
Conforme a reportagem, para o militar, uma tentativa de golpe no pa�s resultaria em "sangue na rua". Na mesma palestra, ele negou a possibilidade de fraude das urnas eletr�nicas e chamou os golpistas de "coisa infantil, besta, burra e irasc�vel".
O general tamb�m foi cr�tico em rela��o ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a rela��o dele com o Ex�rcito. Para ele, Bolsonaro tentou "instrumentalizar o Ex�rcito".
"� um cara (Jair Bolsonaro) que entrou numa espiral de fanatismo que n�o se sustenta. O que produziu? Ia derrubar o governo assim? O Supremo muda? Todo mundo se comunica e julga por sistema on-line. Se jogar uma bomba no pal�cio, ele vai despachar de outro. Que coisa infantil, besta, burra, irasc�vel", declarou.
Paiva tamb�m criticou as mensagens que foram disparadas �s For�as Armadas nas redes sociais ap�s a vit�ria do presidente Lula no segundo turno. Na �poca, extremistas pediam que as For�as Armas tomassem "coragem" para evitar a posse de Lula.
"Interven��o militar com Bolsonaro presidente. Imposs�vel de fazer. Imagina se a gente tivesse embarcado em uma aventura. Voc�s viram a repercuss�o mundial. A gente n�o sobreviveria como pa�s. A moeda explodiria, a gente ia levar um bloqueio econ�mico jamais visto. Voc� ia ficar p�ria, e o povo ia sofrer as consequ�ncias. Ia ter sangue na rua (...) Coragem � o reverso. Coragem � se manter institui��o de Estado, mesmo que custe alguma coisa de credibilidade e popularidade", afirmou o general.
Para ele, Lula devia ter ordenado o esvaziamento dos acampamentos bolsonaristas antes do dia 8 de janeiro. "De 1º de janeiro at� o dia 8, quem era o governo? E qual a ordem recebida para retirar (os manifestantes)? Nenhuma. N�o teve ordem. Porque a expectativa era que o movimento ia naturalmente dissolver".
"O general Arruda (Comandante do Ex�rcito na �poca) fez o certo. Eu faria a mesma coisa. Impediu que entrassem no acampamento para prender as pessoas � noite. Ia rolar sangue. Tudo o que ocorreu no dia 8 em Bras�lia est� sendo apurado via inqu�rito. 'Ah general, tinha cara nosso'. Todo o mundo viu as imagens. O coronel (Adriano) Testoni, todo mundo viu imagem do general da reserva. Se ele fez coisa errada, vai ser responsabilizado e faz parte do processo de apura��o normal", disse.
De acordo com o Estad�o, Paiva pediu que a palestra n�o fosse gravada. "Eu me recuso a ter que pedir para o pessoal para deixar o celular fora, porque eu tenho plena confian�a naqueles que s�o meus comandantes de unidade. Ent�o eu pe�o que ningu�m grave nada", afirmou, conforme o jornal.