e n�o for sustent�vel, voc� n�o faz parte da recupera��o."

Campos Neto tamb�m disse que teve "uma conversa muito boa" com Simone Tebet, ministra do Planejamento, sobre gastos p�blicos.

O presidente do Banco Central tamb�m disse achar justo que haja questionamentos sobre os juros estarem altos, e que o BC deveria ter uma comunica��o mais did�tica sobre as raz�es disso, como a de que as a��es devem ter resultado em um tempo mais longo.

Na palestra, tamb�m defendeu a import�ncia da autonomia dos BCs, e deu como exemplo o caso do Peru. O pa�s tem o mesmo presidente do Banco Central desde 2007 e mesmo com as not�cias sobre impeachment do presidente e fortes protestos nas ruas, o c�mbio n�o teve varia��es bruscas.


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