
Na Assembleia de Minas, a Maioria � representada pelo bloco parlamentar com o maior n�mero de integrantes. Nesta legislatura, a Maioria � a coaliz�o "Minas em Frente", composta por nove partidos que apoiam Zema. Carlos Henrique, portanto, vai ser um dos l�deres ligados ao poder Executivo, ao lado de Gustavo Valadares (PMN), l�der de governo, C�ssio Soares (PSD), l�der do "Minas em Frente", e Gustavo Santana (PL), que encabe�a o "Avan�a Minas", outro bloco parlamentar com deputados aliados ao Pal�cio Tiradentes.
A Minoria, por sua vez, � a coaliz�o numericamente inferior � Maioria. Por isso, essa denomina��o foi dada aos 20 parlamentares de PT, PCdoB, PV, Psol e Rede, que formaram uma alian�a antag�nica a Zema. Jean Freire e o tamb�m petista Ulysses Gomes, l�der da oposi��o, ser�o os respons�veis por encabe�ar as articula��es pol�ticas do grupo formado pelas cinco legendas.
Com as indica��es de Carlos Henrique e Jean Freire, est� inteiramente escalado o Col�gio de L�deres da Assembleia. Al�m dos dois, o comit� ter�, tamb�m, Valadares, C�ssio, Santana e Ulysses. Os porta-vozes de cada corrente da Assembleia t�m a prerrogativa de se reunir para que possam, por exemplo, chegar a acordos sobre os projetos a serem votados em plen�rio.
Falta agora, apenas, a indica��o da l�der da bancada feminina da Assembleia. Neste ciclo, 15 parlamentares mulheres v�o cumprir mandato. No ano passado, o cargo foi ocupado por Leninha (PT), agora a 1° vice-presidente da Mesa Diretora.
Aliados de Zema querem deixar 'per�odo conflituoso' para tr�s
O bloco "Minas em Frente" �, oficialmente, a principal alian�a de apoio a Zema, com 33 deputados estaduais. No "Avan�a Minas", que tem mais deputados simp�ticos ao governo, h� outros 24 parlamentares. Por isso, aliados do Pal�cio Tiradentes calculam ter o apoio de mais de 50 dos 77 integrantes da Assembleia.Na legislatura passada, houve embates entre Zema e o ent�o presidente do Parlamento, Agostinho Patrus (PSD) - agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
Segundo Carlos Henrique, o "per�odo conflituoso" � passado. Na vis�o do l�der da Maioria, a escolha de C�ssio Soares para liderar a coaliz�o governista � um recado do n�cleo de articula��o pol�tica do governo sobre a disposi��o para dialogar. Isso porque, na legislatura passada, o pol�tico do PSD comp�s as Comiss�es Parlamentares de Inqu�rito (CPIs) da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) e dos Fura-Filas, que investigaram t�picos ligados ao governo estadual.
"(A escolha de C�ssio) � uma sinaliza��o muito importante do governo de Minas (sobre) a mudan�a de paradigma em rela��o aos trabalhos da Assembleia e a boa conviv�ncia que teremos daqui para frente", pontuou.
Petista promete 'oposi��o aguerrida'
Doutor Jean Freire, por sua vez, afirmou que a frente de esquerda formada na Assembleia Legislativa pretende fazer o que chamou de "oposi��o muito aguerrida e presente"."Que a gente possa fazer o governo entender: uma oposi��o, quando � feita com muita responsabilidade, sem perder os princ�pios, ajuda muito a governar. Chamamos a aten��o do governo para muitas situa��es", assegurou.
A oposi��o deve travar duelos com os aliados de Zema quando pautas defendidas pelo governo, como a privatiza��o de estatais e a ades�o ao Regime de Recupera��o Fiscal (RRF) passem pelo plen�rio e pelas comiss�es tem�ticas. H� temor por preju�zos aos servi�os p�blicos e ao funcionalismo.
"N�o estamos aqui simplesmente para bater palmas. N�o fiz esse papel nem quando o governo era do meu partido. Nossa fun��o aqui � estar sempre cobrando", completou Freire, em men��o � gest�o de Fernando Pimentel, de 2015 a 2018.